𝐁𝐀𝐁𝐘 𝐀𝐆𝐀𝐈𝐍

1.6K 110 20
                                    

Vote e comente!

O sinal geral da creche tocou, anunciando o horário de saída e liberando o acesso para daddies e mommies irem até as respectivas salas buscarem seus pequenos.

- Hora da saída. Organiza os pequenos pra mim, Paulo? Vou anunciando no microfone os liberados.

- Claro. — Paulo concordou sutilmente.

Enquanto Mayara anunciava os menores liberados, logo Roger apareceu, e Gabriel foi liberado. O moreno correu da sala para fora direto pros braços do ruivo, que não hesitou em pegá-lo no colo e enchê-lo de beijos.

- Como foi o dia do meu leãozinho feroz?

- Legal, daddy. Mas.. Prefiro ficar com você.

- Que tal um almoço bem gostoso, hum?

- Estou com fome mesmo.

- Como eu esperava. — Roger riu. — Vamos pra casa.

Roger colocou o menino na cadeirinha, no banco de trás, a trancou e logo sentou-se em seu banco. Não era longe da casa de Roger para a creche, então a volta havia sido tranquila.. Era a expectativa..

- Deixa o Biel ir dirigindo com o 'daddi? — pediu.

- Não invente. Não irei parar o carro para te colocar aqui na frente não.

- 'Pufavô.. — choramingou, sem sucesso.

- Amor, outro dia eu deixo, agora quietinho..

- Deixa subir..

- Já disse pra você que outro dia eu deixo você vir aqui comigo.

- Mas eu quelo agola! — Gritou.

- EU FALEI QUE NÃO, GABRIEL. — Roger gritou, bravo. — Porra.

- Papai malvado... papai gritou com Biel! — Gabriel desencadeia um choro deixando sua chupeta e sua pelúcia caírem.

- Você não precisa chorar, você precisa entender!

- Gritou sim, gritou! — justificou e tentou sair da cadeirinha, mas foi em vão.

- Só eu sei abrir essa cadeirinha, você não vai conseguir. — Roger debochou. — Estamos quase chegando, seu birrento.

Após chegarem, o carro foi estacionado e em seguida ambos estavam fora do veículo. Roger tentou carregar o little, que rejeitou os braços do mais velho.

- Eu quelo ir andando.. — Gabriel se solta das mãos de Roger. — Eu xô um menino gande..

- É, grande sim. Tão grande que quando fica pequeno no headspace mal consegue andar. — falou enquanto via o garoto cambalear para os lados.

- Eu consigo, eu consigo! — O menor se desequilibra e cai de frente no chão. — Papaaaaaaaaaai! — Ele diz voltando a chorar.

- Eu tô vendo o meu menino grande e rebelde querendo andar. — Roger o carrega. —  Sabe que não consegue andar direito quando está no little space. Se machucou, neném?

- Joelho... — Apontou para o joelho avermelhado.

- Isso que dá ser rebelde. Vai passar, está bem? Não foi nada demais.

☠️

- Pronto, um spray pra passar essa roxura no seu joelho. Agora se aquiete e seja um bom menino.

- Vou bincar com meus ursinhos.

- Brinque no quarto, não gosto que você traga brinquedos pra sala e nem pra outros cômodos.

- Tá eu sei papai.

- Acho bom.

Eu deixei ele e fui para o meu escritório, trabalhar, terminar o que eu havia começado. Bom, o tempo passou e eu decidi ir ver o meu bebê, e pra minha surpresa, ele fez exatamente o que eu mandei NÃO fazer.

— Gabriel brincando. —  Então o coelhinho cósmico passa por cima da cidade e...

- Gabriel.

- P-papai? — O menor se assusta, deixando os brinquedos que estavam sob sua mão caírem e ele se virando pra ver o que seu daddy queria.

- O que eu disse sobre trazer brinquedos pra sala —Digo em um tom sério com minhas mãos nas costas e um olhar meio bravo, por que eu odeio bagunça e ele sabe que não é pra trazer brinquedos pra fora do quarto — Nós já conversamos sobre desobedecer as regras, né?

- Diculpa papai, quarto calor.

- Se estava calor você poderia ter me chamado pra eu ajustar o ar condicionado pra você. — Disse em tom bravo pra ele, odeio que me desobedeçam.

- Mas é que..

- Mas nada, venha aqui comigo. — Estendo minha mão, mas ele não pega — Venha Gabriel.

- Papai vai bater.. — Ele coloca as mãos cobertas pelo seu moletom cobrindo metade da cara e se recusando a segurar minha mão.

- Não vou, mas se você não levantar logo e eu ter que te puxar a força aí sim eu vou ter que te bater. Qual você prefere? — Termino de dizer e cruzo os braços.

- Tá bom... — Ele se levanta e vai junto com Roger.

Levei ele até o corredor onde estava estampado as regras do little bem enorme, e fiz ele ler junto comigo a regra sobre bagunça.

- Leia comigo.. — Aqueço minha garganta. — Não pode..

- ... - Gabriel não fala nada, ele estava em mundo de fantasia.

- Gabriel! - Ele se assusta e volta pra realidade. - Repita comigo.

- Não pode.

- Não podi.

- Bagunçar.

- Bagunxá..

- A casa e suas dependências.

- A casa e xuas dependênxias..

- Muito bem, estamos entendidos?

- Xim...

- Agora você vai arrumar aquela bagunça da sala, e não leve mais brinquedos pra sala. Se quiser me peça, não significa que eu vá deixar.

- Entendi, diculpa..

- Espero que tenha entendido mesmo.

________________

- Gabriel? Gabriel? — Chamo ele chegando no corredor onde fica o quarto dele, ele não responde e entro no quarto dele.

- Gabriel, você... Gabriel?! — Me assusto pois ele não estava no quarto.

- Gabriel, se você tiver fugido eu prometo que te encontro e você vai levar cada palmada pra lembrar que você tem um cuidador.

Desci as escadas com os olhos em chamas, passo por um caminho aleatório em casa e quando olho por uma janela eu vejo o meu little no jardim de casa, era fim de tarde e o pôr do sol estava extremamente lindo. Não hesitei em brigar com ele pois ele estava brincando com bolhas de sabão, estava uma coisa tão fofa aquela criaturinha só de moletom e fralda brincando no jardim. Mas lembre se das regras, Roger, nunca sair sem o daddy.

- Gabriel! — Ele reconhece a minha voz e olha assustado pra mim.

- Nau papai, não bate pufavô.

- Mas eu não vou te bater, meu leãozinho dengoso. Só vim ver se tudo estava bem com você, daqui a pouco entre pois já está escurecendo.

- Tá - ele sorri.

- Hum. — Dou um esbelto sorriso e um beijo nele. — Eu não devia te deixar sozinho aqui, mas não tem pra onde você correr mesmo.

Me and My DaddyDonde viven las historias. Descúbrelo ahora