³ Dança

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— Antes de ler, lembre-se que essa fanfic foi feita no intuito de entreter e agradar os fãs. Caso não goste do shipp, apenas não leia.

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Capítulo 3

Lucifer não sabe por quanto tempo ficou na escuridão sufocante de seu quarto. Não sabe se foram horas, dias ou apenas alguns minutos. O tempo funcionou de maneira diferente para ele, mas quando Charlie o chamou do lado de fora, ele teve vontade de não responder.

Lucifer pensou que, se ficasse sozinho e parado por tempo o suficiente, apenas se auto flagelando com a própria tristeza e angústia, ele desapareceria e não precisaria lidar com mais nada.

Mas Charlie o chamava.

Sua filha, com quem ele finalmente estava criando um vínculo saudável.

Por mais que quisesse, ele jamais se perdoaria por ignorá-la propositalmente.

Lucifer se levantou, meio cambaleante e sentindo suas pernas e braços dormentes por ter ficado tanto tempo em uma só posição. Seus olhos fundos indicavam que ele não conseguiu dormir nem por um segundo.

O rei abriu a porta, forçando seu melhor sorriso.

— Charlie...! — Disse, alegre. — Bom dia, filhota.

Ele podia sentir o gosto da falsidade, amarga e podre, mas ignorou.

Charlie riu.

— Já são três da tarde, pai. — Respondeu. — Não dormiu bem noite passada?

— Coisa do tipo. — Ele fechou a porta atrás dele e seguiu Charlie para o lado de fora. — Pelo visto perdi o almoço.

— Sorte a sua. — A princesa mostrou um sorriso amarelo. — Alastor ficou responsável pela comida hoje, e fez uma Jambalaya tão apimentada que quase ninguém conseguiu comer.

O rosto de Lucifer enrugou a menção ao demônio do rádio.

— Típico. — Veneno escorria de seus lábios. — Ele não é sempre assim?

— Tecnicamente. — Charlie suspirou. — Mas hoje ele parecia especialmente dedicado a isso. Além de que parecia estar de mau humor.

Lucifer pensou sobre aquilo, e imaginou se estaria relacionado a sua pequena conversa com Alastor.

— De qualquer jeito, vim te chamar para um dos nossos exercícios de confiança. — Charlie mudou de assunto. — Vai ser a primeira vez de Adam em um, então achei que todos deveriam participar.

A expressão do rei do inferno se tornou pior quando o nome do primeiro homem foi citado. Ele ainda não sabia como sua filha podia tentar perdoá-lo depois de tudo.

— Urgh. E os outros aceitaram participar?

— Estão todos no saguão, só falta o senhor.

Lucifer suspirou, mas se rendeu e seguiu a filha.

O clima não estava muito bom entre todos. A maioria tinha a cara emburrada ou desinteressada. Apenas Niffty e Alastor estavam sorrindo. Mas quando não estavam?

Lucifer sentou em um dos sofás e vez o possível para não olhar demais para o demônio do rádio. Tudo que ele menos queria era reviver o momento de antes.

— Bom! — Charlie começou a falar, no meio da sala. — Agora que estamos todos aqui, podemos começar.

A princesa pegou uma pequena bolsa e tirou algumas vendas de dentro. Angel foi o primeiro a olhar para aquilo de forma suspeita.

Corações Partidos | RadioappleOnde histórias criam vida. Descubra agora