𝐈 𝐌𝐈𝐒𝐒 𝐘𝐎𝐔, 𝐃𝐀𝐃𝐃𝐘 (Parte 2)

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Eu havia descido as escadas, arrumado e perfumado, depois de um bom banho. Cheguei na sala de jantar onde eram servidas as refeições e estava uma mesa com bastante coisas, muitas coisas ali que eu amava comer como gelatina, cookies de chocolate, pães e achocolatado. Me sentei e me servi, Francis se colocou na frente para me servir mas eu disse que não havia necessidade, E realmente não há, Roger gosta que façam tudo pra ele, mas eu sei fazer sozinho. Logo fiz a minha primeira refeição e fiquei sem ter o que fazer, mas, eu logo procurei.

- Ai, mas que tédio! — Bufei. — Vou procurar o que fazer.

- Gabriel, onde você vai? — Francis me perguntou ao me ver em pé.

- Francis, me deixe sozinho. Eu vou procurar o que fazer.

- Você gosta de jogos? — Perguntou sugestivo.

- Gosto, por quê?

- Vire ao corredor na direita, na terceira porta, uma sala inteira com brinquedos e jogos. Vá se divertir e depois venha para o almoço.

- Ok, obrigado. — Agradeci e saí.

Fiz o que Francis falou, segui aquele caminho e entrei na sala, haviam realmente várias opções. Assim que dei uma olhada rápida, vi que havia um videogame e aproveitei para jogar os jogos que tinham nele, joguei por tantas horas, mas por tantas horas, que nem percebi realmente elas passarem.
Do nada eu lembrei de Roger, eu estava bem apegado naquele rapaz bonito e musculoso que me resgatou na beira de uma rua deserta. As lembranças daquele homem me resgatando daquela rua deserta e me trazendo pra sua luxuosa casa me tornando seu little e realizando uma coisa que eu sempre quis me fazia sentir saudade dele, e por conta dessa enorme saudade eu acabei regredindo. Acabei deslizando para o headspace, eu no chão da sala chorava bastante chamando por Roger.

- Papai.. — Falei enquanto chorava. O choro que estava fraco virou um escândalo em segundos.

- Gabriel? — Francis aparecia na sala, me vendo no chão sentado chorando e se debatendo como se fosse uma birra. — Oh meu Deus.

- Eu quero o meu papai!! — Falei chorando mais alto. — Eu quero, eu quero!

- Querido, o sr. Roger ainda não voltou e não faz nem 3 horas que ele saiu. Ele ainda vai demorar um pouco e...

- Eu quero o meu papai! — Chorei mais forte e pedi pelo homem.

- Não tem jeito. Vou ter que ligar pro sr. Collin' de imediato. — Francis afirmou enquanto me via chorar, colocando uma chupeta na minha boca fazendo o choro ficar abafado. — Quietinho, bebê.

Francis pegou o telefone fixo que havia naquele corredor, discou com um pouco de pressa o número de Roger e aguardou a chamada se iniciar.

- Roger Collin, quem seria?

- Boa tarde senhor, desculpe incomodar, é o Francis.

- Francis! Que bom falar com você! Aconteceu algo? Sua voz está tensa.

- Então senhor, o seu little acabou indo para o headspace e está inconsolável. Está chorando pedindo por você e pelo visto não irá parar enquanto o senhor não voltar.

- Tá bem, tente fazer o possível para mantê-lo calmo. Estou indo para casa agora, meu menino precisa de mim.

- Entendido. Estamos no aguardo.

[CALL OFF]

- Papai, papai! — Gabriel permanecia chorando dentro da sala de jogos. — Cadê o meu papai?

- Ele já está a caminho, querido, não precisa mais chorar.. — Francis justificou.

- Cadê ele? — Perguntou choroso. — Papai me abandonou?

- Não pequeno, claro que não! Ele está vindo pra você já.

Foi em média de 15 minutos a espera por Roger, logo se ouvia o som da enorme porta se fechando na mansão e o solado de som satisfatório subindo as escadas ficando cada vez mais alto a cada passo. O solado do sapato caro de Roger fazia um som alto por conta do material usado na produção. Os passos ficavam muito mais altos e então, aquele musculoso e alto rapaz aparecia na sala.

- Eu assumo daqui, Francis. Está liberado para descansar.

- Sim senhor! — Francis se retirou.

Chorando alto e cobrindo os olhos tremendo as pernas, Gabriel apenas queria o conforto do colo do homem que o pegou para cuidar. O cheiro do perfume forte de Roger exalou naquela sala, passos pesados se aproximavam do menino e em seguida ele foi erguido por enormes braços que o acomodaram em um quente e confortável colo.

- ...Papai? — Ele olha com os olhos marejados e a cara inchada pro seu daddy. — Biel 'quelia papai, não deixa mais Biel 'pufavô!

- Sou eu, bebê! — Roger secava as lágrimas do rosto do menino. Os olhos estavam vermelhos e fundos do tanto que chorou, seu colo era o abrigo e a proteção dele. — Eu voltei por sua causa, agora sou todo seu.

- Papai voltou pelo Biel! Biel 'quelia o papai com ele!

- Estou vendo que queria. Você está suado, quente de tanto chorar. Olha só, molhou até a fralda. Vamos trocar essa roupa e essa fralda e logo iremos pro quarto onde vou deixar você coladinho comigo pra descansar. Você está muito abatido, neném.

- Por favor... — Gabriel pediu. — Eu 'quelo dedê..

- Você terá, leãozinho. Agora vou te dar um banho bem relaxante pois você está suado de tanto chorar e espernear. — Roger olha sorridente para Gabriel. — Que tal algumas bolhas e uns brinquedinhos pra banho?

- Bolhas, bolhas!

- Bolhas são divertidas, não é? Será divertido.

Me and My DaddyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora