XLV

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Oi bonitas 💚

Obrigada por estarem me acompanhando até aqui. 
Espero que estejam gostando. 

Infelizmente essa foi uma forma de dar continuidade a fic. 
Vocês que pediram pra não acabar hehehe
Xero 😘😘

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- Como é?! - Pergunto sem acreditar.

- Eu trabalhava pra essa construtora, era engenheiro lá. Eles tinham uma filial em Recife. Trabalhei durante muitos anos pra eles. Um dos diretores conversou comigo e lançou uma proposta pra eu vir pra São Paulo e trabalhar na matriz. Até então, eu era da filial de Pernambuco, mas viajava o nordeste quase todo entre uma obra e outra. Giovanna, essa construtora é estribada, nega! Fatura milhões!

- Eu sei, eu sei. Ela é umas das mais importantes do escritório. Mas continua! Vai, vai, vai!

- Então, se eu visse trabalhar na matriz, não ia precisar ficar viajando. A Aninha já estava aqui, eu queria ficar perto do Enzo e já não tinha mais nada que me segurasse em Pernambuco, a não ser Vóinha, mas eu vou visitá-la vez ou outra. Vim pra São Paulo, comecei a trabalhar e estava tudo correndo bem, até que houve uma cisão na empresa. Não sei o que aconteceu até hoje. Eram dois diretores, um deles eu ainda mantenho contato, mas ele já estava velho e se aposentou, mora fora agora. Pronto! É esse que me passa os projetos, aqueles que eu te falo, lá do...

- ...do condomínio, da "Casa da lareira". - Falo acompanhando o raciocínio dele.

- Sim, esse mesmo. E o outro era esse dito cujo, José Nogueira. Continuei trabalhando pra ele apesar da cisão. Ele me manteve porque eu era bom, aliás, eu sou bom.

- Nossa, como você se acha. Im-pres-si-o-nan-te! - Falo rindo e cerrando os olhos para ele.

- Mas... eu pedi demissão.

- Por que?

- Vi coisa errada, Bonita!

Olho para ele incrédula.

- Alexandre! Você tem certeza disso?! - Fixo o meu olhar no dele, o questionando de forma séria.

- Do que vocês estão falando? Não tô entendendo nada! - O Pietro dá de ombros. - O que é "filhal" e matriz?

- Pi, depois eu te explico, tá amor?! Nós estamos conversando algo muito sério. - Falo para o Pietro e me volto para o Alexandre. - Fala logo, Alexandre! Joga as coisas assim e não explica, !

- Oxi! Coisa errada, Bonita! Coisa errada! Superfaturamento, enriquecimento ilícito, recebimento de propina, corrupção e por aí vai. Negócio fedorento mesmo! Então eu comecei a me recusar a assinar os documentos dos projetos. Mas como meus projetos eram bons, eles não queriam que eu saísse da construtora. Sem falar, que eles sabiam que eu sabia das "tramoia". Então o diretor... o véi da cara murcha... aquele véi não vale o que o gato enterra, Bonita...

- Deixa o "véio" pra lá e termina, Alexandre!

- Ele me chamou para uma conversa, uma proposta, e foi bem aberto comigo, oferecendo grana... muita grana.

- E aí?!

- Aí eu recusei, né Bonita?! E eu tô doido?! Me sujar com isso. Eu não precisava do dinheiro mesmo. Na hora que ele propôs a sujeira dele eu só fiz me levantar, peguei minhas coisas e capei o gato.

DonaWhere stories live. Discover now