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Quinta, 19:07...

L7!

- Tô bonitão- sorri, me olhando no espelho enquanto espirrava perfume em todo meu corpo.

Coloquei uma calça jeans clara, blusa preta da Nike, tênis da Nike também preto, no pulso meu rolex dourado e pra fechar, no pescoço uma corrente discreta de ouro.

- Vamo, papai- o Caio entrou no quarto, se aproximando de mim- o tio já ligou e disse que a tia Fê tá pronta!- pegou um dos meus perfumes, espirrando no próprio pescoço.

- Bora- peguei o celular, carteira e chave da moto, colocando no bolso- vai lá buscar teu capacete- ajeitei a arma na cintura.

- Vamo de carro, moto não- balançou a cabeça- tio Luiz pediu pra gente ir de carro!

Ri, trocando a chave.

Embiquei logo pra casa do Cabeça e estacionei lá na frente, mandando mensagem pro Luiz.

Fiquei no carro esperando eles descerem e trocando uma ideia com meu pivete, que parecia animado.

- Colfoi, pivete? Vai com nós não?- abaixei o vidro do carro, quando o Novinho parou do meu lado com dois capacetes na mão.

- Eu vou ter que passar na zona sul com a Fernanda, irmão. Vamo de moto mermo!- deu um sorrisinho.

- Ué, o L7 vai?- ouvi a voz da Priscila- pq o Luiz tá segurando capacete? A gente não ia de carro, Fernanda?

Cocei a nuca, entendendo o "plano" do Luiz.

Pilantra!

Olhei por cima dos ombros do Novinho, dando de cara com a Priscila e a Fernanda.

Paralisei quando vi ela alí.

Que mulher linda, menó!

Ela usava um vestidinho preto bem justinho e curto, ia até metade da coxa, uma jaqueta de couro curtinha também, devia ir até um pouco acima da cintura, tênis branco, cabelo solto e no rosto uma maquiagem que realçava a beleza dela de um jeito que, puta que pariu!

Ela tava perfeita.

- Baba não- Novinho riu, se afastando do meu carro.

Saí do transe, balançando a cabeça enquanto desviava o olhar.

- Oi, Luquinhas- Fernanda sorriu, acenando pra mim.

Dei um leve aceno com a cabeça.

- Tu vai ir com o L7, tá? Preciso passar lá na sul com a tua irmã- Luiz deu uma risadinha- é rápido!

- Rápido- bufou- não quero ficar sozinha com ele- sussurrou, na intenção de eu não escutar.

Dei risada.

- Se liga, ou- Novinho riu- meu sobrinho tá aí, relaxa- abriu a porta do passageiro pra que ela entrasse.

Ela entrou, dando um sorriso falso pro cunhado e pra irmã, que logo se distanciaram.

Puxei o ar, me arrependendo pois o perfume forte dela subiu pra minha mente como se fosse uma droga, me deixou alucinado.

Além de bonita, a filha da puta ainda tava muito cheirosa!

Passei a mão nos botões, abrindo todos os vidros do carro pro vento bater e levar esse cheiro dela, antes que eu fosse a loucura.

- Papai!- Caio resmungou assim que eu comecei a andar com o carro, pois o vento bateu bem na cara dele.

- Oi, amor- Priscila sorriu, colocando o cinto- seu vô obrigou o seu pai a te trazer, foi?- brincou.

- Oi tia! Ele que foi pedir pra mim vim- riu, parecendo contente.

- Eu devia ter colocado calça- resmungou, oq me fez a olhar.

Ela cruzou as pernas e massageou o local, fazendo careta.

Pousei legal naquelas coxas.

- Tá com frio, tia? O papai te esquenta- Caio riu.

- Deixa de lorota, moleque- ri, desviando o olhar das pernas dela.

Que Deus me ajude pq se eu for pela minha mente hoje, tô fudido!
...

Na favela!Where stories live. Discover now