⁸ Pato Alastor

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📻×🍎

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— Antes de ler, lembre-se que essa fanfic foi feita no intuito de entreter e agradar os fãs. Caso não goste do shipp, apenas não leia.

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Capítulo 8

Lucifer estava em um lugar escuro, sombrio e que lhe fazia querer chorar. Cada parte de seu corpo havia desistido dele e o pequeno rei se encontrava de joelhos em um chão frio e úmido, gélido demais até para ele.

Ele estava sozinho, abandonado por todos que amava, esquecido e jogado para morrer fazendo companhia para a solidão.

Lucifer olhou para frente e viu uma silhueta alta, magra e com cabelos loiros cumpridos. Ela caminhava para longe carregando uma pequena criança em seus braços, cuja olhou por cima do ombro da mulher com tristeza e pesar.

Ambas se afastaram ao ponto do rei não distingui-las mais, e em um segundo ele já não enxergava mais nada além do vazio.

Lucifer sentiu seu coração rachar. Todo o sangue dourado escapava de suas veias e o deixavam gelado por dentro, sem utilidade, sem valor e sem vida.

As lágrimas se acumularam em seus olhos, e conforme a dor que se assemelhava a ter cada membro de seu corpo dilacerado várias e várias vezes aumentava, ele se encolhia no próprio abraço cada vez mais.

Ele não conseguia falar. Não conseguia se levantar. Não conseguia fazer nada.

Lucifer apenas ficou ali, sendo banhado por uma brisa que anunciava um inverno mortal.

Aquele era o seu inferno pessoal.

...

E então ele acordou. O peito subia e descia freneticamente, procurando ar para respirar e a garantia de que o corpo estava vivo. Seus olhos úmidos deixavam as lágrimas escorrer pelas bochechas enquanto as orbes assustadas encaravam um teto familiar.

Quanto tempo se passou desde que ele sonhou com a partida de Lilith?

Lucifer se mexeu na cama, imaginando que aquilo deveria ser por conta de seu reencontro com Charlie. Ele estava próximo dela novamente, então temia perdê-la outra vez.

Seu peito doeu, e o rei poderia jurar que eram sintomas de um infarto se já não fosse acostumado com aquela sensação.

Lucifer se esforçou para levantar da cama. Uma enorme cama que ele mesmo fez uma vez para que ele, Lilith e Charlie pudessem dormir tranquilamente, mas agora era só dele. E talvez não fosse mais tão confortável agora.

Lucifer era o soberano do inferno, ele poderia ter tudo que quisesse com um simples estalar de dedos, mas ali estava ele, ansiando pela única coisa que faltava: alguém para amar e ser amado.

Afinal, a eternidade era longa demais para se viver sozinho.

Ele se vestiu com seu terno usual, deu um reparo na aparência cansada e escovou os dentes no banheiro. Nada muito relevante, mas que exigiu um pequeno esforço de sua alma esgotada. O pesadelo não lhe fez bem, e uma avalanche de sentimentos estavam dominando-o.

Lucifer saiu do quarto e pegou o elevador até o térreo. Ele normalmente usava as escadas por não confiar muito naquela caixa mágica, mas dessa vez não queria caminhar tanto e o rei se esqueceu completamente da teleportagem.

Quando seus pés pisaram no saguão, boa parte da equipe já estava reunida.

Husk em seu bar, conversando algo com Angel e Cherry Bomb, que estava de visita. Nifty importunando Adam no sofá e Charlie e Vaggie revisando algumas ideias de dinâmicas em uma mesa próxima.

Corações Partidos | RadioappleOnde histórias criam vida. Descubra agora