𝟬𝟭𝟯| Foi tudo um sonho.

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Josh B..

— Porra, Gabrielly! — reagi após ela se pôr em meu colo.
— Sabe Beauchamp, eu senti falta disso. Eu senti falta do seu corpo... da sua boca... dos seus dedos... Eu senti muita falta de estar em cima de você. — ela diz de uma maneira lenta e sensual, que me enfraquecer.
— E eu senti muita falta de você em cima de mim. — expresso enquanto aproximo minha boca de seu pescoço.

Grudo seu tronco ao meu, minha língua finalmente começa a distribuir beijos pelo seu pescoço, baixos gemidos se estabeleceram perto do meu ouvido. Eu descolo minha língua de seu pescoço e a observo os seus olhos, eu consigo ver o diabo nos seus olhos.
Minhas mãos descem até a barra da sua blusa, seus beijos em meu pescoço se transformam em chupões que eu tenho certeza que deixaram fortes marcas. Como nos velhos tempos.

— Soares... — seu nome saiu como um gemido após ela apoiar suas mãos em meus ombros, fazendo com que a pulsão por baixo da minha calça permaneça mais forte."

OHMAMI - Chase Atlantic
"Mamacita, I can see the devil in your eyes
muy bonita, tu quieres estar by my side
she might make me stay in for the night
for the night, oh"

Meu coração parece explodir diante a luz que bate em meu rosto, toda a adrenalina que corria pelas minhas veias parece sumir. Meus olhos se abrem e a dor em minha coluna dispara. Me vejo sozinho no sofá da sala ainda completamente lento por conta do sono.

Foi tudo um sonho..

Tudo pareceu tão real, o corpo dela por cima do meu, o seu toque, os beijos dela.
Nunca irei perdoar meu cérebro por me acordar antes do clímax do meu sonho.

Levo minhas pernas ao chão e meus olhos passeando pela sala a procura da Any e da minha filha. Por ainda estar desnorteado acabo tendo que apoiar no sofá para não cair.
Caminho até a cozinha esperando encontrar tais pessoas, mas não a sinais delas, a não ser uma tigela com resto de mousse.
Será que Any foi embora?

Tiro forças para subir até os quartos continuando minha busca, mas acabo sendo hipnotizado ao ouvir a voz de Any cantando junto com a Sophie.

"— o horizonte me pede pra ir tão longe
Será que eu vou?
Ninguém tentou
Se as ondas se abrirem pra mim de verdade
Com o vento eu vou
Se eu for, não sei ao certo quão longe eu vou."

Suas vozes se harmonizam ao cantar, parece até o canto de anjos. Encosto minha cabeça na parede ao lado da porta do quarto da Sophie, um sorriso surge ao meu rosto ouvindo as vozes dela juntas.

— É.. Oi! — coloco apenas a minha cabeça a amostra após elas terminarem de cantar.
— Papai, minha rabiga' tá doendo. — Sophie desceu da cama, onde estava com Any e veio até mim.
— Ô minha princesa, vem cá... — falo e a pego no colo, ela deitou sua cabeça

— Eu tomei a liberdade de vir aqui pra dar um banho nela, pra febre sair totalmente. — Any falou. — meu rosto ferve após eu lembrar sonho.
— Você não acha melhor levar ela ao hospital? Ela ainda está com dor. — falo ao dar um leve beijo no ombro de Sophie.
— É, talvez. — ela diz e eu observo o quanto ela parece cansada.

— Não quero hospital. — ouço as palavras da Sophie no meu ouvido.
— Mas a princesa do papai precisa ficar boa, para irmos ao parque e a aula de jiu-jitsu! — convenço a pequena em meus braços.

[…]

O dia estava um pouco mais bonito do que ontem, mas sinto que logo logo o clima se fechará. Any decidiu que iríamos agora ao hospital com Sophie, eu tento a todo custo fazer com que o medo de Sophie fuja, mas parece que isso não está sob meu controle.

— Any? — chamo seu nome após ela colocar Sophie na cadeirinha.
— Sim? — ela me responde.
— Talvez você deva dormir aqui em casa novamente, pela Sophie! Tem um quarto de hóspedes. — sugiro.
— Vou ver.. — tudo que ela me dá é uma resposta vaga.

[…]

O médico disse que diante do quadro e das dores de Sophie, pode ser uma infecção em seu estômago ou uma virose. Não adianta descobrir o que é, a minha filha continua doente e eu continuo preocupado.
Meu coração parece gritar de dor ao ver Sophie chorando no meu ombro, após saber que terá que tomar uma vacina anti-inflamatória.

— Não... Papai... Não deixa... — as palavras da pequena em meu colo são interrompidas pelo seu choro.
— Eu estou aqui com você, vamos fechar os olhos, você nem vai sentir, meu amor. — eu falo, mas sei que eu só quero fechar os olhos para não sentir a dor junto com ela.
— Promessa de dedinho?
— Promessa de dedinho!

"AU" isso foi tudo que eu consegui ouvir de olhos fechados, logo em seguida o choro da Sophie tomou o ambiente. Eu a puxei para o meu ombro e após alguns minutos enquanto Any terminava de conversar com o médico, eu acalmei Sophie com muitos beijos e carinho.

— Vamos? — Any diz com alguns papéis em sua mão.
— Vamos! — Sophie responde por nós dois. — Enquanto saímos do hospital Any tocou o meu ombro, me fazendo parar.
— Josh, eu vou dormir com a Sophie tá bom?! — ela diz e segue seu caminho com Sophie andando a sua frente.

Ela iria dormir com Sophie, no quarto de Sophie, ou seja na minha casa. Ela iria passar a noite novamente ao meu lado, bem... Não ao meu lado, mas ao quarto do lado do meu.

[…]

— Então... O que a senhorita vai querer no almoço? — pergunto a Sophie que desenhava ao meu lado.
— A mamãe vai morar aqui? — ela pergunta sem tirar os olhos do papel. — ao observar o desenho, eu vi ela escrever nossos nomes — o meu e o da Any — acima dos bonecos desenhados.

— Não mude de assunto, hoje você tem que comer muito bem. O médico disse. — eu desconversei de sua pergunta.
— Mas eu não tô com fome e eu quero a mamãe dormindo junto comigo e com você, papai! — ela continua seu desenho enquanto fala.
— A mamãe só vai ficar aqui enquanto você estiver com dodóis'. — eu a explico.
— Então eu vou ficar doente pra sempre, pra todo sempre. — ela fala e se joga em meus braços.
— Nem pense, você vai ficar boa logo! — espalho beijos pelo seu rosto.

𝗜 𝗦𝗧𝗜𝗟𝗟 𝗟𝗢𝗩𝗘 𝗬𝗢𝗨Where stories live. Discover now