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Segunda, 20:03...

L7!

- Pede ajuda pro teu pai, cara- estalou a língua, jogando o papel com contas na mesa de centro da minha casa.

- Não vou pedir ajuda, Luiz!- suspirei, tombando minha cabeça pra trás- eu tô fodido, irmão.

- Tu sabe que eu não posso te ajudar muito, não tenho quase dinheiro nenhum guardado! E se a gente pedir um empréstimo pro Cabeça?- o encarei, vendo que ele passava a mão bruscamente sob o rosto.

Ele estava nervoso por causa da minha situação, era perceptível.

- Tá louco? Não vou pedir socorro pro teu sogro- ri sem graça- eu tenho papo de uns 9 mil guardado! Se eu vender a moto, consigo mais uns 15- cocei a nuca.

- Acho que eu tenho umas 6 pila amuquiada em casa- pensou- ainda vão faltar 50, irmão!

- Eu posso pedir mais um tempo pra ela, aí alugo essa casa aqui, o dinheiro que eu receber na boca também jogo todo nos peito dela. Em papo de uns 3 meses consigo quitar- sorri fraco.

- E tu vai morar onde, Lucas? Vai comer como, sem dinheiro?- abriu maior olhão.

- Deus me ajuda, po- balancei a cabeça.

- Na boa, cai lá em casa! Tu sabe que minhas portas sempre vão estar abertas pra você- sorri.

- Valeu, meu mano!- fiz toque com ele.

Catarina, mãe do Caio, me procurou na biqueira hoje! Pediu 80k pra não tirar o Caio de mim.

Tenho que dar né, irmão? Ficar sem meu filho é que eu não posso!

- Bora alí comer uma parada pra tu tirar essa tua cara de enterro, deixa que eu pago- zombou.

- Vai se fuder, filho da puta- ri, me levantando- bora, mas antes eu preciso parar lá na viela da 33!

- Fazer oq lá?- fez careta.

- Falar com a Catarina- murmurei, subindo as escadas.

Abri meu cofre, pegando os 10k que eu tinha lá dentro e voltei a descer as escadas.

- Não é melhor a gente meter um tiro no meio da testa dela?- me olhou, subindo na própria moto.

- Eu não vou e não quero que matem a mãe do meu filho, carai- juntei as sobrancelhas, pulando na garupa dele- que exemplo eu vou dar pro meu filho, se permitir que matem a mãe dele, Luiz?

Ele me olhou pelo retrovisor e deu de ombros, arrancando pra viela da 33.

- Quer que eu entre contigo?- me olhou descer da moto, assim que parou de frente a casa da vagabunda- se ela for pra cima de tu e tentar te matar, eu seguro po- brincou.

- Não, eu vou sozinho!- dei as costas, já subindo a escada que dava na casa dela.

- Qualquer coisa tu grita que eu subo pra te salvar- dei risada, mandando o dedo pra ele.

Abri a porta do barraco e dei de cara com ela pelada, sentando pra um mano no sofá da sala.

- Vaza, sai fora- puxei ela de cima do cara, expulsando ele- se veste na rua, porra! Bora- empurrei ele peladão mermo pra fora e bati a porta.

- Oq foi, Lucas? Sentiu saudade, foi?- colocou as mãos na cintura e fez cara de safada, se aproximando pelada.

Encarei o corpo dela, revirando meus olhos.

Barriga chapada pq eu paguei pra chapar, a cintura que eu paguei pra afinar, os peitos e a bunda também foi eu que paguei o silicone.

- Só vim te dar o papo, po- tirei o bolo de notas do bolso, jogando nos peitos dela- aí tem 10 pila, o resto eu vou precisar de um tempo pra conseguir- dei as costas, já querendo meter o pé.

- Eu quero o dinheiro todo agora, Lucas!- rangeu.

- Ou tu espera, ou eu coloco uma bala na tua testa e aí tu não vai receber porra nenhuma. Qual tu prefere?- sorri debochado assim que ela parou na minha frente.

- Eu espero- murmurou, passando a mão na minha barriga- vamo matar a saudade- sussurrou no meu ouvido, levando minha mão até a buceta dela.

- Se toca, Catarina. Sai da minha frente- empurrei ela, saindo da casa rapidamente.

- Tá vivo? Pensei que ela ia te esquartejar e jogar na fossa- Novinho brincou, assim que me viu descer as escadas.
...

Na favela!Where stories live. Discover now