Minha luta real... Depoimento por Suelen

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Olá, meu nome é Suelen, sou mãe de uma menina linda de 6 anos. Há quase 4 anos atrás ela foi diagnosticada com Leucemia linfóide aguda pré B. Um mês antes de descobrir, ela caiu da cadeira do meu computador e teve que engessar um braço por 15 dias e depois o outro pelo mesmo período. Após a retirada do gesso, ela ainda continuou sentindo dores, nessa mesma semana ela apresentava cansaço extremo e dores nas costas. Dias depois, o dedo do meio da mão direita havia inchado e na mesma noite ao colocar a fralda nela, dois caroços na altura da virilha haviam aparecido.

Bom, eu me desesperei e corri na manhã seguinte com ela, e tudo que me disseram foi que ela estava com virose. Fiquei indo ao hospital público durante uma semana e por fim uma médica que havia trocado o plantão avaliou o caso dela e pediu que eu esperasse até a manhã do dia seguinte para que ela pudesse fazer um exame especificado no hospital Hemorio que fica no Rj.

As 7h da manhã daquele dia ela fez os exames de sangue e medula e as 14h tive a notícia. A sensação é de morte, algo que não dá pra descrever porque dói muito. Desde então, ela ficou internada e 2 dias depois descobrimos que as dores nas costas eram devido a uma pneumonia. Ficamos juntas 40 dias nesse processo pra curar a pneumonia pra que depois ela começasse a quimioterapia. Ela teve alta 2 dias antes do natal de 2011 e faltando um dia para o Natal, voltamos para o hospital pois ela apresentava febre contínua de 39c°. Foi muito triste passar o Natal no hospital, estávamos felizes por ela poder estar em casa depois de mais de um mês trancada naquele lugar toda furada. Mas não teve jeito, ela permaneceu internada por 7 dias para tomar antibióticos pois a imunidade dela havia baixado, esse era o motivo da febre, (aplasia).

Saímos um dia antes do Reveillon e passamos bem em casa, ela estava feliz e nós familiares também. Na consulta que estava marcada pra 1 semana depois, ficamos sabendo da quantidade de internações que ela precisaria fazer para o tratamento. Logo também, foi marcada a cirurgia do Cateter para que ela recebesse a quimioterapia por ali. Foram 6 internações de quimioterapia e 6 de aplasia. Ficamos firmes, cada internação era um sofrimento, muitas crianças não conseguiram e partiram, e junto, meu coração também. Ficamos tanto tempo dentro do hospital, que criamos um laço família ali, não tinha como não sentir a dor de todos os familiares que ali compartilhavam dessa luta comigo.

As internações acabaram, ela precisou fazer mais algumas sessões de quimioterapia no ambulatório. Fui treinada por uma enfermeira para aplicar quimioterapia intramuscular e me doía fazer, mas eu fazia pra ela não ter que voltar no hospital. Cada vez que íamos em uma consulta e que o exame dela não dava nenhuma alteração, era um alívio imenso.

Os anos foram passando e em dezembro de 2014 ela foi liberada dos remédios e do cateter. Marcamos a cirurgia para a retirada e isso foi a parte mais linda e emocionante de todo esse tempo. A cura!!! A cura que eu tanto almejei nas minhas orações. Ela não está de alta ainda, as consultas agora, são de 3 em 3 meses e assim vai aumentando conforme o tempo. A alta definitiva é só daqui a 6 anos. Mas pra mim ela já está de alta, vive bem, não sente nada e estamos super felizes. Eu agradeço a Deus por essa vitória e a médica dela que foi tão abençoada, além de uma super profissional!

Redenção - DEGUSTAÇÃODove le storie prendono vita. Scoprilo ora