𝗜 𝗦𝗧𝗜𝗟𝗟 𝗟𝗢𝗩𝗘 𝗬𝗢𝗨

𝟬𝟮𝟰| É algo com um amor maior.

Josh B..

Faz duas semanas, duas semanas sem ver aqueles olhos castanhos brilhantes, aquela boca vermelha desejável e  aquele seu emaranhado de cachos macios.

Durante esses 14 dias eu fiquei ansioso ao receber algumas mensagens da mulher dona de mim, mas assim que lia, via que era sobre a Sophie. Especificamente sobre aquele assunto que me chateava tanto.

Cada vez que nos afastamos mais, se parece como da primeira vez; Fica aquele vazio inexplicável.

Acho que essas duas semanas foram as mais bagunçadas de todas. Isso se comprova pelo local que estou agora, uma sala de espera de um consultório médico. É estranho como há momentos tediosos que sua vida inteira passa pela sua cabeça.

Eu espero ansiosamente a minha mãe sair de dentro daquela sala. Há alguns dias atrás ela me contou que o médico lhe pediu muitos exames, isso me deixou com medo. Ela não teria contado se realmente não a preocupasse.

O universo parece ter se revoltado contra mim.

Sou despertado pelo barulho da porta sendo aberta pela minha mãe, que caminha até mim.

— Como foi? — me levanto e me aproximo dela.
— Normal, foram exames normais. — ela responde simples.
— Hum, sei. Eu vou só falar a recepcionista e nós vamos! — digo e caminho até o balcão da recepção.

— Os exames serão enviados na segunda, então na terça a Úrsula já poderá retornar ao médico. — a recepcionista explica e eu assinto.

— Vamos, a senhora vai almoçar lá em casa! — me aproximo de Úrsula e digo com autoridade.
— Não precisa, só me deixe em casa. — ela caminha para a saída.

Ignoro suas palavras, caso o contrário ela faria de tudo pra negar.

[…]

Com o carro, finalmente me aproximo de casa, um cansaço me toma só de lembrar que ainda terei que preparar o almoço.

Saio do carro junto de minha mãe e fico confuso ao observar o carro branco estacionado na frente de minha casa, era o carro dela!?

Caminho para a porta ainda muito confuso, será que assim que eu abrir essa porta eu irei vê-la?

Encaixo a chave na tranca e a giro, então abro a porta e dou alguns passos para dentro, ligeiramente vejo a Sophie correr até mim e abraçar as minhas pernas. Olho para a sala de estar e vejo Any sentada no sofá e por um breve momento, nossos olhares se encontram.

Ela parecia mais linda do que da última vez; Mais distante também.

— Princesa! — puxo Sophie para os meus braços.
— Papai, você demorou! — fico perdido com suas palavras, elas estavam me esperando?
— Any? — libero Sophie de meus braços e ela corre para a avó, então me aproximo mais de onde Any está.
— Oi, é... Você não foi buscar a Sophie então eu a trouxe. — ela explica e eu me lembro das mensagens deixadas no meu celular.

"Daqui a 15 dias você vem buscar ela."

"Na segunda ela vai pra sua casa!"

"Não esqueça de vir buscar ela!"

Eu esqueci... Pela primeira eu não lembrei, em minha defesa há tanta coisa na minha cabeça agora.

— Desculpa, eu tô lotado de trabalho e tem umas coisas acontecendo. Eu não vou esquecer nunca mais, eu prometo. — continuo de pé, sempre acabo ficando meio bobo perto dela.
— Tudo bem, é normal. — ela se levanta do sofá — Então, agora eu acho que já vou indo.