On The Edge.

31 5 10
                                    


Gustav bate três vezes na palma de sua mão na frente da casa da moça onde Luiza estava morando, aqui em Berlim.

A mais velha logo se aproxima de Gustav com uma sobrancelha arqueada já que ela nunca tinha visto ele e nem sabia sequer o seu nome, era um total desconhecido.

— Eu sou amigo da Luiza. — Justifica o loiro e logo a moça lhe oferece um pequeno sorriso e diz um "pode entrar", e logo ela abre o seu portão para ele entrar dentro de sua casa. — Obrigado.

— Coitado do Gustav. — Diz Bill olhando pra mim enquanto eu via o mesmo entrar dentro da casa da mais velha.

— Ah, mas ele é a única pessoa que a minha tia não conhece. E ninguém pode saber que eu tô aqui.

Solto um suspiro e volto a olhar para a minha frente, e Bill se aconchega novamente no banco de trás ficando ao lado de seu irmão. Que por um milagre ou pelo o estresse talvez, estava muito calado.

— E aí, tá nervoso pra encontrar a Luiza depois do mico que pagou na festa dela? — Pergunta Bill para o seu irmão, enquanto o olhava com um sorriso de ladino.

— Não, eu tô bem tranquilo. Inclusive, porque eu já superei. — Fala Tom dando de ombros com o seu ar convencido de sempre.

— Aí, vamo logo, Gustav! É só chamar a Luiza! — Digo apoiando os meus braços no banco para ver se via o baterista que não aparecia nunca.

— Vai ver ele decidiu dar uma chance pra tia Márcia. Que ela tá inteiraça. — Diz Tom chegando perto de mim falando aquilo com um sorriso malicioso, e eu dou um tapinha em seu rosto enquanto resmungo um "oh!". — Não me bate que eu me apaixono.

— Nem nos meus piores pesadelos. — Digo olhando no fundo de seus olhos, me dando a possibilidade de apreciar cada detalhe de seu lindo rosto.

"O Tom é muito bonito.

E eu nem tô falando de beleza. Que apesar de ele ter muita, não é sobre isso que eu quero falar hoje.

Tô dizendo que ele é muito bonito.
Suas atitudes são bonitas.
O jeito que ele conversa com as pessoas que ele gosta é bonito.
Aquela forma que seus olhos brilham quando ele fala de um assunto que ele tem propriedade pra falar, sabe? Que ele gosta, que ele se empolga. Isso é muito bonito.

Quando ele não consegue segurar a risada, sabe? Aí fica aquele negócio extravagante, chamando atenção e contagiando as pessoas ao redor.

Ele é muito bonito.

Até quando ele chora em silêncio, porque ele não quer incomodar as pessoas. Essa forma de se importar com os outros mais do que consigo mesmo é perigoso, mas é bonito.

Eu poderia namorar várias coisas que eu acho bonito nele, mas ele é muito bonito. Juro.

Ele é muito bonito e ele pode duvidar de tudo, menos da sua beleza. Porque ele é bonito por fora e por dentro.

Isso é muito perfeito de se observar.
É muito lindo testemunhar sua beleza."

Oh gente, ele tá vindo. — Fala Bill sentando no banco de trás me tirando de meus pensamentos o quanto quanto estranhos..

— Tua tia disse que fazia questão de eu levar um lanchinho. — Diz Gustav entrando dentro da Kombi enquanto entregava uns potes para os gêmeos. — Oh, pega aí gente.

𝐃𝐞 𝐕𝐨𝐥𝐭𝐚 𝐚𝐨𝐬 𝟏𝟓 ll Tom Kaulitz. Where stories live. Discover now