𝟬𝟭𝟮| Eu me apaixonei novamente.

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Josh B..


Desde que eu cheguei no restaurante, a minha cabeça parece estar sendo acertada por mil pedras.
Ontem a noite, a dor no meu peito aumentou quando cheguei em casa, a dor continuou e eu não havia nada que eu pudesse fazer para que essa dor fosse embora.
O meu momento de paz só chegou quando eu deitei na cama da Sophie e olhei o porta retrato com a foto da Any, talvez o meu porto seguro.

Eu continuo o meu trabalho mesmo com a minha cabeça latejando, só quero que isso acabe e que dê logo meio dia para que eu possa ir buscar a minha cacheadinha'.

[...]

Sou atento pelo barulho de batidas na porta que logo é aberta. Carol entrou no escritório, segurando um copo de café em suas mãos.

— Oi.. Eu posso falar com você? — seus ombros estavam meio encolhidos, seus olhos me fazem pensar que ela não dormiu muito e seu rosto exalava constrangimento.
— Novidades do último carregamento de bebidas? — eu pergunto, tentando desviar do provável assunto.
— Ah, ainda não. Mas queria conversar sobre ontem, pedir desculpas na verdade!
— É, está tudo bem! Você estava bêbada, só acho melhor nada do tipo nunca mais acontecer. — eu falo, não quero tornar as coisas ainda mais estranhas.

— Posso te levar pra jantar como pedido de desculpas! — ela me diz, o que me faz ter uma expressão confusa.
— Que cabeça a minha! Levar um chef como você pra jantar. Pode ser outra coisa! — ela parecia determinada a isso.
— Carol, eu prefiro que o nosso relacionamento seja apenas profissional, nada mais. Ok? — tento falar da maneira mais confortável possível.
— Ah, tudo bem. Mas eu ainda vou conseguir ser sua amiga! — solto o ar e me levanto da cadeira, já estava na hora de ir buscar a Sophie.

— Eu já vou buscar a minha filha, cuida de tudo aqui! — peço a ela e logo em seguida saio.
[...]

— Oi, minha princesa! — estou agachado no campo da escola da minha Filha, esperando Sophie possa vir até mim. Normalmente ela viria com toda sua animação, mas algo parece diferente com a minha pequena.

— Oi papai. — ela caminhou devagar até mim e praticamente se jogou e ficou nos meus braços.
Tiro a mochila da Sophie de suas costas e a retiro de dentro do meu abraço.

— Sophie, o que aconteceu? — levo minha mão a sua bochecha.
— Eu tô cansada, papai! — após liberar suas palavras, ela pôs sua cabeça em meu ombro. Seu corpo inteiro parecia mole.

— Eu quero soninho' papai! — ela fala e volta a colocar sua cabeça sobre o meu ombro. Eu sei que a minha pequena não está bem. Eu sinto!
— Vamos, o papai está aqui com você, viu! — carrego Sophie em meus braços para podermos ir para o carro.

Cogito em levar Sophie ao hospital, mas talvez seja um exagero de pai. Any sempre disse que só devo levar Sophie aos pediatras que sempre cuidaram dela, os que nós conhecemos e confiamos.
Após tê-la colocado em sua cadeirinha, deposito um beijo em sua testa e o seu rosto se vira para a esquerda. Talvez ela durma ali mesmo.

Entro no carro e a observo pelo retrovisor, minha perna não contém o movimento de ansiedade. Meu peito parece disparar de preocupação; penso em avisar a Any, mas eu não quero preocupar e atormentar ela com isso. Olho para a minha pequena uma última vez e dou partida no carro.
[...]

Penso em ir almoçar com ela no restaurante, mas não quero causar esforços para Sophie, então resolvo preparar algo eu mesmo.
Em dias comuns, Sophie normalmente iria ficar eufórica para me ajudar na cozinha, mas hoje ela só me pediu para ficar deitada.
Atendendo seu desejo, trouxe uma poltrona para a cozinha, onde seu pequeno corpo repousa agora. Eu preparei a massa favorita da minha filha enquanto ficava de olho nela.
Passo a minha mão repetidas vezes pelo seu rosto fazendo-a despertar.

𝗜 𝗦𝗧𝗜𝗟𝗟 𝗟𝗢𝗩𝗘 𝗬𝗢𝗨Where stories live. Discover now