CHAPTER EIGHTEEN: Amigos dormem juntos?

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DUAS SEMANAS se passaram desde aquela missão. Hawks ainda estava hospitalizado e eu o visitava a cada dois dias. Por algum motivo, hoje eu não poderei ir vê-lo, o que já deixou meu humor uma bosta.

Também é o período de chuvas, fazendo com que o céu derrame sem piedade a sua água. Embora fosse vergonhoso admitir meu medo de temporais, foi bom dormir com o Bakugou outras vezes. Quer dizer, alguns dias eu estava no meu quarto, tendo dificuldade em dormir e ele simplesmente aparecia, perguntando se eu precisava de ajuda.

Eu nem precisava dizer nada, ele simplesmente entrava e se enfiava na minha cama.

Ao abrir os olhos, deparo-me com um rosto sereno a frente. Alguns fios caiam sobre seus olhos e eu podia enxergar algumas sardas minúsculas na ponte do nariz dele. Não quero me mexer, pois não quero acordá-lo, mesmo que eu tenha uma vontade gigante de tocar em seu rosto.

Estou ficando habituada a isso mais do que deveria.

Como eu mantenho um mau humor depois de acordar ao lado de um anjo?

Céus, assim que Bakugou acordar, tenho certeza que iremos brigar um com o outro. Pelo menos tem sido assim, talvez por termos vergonha de admitir o quanto gostamos disso. Nossos cérebros inventam qualquer intriga para aliviar nossas vontades mais obscuras.

Levanto-me devagar, tirando a coberta do meu corpo. Minha cama é encostada à parede, o que me impede de sair normalmente da cama. Tento passar por cima dele sem tocá-lo, mas Bakugou se vira no exato momento em que uma perna minha está no ar. Acabo me enroscando nele e no susto do loiro, caímos os dois no chão.

Os olhos vermelhos abrem, um tanto inchados do sono, para analisarem meu rosto. Sinto minhas bochechas aquecerem ao ir sentindo o peso do seu corpo relaxar sobre o meu. O loiro se apoia nos cotovelos e tira uma mecha do meu rosto.

— B-bom dia.

— Não sabe pedir licença?

— Você estava dormindo tão tranquilo, não queria incomodar.

— Ou você queria algo a mais passando por cima de mim?

Seus olhos se estreitam, mas havia um tom divertido em sua voz.

— E ainda assim, olha quem está em cima de quem, agora. — Digo, tentando recuperar a compostura.

Ele dá um sorriso torto, um tanto constrangido também. Bakugou sai de cima de mim, deslizando para o lado e sentando-se no chão. Sento-me e ajeito o meu cabelo, sem encará-lo. Depois levanto e vou para o banheiro para lavar a cara com água gelada a fim de diminuir o pimentão que meu rosto estava.

— São quase sete horas, vou voltar para o meu quarto. — O loiro diz aproximando-se do banheiro.

— Ah, claro.

Ainda não definimos muito bem como nos despedir. Quer dizer, ele me fazia um favor, mesmo que eu não pedisse. Não haviam mais pesadelos ou noites mal dormidas depois que começamos com isso. Normalmente, ele apenas avisa e sai, sem dar tempo de constrangimentos. Hoje, por outro lado, ele decidiu continuar ali, apoiado no batente com os braços cruzados.

ㅤ𝅄˚ 𝐟𝐢𝐫𝐞 𝐡𝐮𝐫𝐫𝐢𝐜𝐚𝐧𝐞 • katsuki bakugouWhere stories live. Discover now