Capítulo 08

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Marcola 🌪️

Terminei meu expediente e sai da boca cumprimentando os menor. Montei na moto e desci rumo a minha goma.

Já tava de noite, as ruas estavam meio escuras, achava que não estava com a vista muito boa e parecia um miragem o que estava vendo. Cheguei mais perto e ri sem acreditar quem estava sentada na minha calçada.

Marcola: Não botei fé que viria. - parei a moto e desci me aproximando dela.

Serena: Só vim pegar o que é meu. - se levantou.

Ela parecia ainda mais gata a noite. Oh, mulher da porra.

A luz da lua iluminava sua pele meio alaranjada e seus cabelos vermelho fogo, pareciam mais frio a noite.

Marcola: Quem te trouxe até aqui? - dei um passo na sua direção e cruzei os braços.

Serena: O Paraguai. - assenti de leve. - Quero minha pulseira.

Marcola: Pra que a pressa, principessa? - forcei um sotaque italiano e ela riu.

Serena: Aprendeu italiano?

Marcola: Não totalmente. - dei mais um passo. - Digamos que eu andei treinando. - me encarou. - Para te entender preciso de mais do que aprender sua língua. - cocei a barba e ela arrumou a postura.

Serena: E o que seria?

Marcola: Saborear ela. - sorri ao ver ela engolir o seco. - Tua pulseira tá lá dentro.

Serena: Pode ir pegar, eu espero aqui fora. - neguei com a cabeça.

Marcola: Só entro, se você entrar. - suspirou fundo.

Ela começou a andar até a porta da minha casa e ri seguindo ela. Abri a porta com a chave da minha nova fechadura e deixei que ela entrasse primeiro, logo ela entrou e eu também. Tranquei a porta e virei para olhar ela.

Marcola: Seja bem-vinda.

Serena: Grazie. - fiz um sinal para que ela se sentasse no sofá e assim ela fez.

Marcola: Quer beber algo? Cerveja, whisky, refri, água? - a encarei.

Serena: Só quero minha pulseira, Marco. - revirei os olhos.

Marcola: Eu quero você e nem por isso estou tirando sua paciência. - coloquei um pouco de whisky no copo para mim.

Serena: No tenho muito tempo.

Marcola: Nem eu, então agiliza. - deu um gole no whisky.

Serena: O que quer realmente? - me encarou.

Marcola: Uma noite.

Serena: Não sou mulher de uma noite.

Marcola: Então quero pra vida inteira. - revirou os olhos. - Uma chance. Te provo que sou o melhor que tu já ficou.

Serena: Duvido muito. - levantei uma sobrancelha a encarando.

Isso era um desafio?

Coloquei o copo de whisky no balcão e caminhei lentamente em sua direção. Não tirei o olho dela um segundo sequer, assim como ela não desviou o olhar.

Sua pele estava rosada, assim como sua boca carnuda. Quando me aproximei o máximo que pude dela, Serena ficou na mesma posição. A gata sustenta.

Coloquei uma mão na sua bochecha e alisei, mas não fui tão carinhoso. Dava para perceber que essa gata, no final, tinha um jeitinho de leoa. Passei o polegar pela sua boca, não desviando nossos olhares.

Sintonia Where stories live. Discover now