Capítulo 15 | Orgulho e amor

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-NRV

França (Cidade Marselha)

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França (Cidade Marselha)

Medo e raiva.

Foram os sentimentos que me dominaram na noite passada, os nós dos meus dedos continuam doloridos, mas nada é tão prazeroso do que o sentimento de ter matado aquele filho da puta na porrada, e sem ter precisado de tanto esforço.

Presenciar a atrocidade que estava prestes a acontecer com a minha garota me deixou com o mais puro ódio, eu só considerei acabar com o maldito e proteger ela, o controle que tive por tantos anos se esvaiu novamente em questão de segundos.

Eu só consegui sair daquele transe assassino quando senti a pequena mão da minha garota e a sua voz doce, baixa e dolorida, chamando meu nome, Isis Bennett tem um poder sobre mim, e não tem a mínima noção disso, e por enquanto ela não vai saber de nada.

Me aproximo do buraco que foi um improviso para jogarmos os corpos dos estupradores, o cara que matei já foi jogado ali, o seu rosto está desfigurado, e o sangue seco está espalhado por todo o cadáver, ainda sinto a raiva gritante tentando me dominar de novo, não posso deixar que ocorra, tenho que me acalmar.

O som do motor da picape atrás de mim chama a minha atenção, o babaca que a Isi matou acaba de chegar, solto um suspiro pesado e olho em direção aos caras que o trouxeram.

Bryan fecha a porta da picape e caminha em minha direção, com o semblante fechado.

— Alguém viu algo? — Sou direto com ele, pois se algo vazou da festa, nós teremos que abafar, ou melhor, calar algumas pessoas curiosas e fofoqueiras, e não será de uma forma agradável.

A última coisa que precisamos neste momento é de mais pessoas comentando e espalhando por aí.

— Não, tudo foi limpo e mudamos a festa para outro lugar ontem, ninguém viu ou ouviu nada. — Sua fala é firme e confiante, confio nele de olhos fechados, então apenas assinto ao mesmo que fica ao meu lado.

Volto minha atenção aos caras que trabalham para o Bryan, eles tiram o corpo da parte de trás do carro, caminham até a minha frente e param ainda segurando o corpo que já está sem vida há algumas horas.

Me aproximo e percebo o canivete usado por ela, continua na garganta do indivíduo, não consigo controlar o meio sorriso que escapa dos meus lábios, arranco o canivete de cabo preto do cadáver, ainda restam os resquícios do seu sangue asqueroso, limpo a lâmina na camisa branca do cara e a deixo brilhando novamente, sem qualquer resíduo de que havia o líquido vermelho carmesim.

Olho para os dois caras e assinto para eles, ambos caminham em direção a cova funda e jogam sem delicadeza o corpo.

Não faço questão de olhar novamente para trás, eu vou em direção onde deixamos nossos carros, fecho o canivete e o guardo no bolso da minha jaqueta, preciso levar ele até a sua dona.

Apenas AmigosWhere stories live. Discover now