Corações Partidos | Radioapple

¹⁹ Mate-me

📻×🍎

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— Antes de ler, lembre-se que essa fanfic foi feita no intuito de entreter e agradar os fãs. Caso não goste do shipp, apenas não leia.

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Capítulo 19

Lucifer não queria chorar. Ele pensou que não ia chorar. Mas quem não choraria ao ver a pessoa que jurou não abandoná-lo tentando matá-lo?

Como não chorar quando ele amava essa pessoa mais do que a si mesmo?

Como não chorar sabendo que a ordem para matá-lo veio da pessoa que um dia foi a mais importante em sua vida?

A visão dele estava embaçada. Foi difícil desviar de um tentáculo que tentou agarrá-lo. Lucifer voou e cambaleou no ar.

Sua audição não estava funcionando muito bem; um zumbido insistente permanecia e sua cabeça doía, mas ele tinha quase certeza que Charlie estava tentando se intrometer na briga, mas Vaggie a estava segurando.

O hotel... Iriam destruí-lo de novo.

Lucifer não podia deixar isso acontecer. Aquilo tinha que acabar rápido.

Com raiva, tristeza, ódio, medo e uma síntese de sentimentos misturados, o rei avançou na direção do namorado.

Namorado...

Títulos não importam mais.

Uma bola de fogo surgiu e ele a lançou no demônio, mas Alastor estava mais forte do que deveria, e o ataque foi contido por um escudo.

O sorriso doentio do Overlord, em pé, apoiando tranquilamente em sua bengala enquanto suas sombras faziam todo o trabalho sujo, era a pior parte. Alastor não parecia minimamente abalado.

Lucifer voou em sua direção. Aumentou a força e fez uma esfera de luz surgir. O brilho era maçante e doía os olhos.

Aquilo pulverizaria Alastor, ele sabia disso.

Lucifer Morningstar era o querubim da luz e da beleza. Não havia habilidade mais forte do que seu poder de criar sóis.

Ainda assim, ele lançou a esfera, observando, com receio, o trajeto.

— Não tão fácil... — Lilith interferiu e, com um simples estalar de dedos, fez a luz desaparecer. — Eu posso não poder te machucar, Luci, mas ainda tenho a habilidade de anular magia.

— Desgraçada...! — O rei ralhou, rangendo os dentes.

Ele se esqueceu completamente que Lilith estudou quase todos os grimórios do inferno, e tinha um acervo de habilidades.

Alastor aproveitou o desnorteamento de Lucifer para alcançá-lo com um tentáculo, agarrando seu pé e o puxando para baixo com força.

O governante caiu com um baque que rachou o chão.

Antes que pudesse se levantar, Alastor se materializou em sua frente, pisando em seu peito.

Lucifer tossiu e franziu as sobrancelhas.

— Eu te odeio. — O demônio pronunciou, sádico.

— Ah, é? — O rei lançou-lhe um sorriso zombeteiro, apertando a canela de Alastor e tirando sua perna de cima dele. Em seguida, ergueu-se e mirou no pescoço alheio, sufocando-o enquanto o erguia no ar. — Eu tenho quase certeza que não foi isso que você me disse na sua festinha do chá. Ou talvez... — Lucifer triplicou a força. A expressão do demônio era de puro ódio. — Devo citar sexta-feira à noite?