『 boku no hero academia || +18 fanfic 』Após a morte de sua mãe durante a terrível guerra entre vilões e heróis, Aizawa Shimura mudou-se para Musutafu a fim de ficar sob a tutela de seu tio, Aizawa Shouta. Sabendo do sonho da sobrinha em se tornar um...
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Hawks, prédio de vigilância leste
BALANÇO MEU pé sobre o ar, enquanto permaneço sentado com o cotovelo direito apoiado em meu joelho. Musutafu possuía um céu nublado, estranho, que combinava com a visão destruída à minha frente. O prédio de vigilância leste ficava há alguns quilômetros do Colégio U.A., recentemente atacado. Os heróis optaram por reforçar as barreiras externas, enquanto os alunos estavam protegendo a interna. Solto um longo suspiro, cheio de preguiça e um sentimento incômodo no peito.
A corrida da manhã com a Shimura não foi nada diferente do habitual, sendo preenchida por piadas provocativas entre nós dois. Mesmo assim, havia uma alfineta estranha que insistia em continuar, evitando que meu pensamento voasse para outro lugar. Eu e minha mania de formar laços e se apegar às pessoas mais problemáticas, com tendências vilanescas. Sei que Shimura não iria pender para este lado, mas já houve um tempo em que eu havia pensado o mesmo, sobre outra pessoa.
Era isso que incomodava, essa semelhança ridícula e a capacidade que ambos têm de preencher os meus pensamentos.
Escuto alguns passos leves atrás de mim, mas não me incomodo em buscar o dono. Mirko senta ao meu lado, deixando sua prótese pender para o ar. A heroína já tinha colecionado inúmeras cicatrizes de guerra, mas nunca se deixou abalar. Olho-a de canto de olho, esperando que viesse mostrar o porquê de sua aproximação, mas isso demora um tempo. Não era do feitio dela, a conheço desde a graduação de heróis, isso só podia indicar que estava preocupada.
— Então... Você está fazendo aquela cara de novo. — Ela diz, jogando seus braços para trás e apoiando-se neles.
— Que cara?
— Cheio de dúvidas, se não conhecesse você, diria que teve uma recaída por aquele cara. — Ela lança-me um olhar duro — Ah, espera, eu conheço você e sei exatamente que é isso que está acontecendo.
— Isso não se trata dele. — Reviro os olhos.
— Aquela garota, então?
Fico quieto, ignorando a sua pergunta. Mirko acabou ouvindo alguns desabafos recentes e foi uma das decisões ruins que tomei. Solto um suspiro e isso acaba respondendo a sua pergunta. Ficamos em silêncio novamente, encarando os prédios cinzentos. Sei que ela está doida de curiosidade, mas estou sem paciência para responder todas as suas perguntas. Desse jeito, acabo massageando a área entre meus olhos, tenso, esperando que a sua voz preenchesse o vazio novamente.
— Ela te rejeitou?
— Não.
— Então qual o problema? — Mirko se vira para mim — Não venha me dizer que está com medo de falar com uma garota.
— Eu já dei em cima dela de forma sutil, se é isso que está insinuando. Ela responde a altura, mas isso acabou se tornando uma brincadeira.
— Como você fazia comigo, então... — A risada de Mirko é leve — Então, o problema é que você não gosta do tom de brincadeira. Eu lembro como tive que aprender a lidar com isso, você se vira.
