𝟏𝟗. 𝐂𝐞𝐝𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐚𝐨𝐬 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐣𝐨𝐬.

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- Sim, nós podemos. - respondeu Reiner, concedendo espaço para que a mais jovem ficasse ao seu lado, com os braços apoiados na cerca.

Sem hesitar, Jade posicionou-se de costas para a cerca, apoiando-se nela, enquanto era observada atentamente pelo loiro ao seu lado. Ambos permaneceram em silêncio, sem saber o que dizer dali em diante, e o silêncio começou a se tornar constrangedor para eles, que se sentiam desconfortáveis com aquela situação. Nervosa e sem pensar duas vezes, Fleury virou-se e abraçou Reiner, surpreendendo-o e deixando-o paralisado com a aproximação da mais nova.

- Sei que não podemos ser o que éramos antes, mas isso não significa que devêssemos nos afastar... E estou sofrendo por isso mais do que você possa imaginar. - disse Jade, lutando contra o próprio orgulho para expressar seus sentimentos.

- Jade... - balbuciou Braun, finalmente podendo retribuir o abraço da jovem, fazendo o coração de ambos acelerar com o toque.

- Você pode não gostar de mim como antes, mas isso não importa para mim! Só quero que continue sendo meu amigo, me alegrando todos os dias e me fazendo acreditar em mim mesma. - pediu ela, sentindo um nó na garganta e os olhos ficando ardentes, segurando as lágrimas.

- Eu não quero ferir seus sentimentos. - falou o loiro, incapaz de conter as lágrimas que escapavam.

Com cuidado, Fleury levou suas mãos até o rosto do loiro, usando seus polegares para enxugar as lágrimas. Reiner desejava estar com ela, beijá-la, abraçá-la e expressar o quanto a amava, mas as circunstâncias continuavam impedindo-os de ficarem juntos, e isso já estava se tornando um fardo para ele.

Braun nunca quis ser um verdadeiro guerreiro. Tudo o que fez para chegar onde estava era apenas para orgulhar sua mãe e, com um pouco de esperança, ganhar o amor e o reconhecimento de seu pai, que o rejeitou assim que o viu. Ele não se sentia amado por ninguém e acreditava que sua mãe apenas o criou e educou por consideração ao homem com quem ela teve um relacionamento e consequentemente engravidou. Desde que conheceu Jade e sentiu o amor crescendo em seu peito, ele não queria aceitar todo o carinho que a garota tinha por ele, mas gostava de estar perto dela, pois era ela quem ainda conseguia amá-lo apesar de todos os seus pecados, mesmo que ela ainda não soubesse sobre eles.

- Eu não sei por que tem esse medo, esse receio de estar comigo, mas saiba que para mim não importa, Reiner. Eu gosto de você. Estarei aqui para o que der e vier, vou te proteger com unhas e dentes, cuidar de você e não deixar que ninguém te faça sentir-se mal. Eu te amo, Reiner. Sou sua aliada. - disse Jade, depositando dois beijos rápidos nas bochechas do loiro à sua frente.

- Também te amo, Jade. Te amo mais do que deveria, e você não sabe o quanto tenho me amaldiçoado por isso. - respondeu ele, contendo-se para não agarrá-la e beijá-la.

- Se me ama, por que quer me afastar? Já disse que não me importa, eu ainda te amo. - repetiu ela, encarando Reiner nos olhos, torcendo para que ele cedesse e ficasse ao seu lado.

Vendo o pedido implícito nos olhos castanhos de Jade e impulsionado pelo momento, ele a beijou apaixonadamente. Jade não esperava que ele tomasse essa atitude, mas não recusou nem se afastou. Continuaram o beijo, aproveitando o contato físico que tanto sentiam falta. Os lábios de Reiner estavam levemente salgados pelas lágrimas, mas Jade não se importou. Ela sabia que essas lágrimas eram resultado da saudade que o loiro sentia dela e não poderia estar mais feliz por estar ao lado dele novamente.

O rapaz sentiu medo da reação de sua amada ao ser beijada novamente e agradeceu às Deusas por ela ter reagido bem. Em vez de recuar, ela continuou o beijo na mesma intensidade em que ele começou. Depois de um tempo, Jade pediu passagem com uma mordida leve na língua de Reiner, que prontamente concedeu. Um calor tomou conta dos corpos dos jovens, tornando tudo cada vez mais quente. Reiner desistiu de se conter e levou suas mãos até a cintura de Jade, puxando-a para mais perto e deixando seus corpos juntos.

Com delicadeza, o loiro colocou uma de suas mãos dentro da blusa de Jade, passeando seus dedos pelas costas da garota. Ela não conseguiu se segurar e acabou soltando um gemido baixo entre os lábios do rapaz, que sorriu em resposta. Deixando de lado sua timidez, Jade pousou sua mão direita na ereção de Reiner, apertando com cuidado para não machucá-lo. Reiner arfou com aquele toque, puxando a garota para mais perto e deixando seus corpos totalmente grudados, despertando a excitação em Jade, que já não planejava continuar respondendo como uma moça certa e comportada.

Após alguns minutos de beijos e toques íntimos, ambos começaram a sentir falta de ar e, relutantes, se separaram, deixando suas testas coladas. Com um sorriso tímido em seu rosto, a garota de cabelos claros olhou atentamente para as íris douradas do loiro que estava tão próximo dela, resultando em suas bochechas corando.

- Eu te amo. - sussurrou Reiner, olhando profundamente nos olhos castanhos dela, que eram uma verdadeira perdição.

- Eu também.

O loiro puxou a garota para um dos espaços dos estábulos que estavam próximos, sem ter pensado exatamente se deveria fazer aquilo, mas era o que queria. Ele orava em pensamento para que ela não o renegasse e desejasse estar com ele tanto quanto ele desejava estar com ela. Já havia sido renegado e humilhado a vida inteira; tudo o que queria era ser amado. Ele encontrou o amor no lugar mais improvável possível, onde só haviam demônios, e até onde sabia, demônios não sentiam amor. Mas ela não era um demônio, era um anjo. Apenas por existir e estar com ele, o fazia feliz de uma maneira inexplicável.

Ele a deitou cuidadosamente sobre a "cama" improvisada de feno, e Jade sentia que seu coração poderia saltar pela boca a qualquer momento. No entanto, não pensou em fugir ou interromper o momento. Embora o local não fosse o mais apropriado e houvesse o risco de alguém chegar e vê-los em um momento tão íntimo, isso não a fez recuar nem um centímetro. Sentia-se tão feliz por estar com ele depois de todos aqueles dias afastados que não se importava com nada disso. O loiro a beijava com paixão, enquanto ela o abraçava pelos ombros, ainda um pouco tímida. Seu corpo clamava por ele, e ela não entendia o que estava acontecendo. Nunca havia sentido daquela maneira com outra pessoa que não fosse ele. Ali, parecia que estava entrando em combustão. O rapaz a acariciava com carinho, passando a mão em suas bochechas rosadas e depois em seus ombros, cintura, apertando levemente e arrancando um arfado dela.

Sem pensar direito, ela levou suas mãos até a blusa verde que Reiner vestia, puxando-a para cima, fazendo menção de tirá-la. Ele se ajoelhou onde estava e tirou a camisa, jogando-a ao lado deles.

A garota não pôde deixar de prestar atenção à cena. O loiro de joelhos no meio de suas pernas, sem camisa, com a luz da lua iluminando-o por trás, dando-lhe um ar quase sobrenatural e divino. Sorriu minimamente vendo aquilo e logo o rapaz tratou de unir seu corpo novamente ao da garota abaixo dele. Ela não demorou a beijá-lo novamente apaixonadamente. Levou uma das mãos até a calça do maior, apertando seu membro, e isso fez com que ele mordesse levemente o lábio dela, que sorriu minimamente com aquilo. Enquanto estavam de olhos fechados, era fácil fazer esse tipo de coisa e era gostoso apenas aquilo. Não podia nem imaginar como seria além disso.

Ele levou as mãos até o abdômen da garota, puxando agora a blusa dela para cima. Ela levantou um pouco o tronco para tirar a blusa e depois, ela mesma tirou o top que vestia por baixo da camisa, deixando seus seios à mostra. Braun não pôde deixar de observá-la, deixando a garota ainda mais tímida.

- Ei, não me olhe assim... - ela disse, virando o rosto para o lado, evitando o contato visual.

- Não consigo. Você é maravilhosa.

- Não fale asneiras! - o rosto de Jade corou de vergonha.

A última coisa que ela viu antes de fechar os olhos novamente foi o loiro sorrindo bobo para ela, com os olhos brilhando, completamente apaixonado. Não pensou mais em tudo o que havia pensado durante todos aqueles dias, em todas as vezes que se convenceu a não se aproximar da Fleury, principalmente daquela maneira. Não podia mais reprimir seus desejos, pois sabia que a única coisa que poderia fazê-lo verdadeiramente feliz era ela.

❛ 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐄𝐕𝐈𝐋 𝐈𝐍 𝐃𝐈𝐒𝐆𝐔𝐈𝐒𝐄﹔₍ 𝕽𝖊𝖎𝖓𝖊𝖗 𝕭𝖗𝖆𝖚𝖓 ₎.Where stories live. Discover now