Corações Partidos | Radioapple

⁵ Festa

📻×🍎

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— Antes de ler, lembre-se que essa fanfic foi feita no intuito de entreter e agradar os fãs. Caso não goste do shipp, apenas não leia.

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Capítulo 5

Lucifer negaria até a morte se falassem que ele estava pensando demais no demônio do rádio ultimamente.

Mas era verdade.

A festa no hotel estava acontecendo e, mesmo com tantas pessoas no salão para observar, os olhos do rei sempre desviavam para Alastor do outro lado do lugar. Era quase automático.

Lucifer conversava um pouco com alguém, bebia um drink, tirava algumas fotos com seus "fãs" e, assim que terminava, procurava Alastor no salão.

Talvez fosse porque quisesse avaliar sua condição física por conta do ferimento, ou talvez quisesse ficar atento a qualquer deslize para poder tirar vantagem mais tarde. Talvez fosse isso ou aquilo, não importa o que, tinha que ser algo além do puro e singelo interesse.

Lucifer se apossou de outra taça de vinho. Aquela deveria ser sua sétima ou oitava, ele não contou. O rei era bom com bebidas, mas se tomasse um pouco mais ia começar a perder o controle de sua sanidade.

Ele não se importou. Bebeu e bebeu, até que não pensasse mais no que era incômodo.

O salão estava cheio. Ninguém iria ligar para ele depois de fazer uma reverência. Estavam todos ocupados demais conhecendo o hotel e duvidando de sua capacidade de redimir pecadores. Alguns queriam apenas tirar fotos e ganhar alguns likes nas redes sociais.

Lucifer era irrelevante.

Ele sentou-se em um sofá qualquer. Charlie estava próximo dele, conversando alegremente com algumas mulheres da cidade canibal. Vaggie estava recepcionando os figurões a alguns metros de distância, Husk e Angel estavam no bar, e Nifty estava tentando limpar tudo conforme sujavam. Era um trabalho em equipe tolerável, e Lucifer se sentiu satisfeito com a harmonia que sua filha conseguiu criar.

Outra vez, ele viu Alastor. O demônio estava conversando com Rosie distraidamente, tão confortável que parecia conhecê-la durante sua vida inteira.

O rei estreitou o olhar. Alastor tinha amigos? Quem diria.

Até mesmo alguém desprezível, odiável, cínico, perturbado, inconsequente, orgulhoso e egoísta como o maldito demônio do rádio podia conhecer gente que o aturassem. Humph.

Na verdade, Lucifer não gostou muito disso.

Dessa vez ele alcançou uma jarra inteira de vinho e bebeu. O suco queimou sua garganta como fogo e ele tossiu uma vez.

Seu rosto já estava vermelho e quem quer que o visse poderia confirmar o excesso de álcool em suas veias. Lucifer estava mais carrancudo e desastrado.

— Quem ele pensa que é, ah? — Murmurou. — Agindo tão frivolamente. Tsk. Eu poderia só matá-lo.

Lucifer rangeu os dentes.

Ele se lembrou do que aconteceu na cozinha, e de como Alastor praticamente o abraçou por trás. O calor foi revivido por Lucifer, suas costas e mãos ardendo e formigando por conta da lembrança. Seu coração acelerou e algo ficou preso em sua garganta, como se um arco de espinhos perfurasse seu pescoço e o impedisse de respirar novamente.

Era desconfortável.

Lucifer mordeu o lábio inferior e só parou quando sentiu o gosto do sangue.

— Exagerou na bebida?