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Quinta, 20:29...

Priscila!

Fiz careta, entediada com a demora do L7.

- Quem é você?- ouvi uma voz enjoada.

Olhei pra trás, dando de cara pra uma moça só de lingerie descendo as escadas.

Passei o olho no Caio, me certificando de que ele realmente assistia desenho no meu celular e não estava vendo a moça seminua.

- Você não tem roupa, não?- a olhei de cima a baixo.

Ela ia me responder, mas a voz do L7 soou na sala.

- Vambora, Priscila!- saiu do corredor guardando o celular no bolso.

- Humrum!- murmurei, levantando.

Ele passou o olho na sala, logo arqueado a sobrancelha quando viu a siliconada lá.

- Tem roupa não?- ele perguntou.

O WD veio saindo do corredor e assim que viu a menina, fechou a cara.

- Tá com falta de roupa é? Vai se vestir! Agora Carolina, sobe essas escadas, bora!- ele empurrou ela na direção da escada.

- Meu nome é Luiza- resmungou, subindo as escadas.

Olhei pro L7 e revirei os olhos, vendo que ele reclamou, mas secava descaradamente a bunda da menina.

- Vamo, né? Já tá ficando tarde- me levantei, estendendo a mão pro Caio.

- Humrum- L7 murmurou, desviando o olhar da bunda da menina.

Me despedi do WD e saí com o Caio, indo esperar o L7 lá na frente.

- Será que seu pai vai demorar?- olhei pra rua.

- Tô aqui já, mina- a voz grossa dele soou atrás de mim.

- Onde fica essa churrascaria?- perguntei, assim que ele ligou o carro.

- Lá no topo- deu de ombros, dirigindo.

Não demorou pra ele estacionar na frente dessa churrascaria, que por fora já aparentava ser bem bonita.

Subimos pra laje, onde a Fernanda disse que esperaria a gente.

- Titia Nandaaa- Caio saiu correndo pra abraçar ela, que estava sentada em uma das últimas mesas com o Novinho.

- Tava na onde, Zé?- Novinho fez toque com o L7.

- Passei no WD- deu de ombros.

Sentei de frente pra minha irmã e o L7 sentou do meu lado, oq me fez arquear uma sobrancelha.

- Já pediram alguma coisa?- perguntei abrindo o cardápio.

- Só bebida, estávamos esperando vocês chegarem- Fernanda mostrou o copo de cerveja.

- Da um gole aí, garganta tá seca- L7 pegou o copo do Novinho, dando um gole.

Chamei a atendente, fazendo nossos pedidos.

- Você sabe que tá dirigindo, né? E que eu e o Caio vamos embora com você- estreitei os olhos pro L7, quando ele pediu mais cerveja.

- O pai é o toque, mina- riu pelo nariz- relaxe aí.

- Se a polícia para a gente...- ele me cortou.

- Se a polícia parar a gente, a menor preocupação deles vai ser quantas latas de cerveja eu tomei- revirou os olhos.

Encarei ele e não falei nada, esperando meu pedido chegar.
...

Na favela!Where stories live. Discover now