LXVIII

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Oi bonitas 💚

Esse é um daqueles clichês que a gente ama 😍

Xero 😘♥️

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- Amor, quando você terminar aí, pega um iogurte pra mim. Daquele jeito que eu gosto - pisco para o Alexandre enquanto o observo passar hidratante e massagear meus pés e pernas que a cada dia ficam mais cansadas.

- Ave Maria! Tu já vai comer de novo?! Acabou de jantar, depois fica passando mal.

- Pois é! Nem é fome! Mas eu sinto minhas tripas se remexendo e acho que é fome. Tenho medo de não comer e ficar sem alimentar o bebê - falo acariciando minha barriga.

- A bebê.

- Semana que vem nós vamos ver que eu estava certa e é "o bebê".

- Duvido! - ele ri.

Idiota! Tão confiante que dá até raiva. Não consigo tirar ele do sério.

- Vai buscar meu iogurte! Minha barriga já tá reclamando de novo!

Ele olha para mim desconfiado.

- Bonita... acho que isso não é tripa se remexendo por causa da fome. Mas deve ser a nossa doninha que tá aí dentro se mexendo. Já pensou nisso?!

Olho para ele surpresa. A sensação realmente é estranha. Incomum. Diferente.

- Mas já?! Eu nem tinha parado pra pensar que poderia ser isso. Começa a mexer com quantos meses?! - Pego o celular e pesquiso no Google enquanto ele começa a rir de mim.

- Ora, fome! Ia comer o mundo e não ia parar.

- Para de rir de mim! Eu nunca engravidei antes, não sei como é. Aqui tá falando entre dezesseis e vinte semanas. Eu tô com dezoito.

- Pois é ela mexendo! Dá pra sentir?!

- Shh! De vez em quando eu sinto uma coisa... estranha... não sei explicar... - começo a chorar e sorrir ao mesmo tempo. - Eu nem acredito!

- Eu quero sentir também!

- Fica quieto! Quando vier a sensação eu te digo. Coloca mão aqui, da última vez eu senti desse lado.

Ele se deita com a cabeça perto da minha barriga e a mão sob a minha.

Enxugo o rosto enquanto esperamos alguns minutos em silêncio.

- Será que ela tá com vergonha?! - ele pergunta.

- Se puxar ao pai dela, tá fazendo isso por pirraça.

Ele solta uma gargalhada e depois se vira beijando minha barriga que já está em um tamanho notável no início dos meus cinco meses de gestação.

- "Ei, bebê! Mexa pra painho vê, vá! Tu vai deixar só tua mãe sentir. Faça isso comigo não!"

- Mexeu!!! - falo de repente. - Mexeu! Sentiu?!

- Onde?! Onde?! Agora?!

- Aqui! - puxo a mão dele. - Continua conversando.

- "Gabriela, filha, nós estamos ansiosos pra te ver. Nós te amamos!" - ele arregala os olhos. - Bonita... eu senti...

- Viu?!

- Vi... senti... - ele fala com a voz embargada.

- Vem cá! - abro os braços o convidando para um abraço. Ele se aproxima cheirando meu pescoço e beijando meu ombro.

DonaWhere stories live. Discover now