56°

409 25 4
                                    

Quinta-feira, 19:04...

L7!

- Deixa acontecer naturalmente...- entrei em casa cantando.

Joguei a chave da moto no sofá e subi as escadas, entrando direto no banheiro da minha suíte.

Tomei uma ducha rápida e saí depois de poucos minutos, colocando uma cueca e a primeira bermuda que eu achei.

- Lucas!- ouvi a voz dela lá embaixo.

- No quarto- gritei de volta, espirrando um pouco de perfume no cangote antes de descer pra encontrar ela.

- A gente precisa conversar- murmurou, passando por mim na escada e entrando no quarto.

Suspirei e cocei minha nuca, seguindo ela.

- Oq aconteceu?- observei ela sentar na ponta da cama.

- Você me traiu?- foi direta.

Dei risada, pensando que era piada.

- Lógico que não, tá maluca?- arqueei uma sobrancelha, ao ver que o semblante dela estava sério.

- Tinha umas meninas conversando no salão hoje, e uma delas disse que você tinha procurado ela, me chamou de corna e...- deixou a frase morrer.

- Me passa nome, endereço, tudo que tu souber! Ela vai ser cobrada, eu não fiz isso. É mentira!- disse com sinceridade.

- Você tem certeza?- estreitou os olhos- fala a verdade.

- Sim- suspirei, pensando se contava ou não- mas...

- Mas...- me incentivou a falar- fala logo!- falou apressada.

- Olha, eu ainda não tava saindo com você! Te dou minha palavra de sujeito homem, juro- suspirei- tem uma mina aí, falando que tá grávida de mim- cocei minha nuca.

- Você sabe disso a quanto tempo, Lucas?- me olhou, aparentemente calma.

- Duas semanas- encarei ela.

- E pq escondeu isso de mim?- cruzou os braços.

- Eu tava receoso, com medo de você terminar comigo, sei lá!- fui sincero.

- Ela tá grávida de quanto tempo?- estreitou os olhos.

- Acho que seis, sete meses, não tenho certeza! Aliás, nem sei se é meu mesmo, tô esperando nascer pra fazer o bagulho lá de descobrir quem é o pai- revirei os olhos- a mina mó puta, dá pra todo mundo e foi engravidar logo na minha vez? É azar demais!- estalei a língua.

- Isso que dá comer essas cocotas aí- revirou os olhos.

- Ainda bem que eu não faço mais isso, agora só como minha mulher- murmurei, me aproximando e puxando ela pra um beijo.

- Saudade- murmurou no meio do beijo, enquanto eu puxava ela pro meu colo.

...

Na favela!Where stories live. Discover now