CHAPTER FOUR: Shimura Aizawa pt 1

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Bakugou, ronda – 23h00

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Bakugou, ronda – 23h00

ESTÁVAMOS SENTADOS com os olhos voltados para a cidade fora dos muros da U.A. Eu ainda sentia raiva pelo nervosismo que a garota me fez passar mais cedo, pois certamente, se algo acontecesse com ela, a culpa cairia em mim. Olhando-a pela visão periférica, evitando virar muito o rosto, percebo que ela está focada na lua. A luz do luar banha a pele da ruiva, trazendo um brilho diferentes aos seus olhos. Era... tristeza?

— Sabe... – Ela começa a falar, sem tirar os olhos do céu — ... Não sei como vocês conseguem.

— Não entendi.

Viro-me para olhá-la. Ela estava sentada, apoiada em um dos seus braços para trás, com o outro sobre seu joelho. Era como uma pose em uma pintura, ela parecia confortável ali. Espero a resposta dela por mais um tempo, até que ela finalmente volta a falar.

— Quando somos crianças, quase todos sonham em se tornar heróis iguais aqueles que admiram. – Ela parecia distante em memórias – Eu 'tô pensando se eu aguentaria o fardo de uma criança olhar para mim e pensar "eu quero ser como ela quando crescer!".

Seu riso não parece alegre, muito pelo contrário. Não entendo porque Shimura começa a falar agora, como se nos conhecêssemos a mais tempo. Ela certamente não bate muito bem da cabeça, pois já me deu vários sinais disso. Quando não respondo nada, ela segue:

— Qual o seu objetivo? – Ela finalmente vira para mim. – Que tipo de herói você quer ser?

— Aquele que vence os vilões. O número um.

— Legal.

O silêncio se instala de novo.

Seria errado dizer que não gostaria de conversar, porém estávamos em patrulha. Precisamos estar atentos aos arredores, não deixar detalhes importantes passarem. Cada dupla fica em uma direção, tendo uma área a cobrir durante todo o tempo que lhes foi designado.

— Se quiser, eu paro de falar.

— Achei que já tivesse parado. – Meu tom é grosso, causando um riso sarcástico dela.

— Eu posso ouvir tudo dentro de.... uns 4 km. Nossa conversa não atrapalharia. Pelo contrário, ajuda a concentrar em algo, pois eu estou quase enlouquecendo ouvindo algumas pessoas.

Olho para ela novamente. Não entendo, novamente, nada do que ela diz. Quer dizer, suas palavras são claras, mas não o seu sentido. Como assim, ouve tudo em um raio de 4km?

— Eu acho que nossa outra dupla tá um tanto ocupada – Ela pisca para mim, com um sorriso no rosto.

— O quê?

— Vai dizer que você nunca beijou alguém antes, Bakugou? – Ela ri.— Sério, dentro da U.A., nunca saiu para fazer coisas fora das regras?

— Aquele nerd? – Quem ri, agora, sou eu. – São vozes da sua cabeça.

ㅤ𝅄˚ 𝐟𝐢𝐫𝐞 𝐡𝐮𝐫𝐫𝐢𝐜𝐚𝐧𝐞 • katsuki bakugouUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum