Summer

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Eram 6:02 da manhã. Os primeiros raios de sol adentravam pelas janelas quebradas e descobertas da sala de Barry, fazendo com que os pogues que dormiam pelos sofás pusessem suas camisas sobre os olhos como uma venda para dormir. Summer tentava fazer o mínimo de barulho possível ao pegar uma xícara e despejar o café quente que Barry havia acabado de fazer.

Eram 6:02 da manhã, e ela não se sentia nenhum pouco sonolenta, mesmo dormindo por apenas 2 horas de relógio na noite passada. A preocupação com Rafe e toda a situação com o tesouro haviam o sido motivos o suficiente para fazer com que o seu sono desaparecesse.

Recostada contra a bancada suja e velha da cozinha, ela tomou o primeiro gole de café, permitindo com que o líquido quente e meio amargo aquecesse o seu corpo. Ela virou os olhos para os amigos sonolentos na sala, sentindo uma enxurrada de pensamentos invadir a sua mente.

O fantasma de Limbrey ainda rondava os confins das suas memórias, assim como a história que a Sra. Crain havia lhe contado sobre seu pai. Summer sentiu uma pontada de nervosismo surgir em seu peito.

Nem em um milhão de anos ela poderia imaginar que uma caça ao tesouro poderia lhe levar até ali, ao ponto de saber que o seu próprio pai havia sido o primeiro a adentrar a mansão abandonada para roubar o baú perdido. Por um momento, o rosto de seu tio surgiu em suas memórias.

Ele estava na mansão de Limbrey no dia em que tudo aquilo aconteceu. Ele impediu com que os capangas da mulher atirassem contra os dois garotos. Ele salvou a sua vida e a de Rafe.

Summer sabia que ela deveria investigar aquilo, sabia que a coisa certa a se fazer seria correr atrás do tio e perguntar ao homem como tudo aquilo havia acontecido. Mas ela sentia-se cansada.

Rafe ainda não havia se recuperado totalmente dos ferimentos; os pogues já não possuíam o tesouro em mãos; e Ward Cameron ainda estava à procura do baú em seu próprio plano maluco. Ward. Summer não pensara nele desde que fora até a mansão dos Crain para despejar o tesouro dentro do poço.

Summer colocou a xícara de café lentamente sobre o balcão novamente, suspirando de forma tão profunda que ela podia sentir os seus pulmões ficando maiores com a quantidade de ar.

— Você deveria dormir um pouco. — a voz de Barry soou atrás da garota.

Summer virou-se rapidamente, a voz do irmão arrancando-a de seus próprios pensamentos e preocupações. Barry pegava uma caneca de porcelana azul e despejava café quente para si mesmo, sem olhar para a irmã.

— Eu estou bem. — Summer respondeu.

Aquilo não era totalmente mentira. Mas também não era verdade. Ele se sentia aliviada por Rafe ainda estar vivo, mas sua mente ainda estava perturbada com tudo o que havia acontecido.

— Você está com umas olheiras horríveis. — disse Barry, recostando-se contra a bancada ao lado da irmã.

— Ah, você jura? — Summer lançou à ele um olhar de sarcasmo — Se você não dissesse, eu nem perceberia.

Barry deu um risinho, tomando um gole do café em suas mãos.

— Pelo o menos o seu senso de sarcasmo ainda tá intacto. — respondeu o garoto.

Os dois voltaram seus olhares para os garotos deitados na sala, observando-os dormir tranquilamente. Os pogues haviam passado a maior parte da madrugada ao redor da fogueira no quintal, conversando sobre as festas que estavam acontecendo na praia e outros assuntos aleatórios dos quais Summer havia se retraído para conversar.

Kook Prince Where stories live. Discover now