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— Antes de ler, lembre-se que essa fanfic foi feita no intuito de entreter e agradar os fãs. Caso não goste do shipp, apenas não leia.

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Capítulo 12

Lucifer passou quase uma semana inteira preso em seu escritório, atolado de papéis e assuntos mal resolvidos.

Ele estava cansado e seus olhos doíam. A visão borrada fazia as letras impressas nos documentos tremerem e se tornarem ilegíveis, mas o rei do inferno precisava resolver aquilo tudo o mais rápido possível.

Acontece que, por conta do casamento de Asmodeus, o pecado da luxúria, com o hell born Fizzarolli, a maioria dos sete pecados estavam insatisfeitos. Ozzie representava o desejo, a atração sexual e a líbido de um pecador, e vê-lo se amarrando e se abstendo de ter isso por um único alguém era desfavorável não só para os sete pecados, mas para o povo do anel da luxúria.

Com isso, documentos solicitando a remoção do cargo de Ozzie e a procura de um novo pecado para representar a luxúria chegavam em massa, e Lucifer estava cansado de rejeitar todos.

Como se isso não bastasse, chefões e figurões de todos os anéis aproveitaram a oportunidade para solicitar outras alterações no inferno, atolando ainda mais Lucifer, que não se lembrava de quando foi a última vez que dormiu.

— Se pelo menos isso fosse tão fácil de resolver quanto o casamento do Stolas com o Blitz... — O rei murmurou, deitando-se sob os braços na mesa recheada de papéis.

Ele suspirou, puxando todo o ar que seus pulmões poderiam suportar, antes de soltá-lo lentamente. Se Lucifer fechasse os olhos por mais de dois segundos, dormiria.

— Lucifer?

Surgindo em sua frente, Alastor carregava uma bandeja com biscoitos e um copo de café.

O demônio e Charlie estavam revezando as visitas ao rei, levando-o água e comida nas horas certas, caso contrário Lucifer se perderia e esqueceria que têm fome e sede.

— Já é esse horário? — Ele murmurou, olhando o relógio da parede com os olhos cerrados.

— Charlie está preocupada. Se você não descansar logo, ela irá botar fogo em todos esses papéis inúteis. — Alastor disse, movendo-se para sentar, literalmente, na mesa, ao lado do rei.

— Tenho certeza que a última parte é ideia sua. — Respondeu, bebendo um gole de café.

— Eu me livraria das pessoas que os mandaram.

Lucifer deu de ombros, apoiando-se no encosto da cadeira e jogando o corpo para trás.

— De qualquer jeito, está quase tudo resolvido. — Disse, pegando outra folha para ler. — Acho que até o final do dia eu termino.

Alastor o encarou, suspeitando se era realmente verdade.

— Lembro de Vossa Majestade ter dito isso ontem.

Lucifer desviou o olhar do papel, encarando Alastor.

— E você se importa? — Questionou, arqueando uma sobrancelha.

O demônio do rádio ponderou por um tempo, analisando o rosto de Lucifer pacientemente.

— Independentemente da minha resposta, Vossa Majestade precisa descansar.

O rei franziu a sobrancelha e desviou o olhar. Certo, Alastor não se importava. Ele o beijava, dizia algumas palavras para atraí-lo e depois voltava a simplesmente odiá-lo, como deveria ser.

Corações Partidos | RadioappleOnde histórias criam vida. Descubra agora