𝐅𝐄𝐄𝐋𝐈𝐍𝐆

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Roger estava com dois bebês deitados no trocador, ambos com a cara envergonhada. Talvez os meninos ficassem intimidados com o jeito meio frio de Roger.

- Quero saber quem mandou vocês saírem de perto de mim. — Roger pergunta friamente de braços cruzados, olhando pros dois garotos com cara de besta.

- A gente tava brincando, papai. — Gabriel respondeu simples. — Que que tem?

- E aí que eu te pergunto, quem deixou vocês irem pra lá... — Gabriel fica calado, com cara de arrependido. — Pois é, ninguém né? Vocês tem que me obedecer, vão ficar de castigo pra aprenderem a obedecer e abrir a boca pra pedir o que vocês querem.

- Castigo por quê? — Gabriel bufa. — A gente não pode nem brincar em casa que já tem castigo na nossa costa.

- Ei. — Dou um tapa no braço dele. — Eu sou o seu daddy, você tem que me obedecer e seguir as regras.

Os olhos do meu pequeno automaticamente ficaram brilhantes e foram se avermelhando lentamente, ele colocava a mão na região do tapa e ia fazendo biquinho que denunciava seu breve choro chegando.

- Pequeno...

- Papai bateu... — Ele me olha fazendo biquinho. — Bracinho dói.

Isso me fez perceber que ele ao ser castigado, punido ou qualquer outra forma de tentar discipliná-lo era uma espécie de gatilho pra fazê-lo regredir. Provavelmente no passado os maltratos dos pais e fora o abandono pelo orfanato deve ter contribuído pra isso. Inclusive o abandono de incapaz é um dos motivos plausíveis pra eu mandar fechar aquele esgoto.

- Desculpe o papai, bebê. Meu estresse faz eu usar a força pra educar. — Pego o braço dele e dou um beijo na região avermelhada por conta do tapa. — Desculpa o papai, vai.

- Tá.. — A voz chorosa de Gabriel ia cessando, e ele ia mudando de humor. — Mas você bateu!

- Sim sim, eu bati. Deite aqui, eu sei que você precisa de uma troca.

- Não preciso papai..

- Precisa sim, eu sei que precisa.

- Não preciso! — Responde mais alto.

- Você precisa sim! — Aumento meu tom de voz pra falar com ele. — Você vai ficar cheirosinho. — Começo a tirar as peças de roupas dele o deixando só de fralda. — E esse amarelado aqui? Ainda disse que não precisava.

- Não... Eu não quero!

- Você não quer, porém precisa. Fica quieto! — Roger troca o little. — Doeu alguma coisa?

- Não...

- Então pronto. Sua vez, Henrique. — Roger repete o mesmo processo. — Perfeito.

- Nau quelo ficar de castigo.. — Henrique respondeu triste. — É xato..

- Eu sei que é chato, mas quem mandou vocês sumirem da minha frente? — Ele recebe um carinho na bochecha. — Sente-se aqui e pense no que fez. Você também, Gabriel.

Os dois se sentam e ficam de frente pra parede e de costas para Roger, que fica sentado ali cronometrando o tempo. Caso algum deles desobedeça, o tempo do castigo é dobrado.

                                           💤

Os 10 minutos se passaram, eles não se moveram. Roger os tirou de imediato.

- Pensaram bem?

- Sim — Eles respondem em uníssono.

- Vão fazer de novo? — Os dois gesticulam com a cabeça. — VÃO FAZER DE NOVO?

- Não, papai! — Eles novamente respondem juntos.

- Muito bem, agora venham cá meus menininhos travessos. — Os dois se sentam no colo de Roger. — Eu amo tanto vocês! Mas, estão cansados e precisam descansar. Hora de tirarem uma sonequinha.

___________________________________

Já no quarto, o mais velho preparava os meninos pra uma soneca. Henrique ficava da forma que Roger deixou, deitado e coberto. Ele estava realmente cansado então ficou confortável daquele jeito mesmo. O problema era tentar fazer Gabriel dormir, ele estava no ápice da fase da birra, chorando ou fazendo manha por qualquer coisa.

- Vamos leãozinho, deite no berço.

- Não queooooo mimir! — Ele debatia dentro do berço e fazia birra quase chorando.

- Você tem que descansar, bebê. Vamos, deite pra dormir, deite. — Tento deitá-lo porém sem sucesso. — Deite.

- Nau! — Ele começa a chorar sentado no berço.

- Oh céus. — O pego no colo, ele ainda continua chorando um pouco e tento acalmá-lo pra não acordar o Henrique, mas ele dormia igual uma pedra. Então resolvi fazer uma mamadeira quentinha pra ver se ele dormia, coloquei ele novamente sentado no berço onde voltou a chorar e fazer birra batendo em si mesmo e saí do quarto em direção à cozinha.

                                           🍼

Coloco o leite em pó junto de um pouco de açúcar, encho até o topo da mamadeira com água quente, fecho e agito. Depois de agitada, abro novamente e coloco um pouco de essência de baunilha e fecho novamente, agitando em seguida. Volto pro quarto e pra minha surpresa ele ainda está chorando.

- Eu nau queo mimi, nau queo.... — Roger escutava por trás da porta.

- Vem cá bebê. — O carrego no colo e me sento com ele na poltrona do quarto, começando a dar a mamadeira pra ele enquanto ele começa a tomar todo o leite.

A mamadeira ia esvaziando e ele ia adormecendo aos poucos. Bingo! Dormiu. De forma ligeira o coloquei no berço e saí do quarto, indo em direção ao meu escritório. Meu escritório é onde eu tenho "paz", paz essa que é sugada pela enorme quantidade de papéis pra assinar, documentos no meu MacBook e por aí vai. Vida de CEO é assim mesmo.

Passadas 3h desde que coloquei meus bebês pra dormir, me toquei e liguei a câmera, vendo a região do quarto pouco iluminado por conta de apenas um abajur noturno ligado vejo que Henrique continuava dormindo, mas Gabriel não, por que ele NÃO estava no berço. Na mesma hora eu larguei tudo e fui até o quarto ver onde ele estava.

Entrando no quarto, um dos berços estava vazio e o banheiro também. Gabriel saiu do quarto sem que eu visse, espertinho, mas quando aparecer vai levar bronca com certeza. Avisei meus funcionários próximos que procurassem o meu leãozinho rebelde e entrei no escritório de novo. Não fazia nem 5 minutos disso e a porta se abria, logo tive a visão daquele doce e fofo menininho entrando na minha sala: apenas de moletom, com meias nos pés, com sua pelúcia do Jake nos braços e chupando o dedinho.

- Papai... — Ele me chama entrando no meu escritório, segurando sua pelúcia favorita e chupando o dedo.

- Oi bebê.. Por que saiu do seu berço? Mandei os funcionários todos se revirarem atrás de você!

- Biel qué papai.. — Ele estende as mãos pedindo colo e logo é atendido. — Nau consigu mimir..

- Pare de chupar o dedo, já falei sobre isso. Sua chupeta está aqui. — A encaixo em sua boca. — Sabe que faz mal pra barriguinha.

- Woah! — Ele boceja e se acomoda no meu colo.

- Dorminhoco do papai! — Me levanto com ele no colo e dialogo com ele sonolento já. — Você é o meu menininho especial, sabia?

- Eu xô?

- Claro, desde o dia que te encontrei você se tornou tão especial pra mim. Te provei isso no dia que tentaram tirar você de mim no shopping, espanquei aquele cara e te trouxe comigo novamente.

- Papai, eu amo você. — Ele se acomoda no colo.

- Eu também te amo, Biel. — Roger dá um beijo no menor, que adormece nos braços do moreno.

Me and My DaddyNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ