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Quinta, 19:47...

Priscila!

- A Fernanda disse que eles vão demorar um pouco- revirei meus olhos assim que o L7 parou na barreira da maré, desligando a chamada com minha irmã.

- Relaxa, titia- Caio ficou em pé no carro, tocando meu ombro.

Sorri com seu gesto, me virando pra beijar seu rosto.

- Abre aí caralho, tô chei de pressa- L7 falou pros caras da barreira.

Os vapores assim que viram quem era, abriram espaço.

- Chefe, calmae- um dos meninos entrou na frente do carro, correndo até a janela do L7.

- Da teu papo- murmurou, sem dar muita atenção pro menino- bora que meu tempo é curto!

- Novinho avisou que cês vinha e o WD pediu pra tu colar lá com ele- ajeitou o fuzil nas costas.

- Ele tá na boca?- resmungou, já ligando o carro.

- Na casa principal- se afastou.

- Senta, Caio- falei e ele logo obedeceu.

L7 acelerou e saiu cantando pneu, quase atropelou umas meninas que estavam no meio da rua rebolando.

- Espera aqui no carro- L7 falou já descendo na frente de uma puta casona.

- Não, a gente vai também- o Caio retrucou, descendo do carro atrás do pai- vem, titia!

L7 revirou os olhos mas não disse nada, então eu desci do carro também.

Caio agarrou na minha mão e nós fomos andando atrás do L7.

Ele trocou algumas palavras com os vapores da contenção da casa e logo abriu a porta, entrando como se já fosse de casa.

- Mal educado- resmunguei e o Caio riu.

A casa era tão bonita por dentro, quanto por fora e era gigante.

- Foi o papai que ajudou a construir- Caio sorriu, notando o quão impressionada eu fiquei.

Arqueei uma sobrancelha, sem entender se ele falou sério ou se só queria encher a bola do pai.

De qualquer forma, fiquei quieta e só respondi com um riso.

- Eae comédia- um homem alto e forte desceu as escadas só de bermuda.

Devia ter uns 40 anos, mas estava bem em forma.

Desviei o olhar, pra não olhar seu corpo que era bem chamativo.

- Fala cuzu, oq tu quer?- L7 cruzou os braços.

- Ish, andando com puta é?- riu, assim que seu olhar pousou em mim- brincou, irmão.

Fiz careta.

- Puta é a tua mãe!- engrossei a voz.

Caio me olhou, apertando minha mão.

O tal WD me olhou e arqueou uma sobrancelha, mas logo suavizou o rosto novamente e deu risada.

- É fiel então? Aí sim mano, boto fé! Mina é bonitona- balançou a cabeça, abraçando o L7.

- Oi, tio- Caio acenou, indo até ele.

- Eae moleque, mó saudade! Nunca mais apareceu- o pegou no colo.

- Ela é cunhada do Luiz, WD- L7 revirou os olhos.

- Ih, filha de finado também?- riu- colfoi, mina? Teu pai é mó cuzu, fala pra ele brotar pra cá por esses dias, tenho umas parada pra nós resolver- balançou a cabeça, se aproximando- satisfação- estendeu a mão.

- Prazer!- sorri fraco, apertando sua mão.

- Aí é só na cama!- piscou.

Revirei meus olhos pronta pra mandar ele se fuder, mas o L7 respondeu antes de mim.

- Cadê o respeito, porra?- empurrou de leve o ombro do amigo.

- Já rola ciúmes?- zombou, colocando o Caio no chão- bora alí, rapidão- puxou o L7 pra um corredor- fica a vontade aí, tem comida na cozinha!
...

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