²¹ Namorado

2K 246 1.3K
                                    

📻×🍎

Fanart: @ FeedMe_Katsudon no Twitter/X !

— Antes de ler, lembre-se que essa fanfic foi feita no intuito de entreter e agradar os fãs. Caso não goste do shipp, apenas não leia.

——

Capítulo 21

Foi estranho para Lucifer acordar abraçado à Alastor. A sensação de estar envolto pelos braços alheios era reconfortante, e assemelhava-se a um sonho distante; bonito demais para que fosse digno do rei do inferno.

O calor aquecia seu corpo e sua pele queimava, de um jeito bom, nos lugares em que o toque era maior. O formigamento percorreu-o dos pés à cabeça, fazendo o coração transbordar sentimentos de afeto, segurança e uma certeza de que, pela primeira vez, não era necessário recuar.

Alastor sempre o afastava quando percebia que estavam próximos demais, mas Lucifer sentiu que isso não voltaria a acontecer.

O rei não se mexeu. Ele queria aproveitar o momento o máximo que conseguisse, e caso Alastor acordasse, o relógio correria mais rápido.

Os segundos se passaram enquanto Lucifer admirava o rosto do namorado. Seus olhos transmitiam silenciosamente uma ternura especial.

As orelhas do Overlord tremeram assim que ele começou a acordar. As pálpebras abrindo lentamente.

— Bom dia. — Lucifer murmurou assim que os olhos de Alastor focaram nele.

O demônio apenas o encarou; aparentemente o cérebro estava fazendo download de toda a situação, fosse a respeito da noite anterior ou àquela manhã.

Lucifer estava semi-nu, com marcas de mordidas e chupões por toda extensão do pescoço, ombros e clavícula à mostra, e apesar de quase desaparecendo por conta da recuperação rápida do ex-anjo, foi o suficiente para Alastor compreender o cenário; ele mesmo estava repleto de marcas por todo o corpo.

— ...Dia. — Murmurou de volta. Lucifer não soube se as bochechas dele estavam vermelhas por conta do calor ou vergonha.

O rei sorriu, se aconchegando no peito alheio. Ele amava contato físico, e aproveitaria o máximo que pudesse.

Alastor poderia se acostumar àquilo.

— Eu sempre esqueço o quão grudento você é. — O demônio provoca, mas não resiste ao abraço.

— Não gosta? — Lucifer pergunta, sorrindo abobado e fixando o olhar no outro.

O Overlord o encarou em silêncio por alguns segundos.

— Nada que eu não possa aguentar. — Disse, por fim.

Lucifer se sentiu satisfeito com aquilo e aninhou-se mais, trançando suas pernas às de Alastor.

— ...Te amo. — Sussurrou, meio constrangido, meio feliz. As bochechas do rei coraram.

O olhar do demônio suavizou.

— Eu também te amo, rei bastardo. — Retribuiu, da forma como costumava fazer.

Lucifer gostava daquelas palavras; sentir-se amado era um desejo longínquo. Ele queria entender o que significavam as borboletas no estômago, os arrepios na pele, o congelamento no cérebro e o coração disparado.

Por anos, o governante prendeu-se a ideia de que era indigno do amor, do carinho e do afeto, apenas imaginando como seria ter um gostinho daquilo. Agora, o sonho irreal provou-se possível.

Corações Partidos | RadioappleWhere stories live. Discover now