Capítulo 26 | Flores.

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– NRV

França (Cidade Marselha)

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França (Cidade Marselha)

Ouço gritos, e palavrões sendo desferidos do outro lado da porta, eles discutem e se ofendem desde alguns anos atrás, depois do fatídico dia em que o filho mais velho se foi, nossa paz dentro de casa se foi junto com Liam.

Fui abruptamente acordada dessa forma tão delicada já faz umas duas horas, não tenho certeza, e não fiz questão alguma de me levantar para interromper o teatro deles, nada como uma manhã agradável no sábado.

Os gritos cessam, o que isso sim é de se estranhar, me levanto da cama e coloco meu ouvido contra a porta ainda trancada do meu quarto, ouço alguns palavrões e a porta bate bruscamente no andar de baixo.

Respiro fundo e mordo minha bochecha ainda puta com toda essa situação que eles causam há anos e de verdade eu não entendo, se querem brigar que vão para a puta que pariu, mas é sempre um showzinho, e é tão irritante.

Bufo, acordar já com essa perturbação é e sempre foi um porre, mesmo já acostumada, eu ainda tenho aquela vontade lá, no fundo, de sair gritando, surtar mesmo e deixar minhas emoções reprimidas extravasarem.

Me afasto da porta e a abro, olhando para o corredor, noto a porta do meu irmão entreaberta, e meu coração aperta só de imaginar ele escutando as barbaridades dos nossos pais, mas pela mais pura sorte, ele não dormiu em casa essa noite, e está na casa de um amigo que mora na mesma rua que a nossa.

Vejo a Luna sair do quarto dele e desfilar em minha direção, sou a segunda opção dela e já estou conformada com esse fato.

Deixo ela entrar no quarto e fecho a porta.

— Vou tomar banho, então se comporte. — Converso com ela, e despejo ração no seu pote, Luna se esfrega na minha perna e mia se sentando para comer.

Sorrindo, eu a deixo em paz e entro no banheiro, vejo algumas olheiras roxas abaixo dos meus olhos, e mordo o lábio, vou ter que fazer mágica com corretivo hoje, desembaraço meu cabelo e escovo meus dentes.

Me dispo e largo minhas roupas no cesto, entro no box ligando o chuveiro, e relaxando ali, me ensaboou e lavo meu cabelo podre de oleoso, tiro cada resido de sujeira e só quando tenho certeza de que estou limpa, eu me enrolo na toalha e tiro a umidade do cabelo com o auxílio de outra toalha menor.

Saio do banheiro, e encontro minha gata largada no chão, de barriga para cima, ela dorme tranquilamente, sua pata traseira treme e ela mia fraco, está sonhando, sorrio com essa fofura.

A deixo em paz, entro no closet e desenrolo a toalha do meu corpo me secando, escolho minha roupa, e sem muita demora eu me visto, passo perfume, termino escovando meu cabelo e tirando a umidade.

Me olho no espelho da penteadeira, e lembro das minhas infames olheiras, totalmente marcadas pela noite mal dormida, pego meu corretivo e uma esponjinha, e o espalho pela área dos meus olhos, a bendita some aos poucos, esfumo blush em pó para eu não ficar com total cara de morta, termino passado um rímel e um gloss nos lábios.

Apenas AmigosWhere stories live. Discover now