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Domingo, 21:23...

Priscila!

- Essa galera vai embora que horas? O som tá estralando e eu quero dormir já- resmunguei, jogada no sofá da sala com o Novinho.

A galera tava toda na área da piscina e na cozinha, por sorte não tinha ninguém na sala enchendo o saco.

- Ih, porra- ele riu- isso aí vai longe ainda!- suspirou, fazendo careta.

- Ainda bem que o Vinicius foi dormir na casa do amigo dele, se não amanhã já ia usar isso de desculpa pra faltar aula- revirei meus olhos.

Luiz riu, se levantando.

- Se troca lá, cunhada! Eu vou dar uma passada de olho na tua irmã, se tiver tudo certo, nós cola alí pra comer uma parada, fechô?- assenti, subindo as escadas atrás dele.

A Fernanda emendou o baile de ontem em um after na casa de uma colega dela e, quando chegou em casa, só tomou banho e desceu pro pagofunk. Misturou vários tipos de bebida, deu pt e tá dormindo desde às 16hrs da tarde!

Entrei no meu quarto e caminhei na direção do banheiro, tomando um banho rápido mesmo.

Famoso "lava só oq fede".

Quando saí do banheiro, passei meus cremes e escovei os dentes, logo caminhando na direção do guarda roupa.

Como estava um pouco frio, optei por colocar uma calça jeans escura e um cropped de manga curta preto.

Meu cabelo eu só penteei e joguei pro lado, calçando minhas havaianas. Finalizei passando um creme no meu corpo e espirrando um pouco de perfume.

Maquiagem não passei, já que só iria alí rapidinho e eu já sou bem bonita naturalmente.

Me olhei no espelho, vendo que eu estava ajeitadinha e sorri.

Nem muito feia pra não assustar ninguém, mas nem muito bonita pra não deixar ninguém babando.

Apenas ajeitadinha, pra caso eu esbarre no amor da minha vida. Nunca se sabe quando a gente vai encontrar ele, né?

Dei risada dos meus pensamentos, deslizando o celular e o cartão pro bolso da calça antes de sair do quarto.

- Fernanda tá bem?- dei risada, descendo os últimos degraus da escada.

- Dormindo igual pedra- sorriu de lado- vou avisar teu pai que nós tá metendo marcha e perguntar tua mãe se ela quer alguma parada- balancei a cabeça, pegando a chave do carro do meu pai de cima da estante- larga aí po, bora na minha moto- fiz careta, mas larguei a chave.

- Vou te esperar lá fora- avisei, já saindo de casa.
...

Na favela!Where stories live. Discover now