+18| Quando Isis Bennett foi quebrada, e teve sua inocência tirada a força, ela teve duas escolhas cruciais, vingar-se ou desistir.
E sua escolha foi decisiva para o seu futuro se concretizar, vingança sempre foi mais agradável aos seus olhos, e el...
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França (Cidade Marselha)
Fui tola, e por muito tempo depois que finalmente tive "paz" da presença dele, eu realmente acreditei que coisas assim não aconteceriam mais, de que tudo estava bem, e que ele não teria coragem de fazer nada.
Por um momento esqueci de como Kenan pode ser determinado quando o assunto sou eu, a irmã do melhor amigo, e Lucia sofreu as consequências disso, não sei o que ela passou nas mãos daquele maldito, deve ter sofrido tanto, pois o horror estava escancarado em sua face.
Fecho o livro que peguei na estante e o devolvo ao seu lugar, terminei de ler já faz alguns dias, mas não tive tempo de guardá-lo. Meu celular vibra assim que saio da biblioteca e fecho a porta, tremo ao imaginar se ele realmente me mandou outra mensagem.
Com cautela tiro o celular do bolso do meu moletom, e encaro a mensagem, meus olhos embaçam automaticamente ao ver que sim, é ele de novo.
Desconhecido: Sei que você leu minha mensagem, sua vagabunda, e posso garantir que seu próximo presente, bom, talvez você não goste tanto. Beijos, minha pequena puta, logo estaremos juntos.
As lágrimas escorrem, e não consigo conter o tremor em meu corpo, sei quem é o autor dessas mensagens nojentas, que começaram ontem a noite, quando eu estava no galpão observando Luke torturar aquele homem loiro, Kenan zombou da morte de Lucia e disse que esse foi o presente que eu merecia.
Eu senti uma imensa vontade de chorar ali mesmo, mas não quis revelar ao Carter o que estava acontecendo, ele já está com tantos problemas para lidar, e não quero jogar mais um em suas costas. Notei as olheiras em seus olhos, não sei se ele realmente está dormindo, e a culpa me invade.
Limpo as lágrimas com o dorso da minha mão e tento me recompor, não posso ficar aos prantos pelos cantos da casa. Respiro e inspiro por diversas vezes, até que escuto as portas do elevador no fim do corredor se abrirem, olho rapidamente meu reflexo pela tela do celular e acho que não da para ver que eu estava com problemas há alguns minutos atrás.
Guardo o aparelho no moletom novamente e noto Leticia caminhando em minha direção, assim que me vê ela abre um sorriso pequeno no rosto. Ela segura minha mão, só assim percebo o quanto eu estava nervosa.
— Não vou perguntar se está tudo bem. — Seu tom é carinhoso e compreensivo, tenho certeza de que ela notou o meu rosto inchado pelo choro. — Que tal desabafarmos e conversarmos um pouco?
Apenas assinto a ela e tento sorrir um pouco, mas acho que sai mais uma careta estranha. Le me puxa em silêncio até meu quarto, assim que entramos, sentamos na cama perfeitamente arrumada e encostamos na cabaceira, ambas suspiramos ao mesmo o tempo, o que nos tira uma risada fraca.
— Quer me contar algo? — Ela encosta seu ombro ao meu e entrelaçamos nossos braços, como nos velhos tempos, sempre que tínhamos algo para contar a outra ficávamos assim, mesmo se for triste ou extremamente feliz.
