— Luiza de volta pra casa, e família reunida. — Digo desenhando um sinal de afirmação no papelzinho que tinha no quadro de aviso.— Quer matar a gente de preocupação? — Escuto a voz da minha mãe de longe, que estava claramente preocupada.
— Deixa ele, mãe. Precisa ser chata com tudo? — Responde Luiza em um tom de indignação.
Eu me levanto e vou até a janela para ver o que estava acontecendo no lado de fora. E me deparo com a minha mãe de um lado e Luiza de outro, as duas tentando conseguir pegar a vara de pescar do meu pai.
— Sem vara não tem pescaria! — Diz Vânia puxando com força a vara para tentar finalmente pegar.
— Para de ser chata! — Fala Luiza fazendo o meu pai tentar separar as duas e pegar na sua vara de pescar.
— Olha como fala com a sua mãe. E Vânia, você tá exagerando. Nem tudo é perigoso, né?
Eu saio de perto da janela e pego no quadro de aviso, o colocando dentro do meu armário de volta. Mas logo, volto a escutar Luiza reclamando.
— Ele não aguenta mais ficar dentro de casa. Ainda mais com você o tempo todo em cima! — Desço as escadas e vou até eles. Que pareciam calmos, menos Luiza que ainda estava reclamando com a mais velha. — Tá sufocando tanto que ele vai precisar de uma bombinha pra falta de ar.
— Eu pensei que você tava em Berlim curtindo discoteca, e não estudando medicina. Tá com falta de ar, Antônio? — Pergunta minha mãe tentando pegar mais uma vez a vara de pescar, mas falha novamente.
Já o meu pai faz um sinal de não com a cabeça, já farto da "briga" das duas.
— Mãe, o pai precisa viver a vida dele!
— Seu pai precisa de repouso, e reduzir o sódio também.
— Olha, quando vocês estiverem interessadas em saber o que eu acho que eu preciso. Eu tô sentado aqui, tá? — Diz o meu pai pegando em uma cadeira e se sentando de frente para as duas.
— Larga! — Diz Luiza para a minha mãe enquanto eu me aproximava da minha mãe para tentar separar as duas e dar a vara de pesca do meu pai. Mas logo nossa atenção vai até o mais velho que estava reclamando de dor.
— Aí.. aí. — Fala o meu pai com uma feição de quem estava sentindo dor. Aquilo me faz ficar levemente irritada, não gostava de me meter em algo que não fui chamada mas vendo o pai assim. Eu simplesmente não resisti.
— A mamãe tem razão, Luiza!
— Oi?
— Aí gente, não dá pro papai se arriscar assim. Vai que sei lá, ele passa mal sozinho no meio do nada. — Digo fazendo minha irmã soltar uma risada debochada.
— Porque Loistche não é no meio do nada! — Fala Luiza sendo irônica.
— São dois dias de viagem, e o Giba vai comigo. — Diz o mais velho me fazendo suspirar cansada com essa história toda.
— Ah, o Giba. Aquele que resolve tudo com Minâncora?
— Filha..
— Não quero ouvir mais um pio, sobre isso. Tá? — Digo por fim fazendo meu pai ficar com uma cara de sem graça, Luiza indignada, e minha mãe super animada porque conseguiu convencer seu marido.
= 𝐐𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨 =
— A gente tá só cuidando dele, Lu. Eu sei que o papai tá se tratando, mas você tem que pensar na possibilidade dele não estar mais aqui. — Falo enquanto eu e minha irmã íamos a caminho da escola. E quando ela escuta aquilo ela faz uma feição feia.
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𝐃𝐞 𝐕𝐨𝐥𝐭𝐚 𝐚𝐨𝐬 𝟏𝟓 ll Tom Kaulitz.
Fanfiction𝗢𝗡𝗗𝗘 Anita é uma mulher insatisfeita com sua vida, que ganha a chance de ter 15 anos novamente. Ela revive seus dias de escola e pode fazer novas escolhas, mas reescrever sua própria história é mais difícil do que ela pensava. Anita não se inte...