𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐒𝐂𝐇𝐎𝐎𝐋 [G] (Parte 2)

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O cuidador se afastou do menor por alguns segundos, enquanto puxava um colchão da estante. Ele se aproximou e despejou um pequeno colchonete na cor azul pastel junto de uma almofadinha da mesma cor complementando com uma mantinha azul escura com um bichinho preso.

- Tio Paulo, não queo mimir. — Gabriel choramingou. — Biel sem soninho..

- Eu entendo, honey. Mas não sou eu quem faz as regras. — Paulo argumentou. — Fora que normalmente os babies sentem sono pois são acordados cedo para virem para cá.

- Não queo... — Gabriel faz um biquinho, deixando a chupeta cair. — Pufavô..

- Hum... Não.

- Ahhh! — O little começa a chorar. — Não queo mimir!

Os outros littles começaram a observar e a outra cuidadora começou a distraí-los.

- Bebê. Eu sei que não quer dormir, mas isso é regra da instituição. Vou levar você para dar uma volta lá fora, quem sabe você não pega no sono. Mayara, tome conta aqui, rapidinho.

- Tudo bem, Paulo. Cuide bem dele.

- Cuidarei.

Paulo pegou o little chorão no colo, saindo da sala e acabando no corredor. Ali próximo havia um rapaz, e era Roger, e como ele não havia visto o cuidador oficial de seu menino, não teve como estranhar um homem, até então estranho pra ele, com o seu menino quase adormecido no colo.

- Bom dia.. — Paulo deseja sutilmente para o homem sem o olhar.

- Bom di... Ei ei ei! Venha cá. — O cuidador com um little entregue ao sono depois de uma manha se aproximava do charmoso rapaz. — O que faz com o meu little?

- Ele é seu little? Eu estou tentando fazê-lo pegar no sono.

- Sim, ele é meu little.

- Eu sou cuidador dele. Ele não está em período de adaptação?

- Eu pensei que seria uma moça que cuidaria dele. —Roger ajusta sua gravata. — Por isso estou perguntando.

- Não, A cuidadora da sala dele tem littles demais. Ele está sob a minha responsabilidade. E vou voltar pra sala já que ele já está dormindo. Passar bem, senhor.

- Tome cuidado com ele. — Roger pediu, debochando.

- Eu sou profissional, não me diga o que fazer. — Paulo entra novamente na sala e fecha a porta com cuidado.

Roger arregalou os olhos, ninguém nunca ousou dar respostas ou aumentar a voz para ele, seu jeito possessivo lhe dava paranóias sobre qualquer um que estava próximo de seu menino.
As horas se passam, a hora da soneca se finaliza e os littles acordam. Os babys pegaram suas lancheiras, retirando o conteúdo de dentro. Gabriel pegava a sua e via que tinha um salgadinho Doritos e um suco de maçã.

- Suquinho de maçã! — Gabriel disse alegre enquanto pegava sua comida.

- Não parece saudável. — Paulo olhava meio horrorizado o que o little iria comer no horário.

- Eu goto! — Ele abre o pacote. — Papai deixou comer hoje!

- Entendo, mas é segunda-feira. Porcarias normalmente só nos fins de semana.

- Eu xei... Mas eu goto! — argumentou.

- Tudo bem docinho, coma e depois vamos para o parquinho.

- Eu 'goto de bincar no parquinho!

- Todo baby que se preze, gosta.

Passada a hora de comer, os cuidadores ordenaram as crianças em fila, os levando para o parquinho da creche. Assim que chegaram, Paulo e Mayara os liberaram para irem brincar, se mantendo alerta em todos os littles no ambiente.
Todos brincavam, Gabriel estava no trepa-trepa se enroscando entre os ferros. Passados 5 minutos ali, ele saiu do brinquedo.

- Tio Paulo! — Chamou, seu olhar era nervoso e envergonhado.

- Oi docinho, o que foi.

- Preciso de uma troca..

- O que você fez, docinho?

- 2... — Falou quase como um sussurro.

- Tudo bem! Vamos lá trocar. Não precisa sentir vergonha.

Paulo faz o serviço e voltou com Gabriel pra área do parquinho, onde o mesmo havia voltado para os brinquedos. Paulo se sentava no banco e ligou seu telefone, mas quando o mesmo desligou, viu aquele físico de um alto e musculoso homem atrás de si.

- E aí. — Roger o cumprimentou se sentando ao seu lado.

- Ah! Você de novo. — Paulo falou, cansado.

- Sim, eu de novo. — Roger se senta ao lado do rapaz. — Eu acho bom você tomar cuidado.

- Cuidado com o que, cara?

- Cuidado comigo.

- Ué, eu te fiz alguma coisa por um acaso?

- Eu quero que você tenha atenção dobrada com aquele garoto ali. — Roger aponta para o seu little.

- Gabriel? Mas.. Por que anda me perseguindo, senhor Collin?

- Meu querido, eu sou ciumento. Se pensa em ter algo com o meu Biel você está enganado. Sei bem como é, é um menino muito bonito e inocente. Conheço vários com essa índole.

- Pra sua informação, eu não tenho pensamentos impuros com um garoto que eu conheci em algumas horas. Eu tenho um babyboy bem lindo em casa e aquele sim me permite ter várias atitudes nas quais eu jamais teria com Gabriel.

- Eu espero mesmo. Roger se levanta e sai.

- Que cara doido. — Paulo suspirou ligando seu telefone novamente. — Lidar com gente possessiva é comum, agora com daddys assim, é foda.

Me and My DaddyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora