Cena Extra

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Eita que do nada depois de um tempo olha aí .

Prontos pra matar a saudade e um Mine crossover entre Sr Xiao e O silêncio das águas?!!!!

Prontos pra matar a saudade e um Mine crossover entre Sr Xiao e O silêncio das águas?!!!!

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Cena extra

Xiao Zhan
Dois anos depois

Eu estava nervoso. Não tinha como evitar. Era de esperar que depois do primeiro show ao vivo meu nervosismo não fosse mais entrar em cena, mas a sensação era de que antes de cada show eu tinha uma crise de ansiedade.
E se eu não fosse bom o suficiente para tocar ao vivo? E se eu fizesse merda? E se…

— Zhan, tem vinte mil pessoas na plateia esperando a gente começar. Eu sei que você precisa de um tempo antes do show para se preparar psicologicamente, mas... — Haoxuan olhou para o relógio no pulso e deu uma batidinha no visor.
— O tempo meio que acabou. Está pronto?

De pé no meio de um camarim enorme, eu me olhei no espelho. Lembrei de quando, há muito tempo, eu e os meninos nos arrumávamos em uma pequena van antes de tocar em espaços pequenos. Agora estávamos no Madison Square Garden, prestes a fazer o show de abertura de uma das minhas bandas favoritas, ZWNC.
Ainda sentia como se estivesse em um sonho.

Quando Lan Wangji entrou em contato com nossa equipe depois de ouvir algumas das nossas faixas nas redes sociais, achei que era uma pegadinha. O fato de uma banda tão grande quanto ZWNC estar interessada em ter Romeo’s Quest abrindo para eles em sua turnê nacional era um sonho realizado.

— Sim, estou pronto. Já vou sair. Dois minutos, no máximo — falei para o meu irmão. ..

Haoxuan parecia mais saudável a cada ano que passava. Ele era a prova viva de que uma pessoa pode se curar, que pode se recuperar da dependência química, que o seu passado não define o seu futuro. O fato de ele estar sóbrio há mais de cinco anos era algo que comemorávamos todos os dias. A turnê e a música faziam bem para a alma dele também. Dava para ver a alegria que isso trazia de volta aos seus olhos. Por muito tempo, tive medo de nunca mais ver esse nível de felicidade no meu irmão. Por muito tempo, temi que ele não fosse chegar aos 30 anos.
— Tudo bem. Te vemos nos bastidores. — Ele se virou para sair, mas antes disse que me amava.
Eu repeti as palavras no automático. Foi algo que aprendemos a fazer sempre que saíamos de perto um do outro. Eu percebi a importância de comunicar isso o tempo todo àqueles que amamos, porque a vida é curta. Não queria deixar as coisas de um jeito que as pessoas com as quais eu mais me importava não soubessem que existia amor entre nós.
Depois que ele saiu, houve outra batida na porta. Meus olhos se iluminaram assim que ouvi “Papai!” sendo entoado. Meu pequeno veio correndo até mim e me deu um abraço forte.
— Oi, Hai — falei, apertando-o enquanto a girava.
Xiao Wang Ryan Haiukan, por motivos óbvios. Ele tinha o nome de duas das pessoas mais importantes de nossas vidas. Das quais sentíamos falta todos os dias, mas que víamos sempre que nosso pequeno sorria.  Não conseguia pensar em um nome melhor para o nosso raio de sol.

Haiukan fez 3 anos alguns meses atrás, e era a primeira vez que via seu pai tocando ao vivo. Yibo estava apenas alguns passos atrás de nosso filho. Não demorou muito para que ele se juntasse ao nosso abraço. Nossa família era minha maior conquista. Ser pai de Haiukan foi o momento mais marcante da minha vida e poder chamar Yibo de meu esposo era o maior presente. Amar os dois era fácil. Ainda não conseguia acreditar que eles me amavam tanto quanto eu a eles.
Eu não merecia o seu amor, mas, ainda assim, eles me amavam.

Yibo se soltou do abraço em grupo e foi atrás das balas na mesa de centro do camarim.
— Só duas! — Yibo avisou ao nosso filho.
Olhou para mim e sorriu.
— Ele já comeu um algodão-doce enorme. Vai ficar ligado a noite toda.

— Vale a pena. — Puxei Yibo para mim e dei um selinho nele. — Pelo gosto você também comeu algodão-doce.

— Você me pegou. — Ele sorriu. — Afinal a família vai aumentar  — sussurrou ele com a boca encostada na minha.

Eu ri, e então parei. Levei um segundo para entender o que ela tinha dito. Dei um passo atrás.
— Peraí... como é que é?

Ele deu de ombros.
— Eu recebi uma carta essa semana. Não quis te contar até ter certeza e, bem... A pequena XuanLu é nossa , somos seus pais.
Senti uma onda de emoção me invadir quando a ficha caiu.
— Ela é nossa— sussurrei, colocando as mãos em seu rosto ele fez que sim com a cabeça enquanto lágrimas de alegria corriam por suas bochechas.

— Somos pais . Depois de adotarmos Haiukan queríamos outra criança e quando conhecemos a doce XuanLu foi amor a primeira vista , soubemos que ela era nossa e depois de quatro longos meses iriamos trazer nossa garotinha pra casa.

Beijei seus lábios macios, fazendo questão de que Yibo sentisse meu amor antes de girá-lo Vínhamos tentando nos últimos meses, e agora estávamos prestes a transformar nossa família de três numa família de quatro.

A cada dia, nosso amor crescia mais. A cada dia, eu me sentia grato.

— Cara! Você disse dois minutos! Acabou o tempo! — disse Haoxuan, colocando a cabeça para dentro do camarim de novo.

Então viu Haiukan e suas ordens foram por água abaixo. — Hai! — exclamou, correndo para abraçar o sobrinho.

Os dois eram melhores amigos. Alguns dias, eu sentia que ele o amava mais do que a mim. As vantagens de ser tio, acho. Ele não precisava educá-lo. Era só o cara legal que o levava para a Disney.

— Está na sua hora. Vamos comemorar depois do show — disse Yibo, me beijando delicadamente.

— Estou tão orgulhoso de você, Sr. Xiao — sussurrou na minha boca. Ele tinha gosto de algodão-doce e de sonhos se realizando.
— Eu te amo, eu te amo — falou em dobro.

— Eu te amo, eu te amo — respondi.
Ao entrar para fazer um show que mudou a minha vida, olhei de cima do palco e vi o homem que salvou a minha vida. Ele me tirou da escuridão e me lembrou de como era a luz. Xiao Yibo me salvou.
E ele sempre seria meu ouro.
O melhor dos melhores.

Para sempre e sempre e sempre e sempre.

Fim.

Sr. XiaoOnde histórias criam vida. Descubra agora