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O cuidador se afastou do menor por alguns segundos, enquanto puxava um colchão da estante. Ele se aproximou e despejou um pequeno colchonete na cor azul pastel junto de uma almofadinha da mesma cor complementando com uma mantinha azul escura com um bichinho preso.
- Tio Paulo, não queo mimir. — Gabriel choramingou. — Biel sem soninho..
- Eu entendo, honey. Mas não sou eu quem faz as regras. — Paulo argumentou. — Fora que normalmente os babies sentem sono pois são acordados cedo para virem para cá.
- Não queo... — Gabriel faz um biquinho, deixando a chupeta cair. — Pufavô..
- Hum... Não.
- Ahhh! — O little começa a chorar. — Não queo mimir!
Os outros littles começaram a observar e a outra cuidadora começou a distraí-los.
- Bebê. Eu sei que não quer dormir, mas isso é regra da instituição. Vou levar você para dar uma volta lá fora, quem sabe você não pega no sono. Mayara, tome conta aqui, rapidinho.
- Tudo bem, Paulo. Cuide bem dele.
- Cuidarei.
Paulo pegou o little chorão no colo, saindo da sala e acabando no corredor. Ali próximo havia um rapaz, e era Roger, e como ele não havia visto o cuidador oficial de seu menino, não teve como estranhar um homem, até então estranho pra ele, com o seu menino quase adormecido no colo.
- Bom dia.. — Paulo deseja sutilmente para o homem sem o olhar.
- Bom di... Ei ei ei! Venha cá. — O cuidador com um little entregue ao sono depois de uma manha se aproximava do charmoso rapaz. — O que faz com o meu little?
- Ele é seu little? Eu estou tentando fazê-lo pegar no sono.
- Sim, ele é meu little.
- Eu sou cuidador dele. Ele não está em período de adaptação?
- Eu pensei que seria uma moça que cuidaria dele. —Roger ajusta sua gravata. — Por isso estou perguntando.
- Não, A cuidadora da sala dele tem littles demais. Ele está sob a minha responsabilidade. E vou voltar pra sala já que ele já está dormindo. Passar bem, senhor.
- Tome cuidado com ele. — Roger pediu, debochando.
- Eu sou profissional, não me diga o que fazer. — Paulo entra novamente na sala e fecha a porta com cuidado.
Roger arregalou os olhos, ninguém nunca ousou dar respostas ou aumentar a voz para ele, seu jeito possessivo lhe dava paranóias sobre qualquer um que estava próximo de seu menino.
As horas se passam, a hora da soneca se finaliza e os littles acordam. Os babys pegaram suas lancheiras, retirando o conteúdo de dentro. Gabriel pegava a sua e via que tinha um salgadinho Doritos e um suco de maçã.- Suquinho de maçã! — Gabriel disse alegre enquanto pegava sua comida.
- Não parece saudável. — Paulo olhava meio horrorizado o que o little iria comer no horário.
- Eu goto! — Ele abre o pacote. — Papai deixou comer hoje!
- Entendo, mas é segunda-feira. Porcarias normalmente só nos fins de semana.
- Eu xei... Mas eu goto! — argumentou.
- Tudo bem docinho, coma e depois vamos para o parquinho.
- Eu 'goto de bincar no parquinho!
- Todo baby que se preze, gosta.
Passada a hora de comer, os cuidadores ordenaram as crianças em fila, os levando para o parquinho da creche. Assim que chegaram, Paulo e Mayara os liberaram para irem brincar, se mantendo alerta em todos os littles no ambiente.
Todos brincavam, Gabriel estava no trepa-trepa se enroscando entre os ferros. Passados 5 minutos ali, ele saiu do brinquedo.- Tio Paulo! — Chamou, seu olhar era nervoso e envergonhado.
- Oi docinho, o que foi.
- Preciso de uma troca..
- O que você fez, docinho?
- 2... — Falou quase como um sussurro.
- Tudo bem! Vamos lá trocar. Não precisa sentir vergonha.
Paulo faz o serviço e voltou com Gabriel pra área do parquinho, onde o mesmo havia voltado para os brinquedos. Paulo se sentava no banco e ligou seu telefone, mas quando o mesmo desligou, viu aquele físico de um alto e musculoso homem atrás de si.
- E aí. — Roger o cumprimentou se sentando ao seu lado.
- Ah! Você de novo. — Paulo falou, cansado.
- Sim, eu de novo. — Roger se senta ao lado do rapaz. — Eu acho bom você tomar cuidado.
- Cuidado com o que, cara?
- Cuidado comigo.
- Ué, eu te fiz alguma coisa por um acaso?
- Eu quero que você tenha atenção dobrada com aquele garoto ali. — Roger aponta para o seu little.
- Gabriel? Mas.. Por que anda me perseguindo, senhor Collin?
- Meu querido, eu sou ciumento. Se pensa em ter algo com o meu Biel você está enganado. Sei bem como é, é um menino muito bonito e inocente. Conheço vários com essa índole.
- Pra sua informação, eu não tenho pensamentos impuros com um garoto que eu conheci em algumas horas. Eu tenho um babyboy bem lindo em casa e aquele sim me permite ter várias atitudes nas quais eu jamais teria com Gabriel.
- Eu espero mesmo. — Roger se levanta e sai.
- Que cara doido. — Paulo suspirou ligando seu telefone novamente. — Lidar com gente possessiva é comum, agora com daddys assim, é foda.
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Me and My Daddy
FanfictionUm caregiver discreto encontra um garotinho abandonado numa rua deserta e resolve o levar pra casa, o que a união dos dois pode fazer? Um cara que queria amar e um garoto que queria ser amado. Muitas situações podem ocorrer. ⚠️ Essa história aborda...