Capítulo 29

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Marcola 🌪️

Me sentei na cadeira de praia, observando a Serena conversar e sorrir com a Gabriela e a Eduarda na beira da piscina.

Foram quatro dias insanos. Esperamos dois dias para que a o BOPE invadisse, mas nada. E quando pensamos que eles tinham desistido, invadiram com tudo o morro.

Infelizmente perdemos muitos e quase não conseguimos levar essa, mas resistimos e conseguimos levar a melhor. Foda que aconteceu alguns impasses no meio disso tudo. Ficamos frente a frente com o padrinho da Gabriela e tivemos uma conversa meio... estranha.

Ele contou todo o plano do pai da Gabriela, o que ele queria com aquilo e contou até que o irmão da Serena veio ao Brasil para se casar com a Gabriela, aposto que nem isso elas sabiam. Esse plano do casamento não deu certo porque a loira já estava envolvida com o Rian e estava gostando dele.

Para que o caralho do meu cunhado e a Gabriela ficassem juntos, o jeito era matar o Rian, era o que o pai dela queria. E, ainda por cima, o filho da puta do Hernando queria a Serena. Vê se pode isso? A minha Serena!

O final, vocês já sabem, Rian matou o comandante. Foda vai ser contar isso pra Gabriela.

Júlio: Ei. - chamou e o olhei. - Essa mina tá amarradona em tu. - se sentou na cadeira ao meu lado. - Percebemos isso nesse tempo. Ela tava mó triste, mal queria comer e até passando mal tava. Depois que tu chegou, olha como ela tá, sorrindo e tudo. - sorri de lado.

Larissa: É verdade. - falou e sentou no colo do marido. - Eu e a Gabi tentamos de tudo para animar ela, distrair a mente, mas nada teve sucesso. Ela só queria saber de você. - olhei para a Serena, que parecia muito feliz.

Fiquei pensando bastante nela nesses dias e já tinha chegado a conclusão que queria ela para mim. Não posso e não consigo viver sem essa mulher ao meu lado. Quero pedir ela em casamento, morar com ela, ter filhos e foda-se quem tá contra, o importante é ela estar comigo.

Júlio: Vocês estão calados. - olhou pra mim e depois para o Paraguai. Só aí percebi que ele estava do meu outro lado. - Que porra aconteceu?

Olhei para o Rian, que parecia viajar olhando para o chão. Júlio suspirou fundo e fez um final para a Larrisa. Ela entendeu e saiu, indo em direção as meninas.

Júlio: Vocês mataram alguém importante? - neguei com a cabeça.

Marcola: Era um merdinha. - murmurei. - Sem valor nenhum.

Júlio: Quem? - desviei o olhar dele e mexi na garrafa de cerveja que segurava.

Marcola: O comandante do BOPE. - respondi.

Júlio: Enfiaram o juízo no cu? - senti seu olhar furioso em nós. - Porra, puta que pariu. Isso vai dar muita merda ainda! - suspirou fundo. - Caralho, não poderiam ter matato alguém com uma patente mais baixa?

Marcola: Relaxa, Júlio. - falei e o olhei. - Não vai dar em nada. Foi morto em confronto, pronto. Ninguém sabe que foi nós e tá tranquilo, porra. Esquece essa merda. - ele negou com a cabeça.

Júlio: Eles não vão deixar isso passar em branco.

Marcola: Foda-se. A gente vai pra cima de novo, mata quem estiver na nossa frente e acabou história. - bebi um gole da minha bebida.

Júlio: A é? E as meninas? Hum? Como elas ficam? Vão ficar para lá e para cá ainda no meio da guerra?

Marcola: Qual é, porra? Era ele ou nós. Sossega que isso não vai dar nenhum outro problema. Aliás, o BO maior nem é esse. - semicerrou os olhos. Escutei o Rian suspirar e ele encarou o Júlio.

Sintonia Where stories live. Discover now