𝟬𝟬𝟱| Eu sinto algo por ele.

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Any G..

Flashes de luz estão sob minha visão, meus olhos mal conseguem se abrir, com muita dificuldade levanto da cama que estou deitada.
Com meus olhos finalmente enxergando algo, vejo um quarto que nunca vi na minha vida. Como eu vim parar aqui?

Me levanto e percorro pelo quarto em busca de peças de roupas que me faltavam. — Não é possível.. o que tinha acontecido? — Não reconheço nada a minha volta, tendo isso, resolvo sair deste quarto. Com as roupas que me faltavam já presente em meu corpo, eu caminho até a porta, após aberta era possível ver um corredor com algumas portas e no fim dele, uma escada, onde em seu destino provavelmente encontrarei o dono desta casa.

Com leves passos e muito medo de quem iria encontrar, caminho suavemente até a escada sem me importar com as portas que haviam pelo caminho. Desço pelos degraus, e me dou conta de que essa sala era familiar. Eu já havia estado aqui!

Caminho até a cozinha, havia um homem sem camisa que estava cozinhando, um homem qual eu reconhecia muito bem. Seu cabelo, seus músculos e as tatuagens em seu braço, eram inconfundíveis. Josh beauchamp eu via em minha frente. Ele parece se dar conta que estou presente e então larga o que está a fazer e vem até mim.

— Oi Sun, Dormiu bem? — em nem me dar tempo para resposta. Seu braço envolve meu corpo, me puxando para perto.

Ele uni nossos lábios com um caloroso beijo, por instinto, minhas mãos vão ao seu cabelo. Fazia tanto tempo que não sentia seu beijo. Era como beber água depois de anos vivendo no deserto. Minha língua percorreu tudo que podia, para saciar a sede que tinha.

— Talvez devêssemos fazer o que fazemos de melhor! — eu sussurro faz com todas partes de meu corpo se arrepie.

Sem ter noção da velocidade das coisas, logo me vejo em seu colo. Eu não tenho poder para falar nada, ele caminha comigo em seu colo, até me por sobre a bancada. Seus olhos exalavam desejo. O mais puro e quente desejo.
Esse desejo iria ser suprido, após descolamos nossos lábios de mais um beijo caloroso, seus beijos encontram meu pescoço, suas mãos foram ágeis para tirar a blusa que havia colocado minutos antes, e minhas mãos foram ágeis, cravando minhas unhas sobre suas costas em forma de devolver tudo que sentia agora...

— Que sonho foi esse garota?! — Joalin passa suas mãos por seus cabelos.
— Ter um sonho erótico não significa nada, né?! — meu medo era saber o que estava sentindo.
— Não, com certeza não, fala aí Nour. Com toda certeza do mundo ela não quer mais ele! — seu tom debochado era explícito.
— Ou talvez ela só precise de alguém novo, pra dar vida ao sonho. Alguém que não seja o ex dela. — Nour me aconselha, o que me faz parar pra pensar. Será que Josh já se envolveu com outras mulheres depois de terminarmos?
— Não, Nour. Era pra você concordar comigo. Se ela sonha com ex dela, ela quer o ex dela!

Joalin era firme sobre seu posicionamento. Já eu.. Eu estou em um mar de dúvidas.

Queria poder pensar como Nour, queria poder conseguir arrumar alguém para seguir em frente. Mas não sou cruel a ponto de colocar alguém em minha vida, mesmo sabendo que ainda sinto algo por Josh.

É.. é isso. Eu sinto algo por ele.

Eu não sei o que é e nem se vai permanecer, mas por agora eu tenho a certeza que ainda existe algo.

— Eu tenho que ir pegar a Sophie na escola, depois conversamos melhor. — o relógio estava ao meu favor, não posso mais chegar atrasada para buscar Sophie.
— Manda um beijo para aquela princesa. — Nour me avisa antes de sair pela porta.
— Pensa no que eu te disse, mais tarde eu passo aqui no ateliê pra te ver de novo. E manda um beijo meu pra Sophie também. — Joalin seguiu Nour e logo já não era possível ver elas.
[...]

Com meu carro finalmente consertado, eu poderia ir buscar Sophie sem me atrasar. Durante todo caminho as palavras da Joalin me voltavam a mente. Eu não sonharia com ele atoa! É ele quem meu corpo, minha mente e meu coração deseja.

Tudo isso fez com que o tempo passasse tão rápido que eu já estava na frente da escola da Sophie. Desço do carro e não é difícil localizar minha pequena.
Eu caminho, me aproximando de onde ela está e logo ela corre até mim, agarrando minhas pernas. Era tão bom ver que minha menina já estava se curando. Aceno, chamando a atenção da professora que me causou estresse da última vez que estive aqui.

— Então minha princesa, como foi seu dia? — Sophie e eu caminhamos de mão dadas até meu carro.
— Eu fiz o alfabeto 'inteiiiiro, sem errar nenhuma letra! — o orgulho que tenho dela é imenso.
— Uau! Que orgulho da minha princesa. — a subo em meus braços, colocando ela em sua cadeirinha.
— Hoje você vai ficar com a babá, viu?! — entro em meu carro, ajustando o retrovisor para conseguir ver Sophie a todo momento, e agora sua cara era de quem não tinha gostado da notícia.
— Não, mamãe, fica comigo. — a maneira que ela falou, partiu meu coração. Mas não posso ceder, eu preciso trabalhar.
— Eu não posso meu amor, eu vou passar a tarde no ateliê. — ela precisa entender.

— Então me leva pro papai. — por que ela teve que puxar a teimosia do pai?!
— Seu pai também trabalha, sabia?
— Mas eu tô com saudadeeees. — o que? Mas eles se viram sábado, tudo bem que não conseguiram se despedir por conta que Sophie dormiu, mas é apenas um dia sem ver ele.
—  Sophie, vocês se viram sábado e ele está ocupado. A noite eu ligo para você matar a saudade, pode ser?! — talvez o trabalho não fosse o único motivo para eu não querer encontrar com ele.

Sophie não aceitou bem, fez birra e não concordou com nada que eu disse. Eu não quero deixá-la sozinha, mas não tenho opções.
[...]

O caminho foi preenchido pelo silêncio de Sophie, ela não quis conversar pelo resto do caminho por causa da minha decisão.

Sophie havia ido até o banheiro para lavar as mãos para podermos almoçar, sua demora me preocupa, ela não demora tanto assim para lavar as mãos. Resolvo ir até onde ela está, para ver o que aconteceu.

— É papai, aquela babá é chata. Me deixa ficar com você. — não é possível! Ela realmente estava ao telefone com Josh?
— Sophie! O que está fazendo? Me entregue meu celular, por favor. — ela me entrega o celular e realmente está em chamada com o Josh.
— Oi.. É.. Desculpa. Eu não vi que ela tinha pego meu celular.
— Não tem problema, só esperava que fosse você. — será que ele realmente havia dito isso ou eu apenas compreendi mal?
— Oi?
— Ah, nada.. E pode dispensar a babá, a Sophie vai passar o dia comigo!

— Você não está trabalhando?
— Eu estou, mas eu posso ficar de olho nela. Eu prometo!
— Tem certeza que não irá te atrapalhar em nada!?
— Tenho, e eu também estou com saudades dela. — menos um problema e menos reclamações de Sophie, não tinha o porquê eu negar.
— Ah, então tá! Você tá no restaurante? Eu posso deixar ela aí às 13:00h da tarde.
— Perfeito, espero vocês!

Logo depois dele ter desligado a chamada, eu puxei Sophie, para perto de mim, em um abraço.

—  Você é bem espertinha, não é mocinha!
— O papai fala que eu tenho a sua inteligência! — ele fala isso?
— Então vamos usar essa inteligência para agilizar tudo, que eu ainda tenho que ligar para sua babá para cancelar.

𝗜 𝗦𝗧𝗜𝗟𝗟 𝗟𝗢𝗩𝗘 𝗬𝗢𝗨Where stories live. Discover now