Capítulo 39

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Rafael ⛓️

Terminei de empilhar as cadeiras e entrei em casa. Eduarda dormia no sofá com o Enrico e a Diana saiu do quarto da nossa filha.

Rafael: Ela dormiu? - assentiu.

Diana: Feito um anjinho. - sorri. Diana pegou a bolsa e colocou no ombro. - Já estou indo. Organizei a cozinha com a Larissa, tá tudo limpo.

Rafael: Nem precisava, a Dona Célia vem amanhã limpar aqui.

Diana: Claro que precisava, não ia deixar tudo pra ela fazer. - balancei a cabeça. - Vou indo.

Rafael: Dorme aí, pô. - ela me olhou e suspirou. - No quarto da Madalena, cabe você na cama dela.

Diana: Deixa pra outro dia.

Rafael: Você quem sabe. - dei de ombros e peguei a chave da moto. - Vou te deixar.

Antes dela dizer que não precisava, peguei em sua mão e puxei para fora de casa. Tava uma brisa gelada pra caralho, olhei para o céu e parecia que iria chover. Tirei meu moletom e entreguei a Diana, que me olhou sem entender.

Rafael: Tá frio aqui.

Diana: E você vai ficar sem?

Rafael: Qual é? Você se recuperou agora de uma gripe, essa brisa gelada é perigosa. - negou com a cabeça e afastou minha mão com o moletom. Revirei os olhos e coloquei o moletom em seus ombros. - Vamos.

Andei até a moto e subi, segundos depois ela subiu na garupa e segurou na minha cintura. Liguei a moto descendo o morro até a casa dela, que nem era tão longe. Quando chegamos, ela desceu, desci da moto também ficando encostado nela. Diana tirou o moletom me entregando, eu ri e coloquei no ombro.

Diana: Obrigada.

Rafael: Não foi nada. - sorri sem mostrar os dentes. - Amanhã eu venho deixar a Madalena.

Diana: Tá, você me avisa quando estiver vindo. - assenti. - Hoje a noite foi boa.

Rafael: Foi ótima. - sorriu.

Diana: Ela fica feliz quando estamos juntos. - assenti. - Quer passear amanhã? - leventei uma sobrancelha. - Comigo e a Mada, é claro.

Nossa relação era baseado na nossa amizade. Antes de ficarmos, já éramos amigos e depois nos tornamos pela nossa filha. Prezei em ter uma boa relação com ela, pra isso não afetar no desenvolvimento da Madalena.

Não namoramos em nenhum momento, mas também não nego que tivemos aquela recaída. Não era nada demais, eu tinha meus esquemas e ela os dela, e sabíamos separar isso, mas tenho que admitir que essa nega tem o mel.

Era bom que isso não afetava nós em nada, na nossa relação. Era bem de boa. O problema estava sendo que eu não queria mais ficar só nisso, queria uma coisa a mais e também acho que já estava na hora de sossegar. Aumentar minha família e ser um homem de uma mulher só.

Rafael: Tá, eu topo. Saio do trabalho às quatro, passo aqui e pego vocês.

Diana: Tudo bem. - se aproximou pra beijar minha bochecha e virei o rosto. Diana acabou de dando um selinho e sorriu sem graça. - Desculpa. - revirei os olhos.

Peguei em sua cintura e aproximei mais nossos corpos. Vi ela engolir o seco e fechar os olhos. Afastei seus cabelos do rosto, alisando sua bochecha. Ela era tão perfeita. Ainda bem que a Madalena puxou mais a ela do que a mim.

Molhei meus lábios com a língua ao perceber que ela estava totalmente entregue a mim. Me inclinei e finalmente colei nossos lábios. Foi um beijo foda, com pegada, malícia, prazer, que meu amigo até acordou.

Sintonia Where stories live. Discover now