Especial: Rei bastardo

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📻×🍎

Fanart: @ aruru_duck no Twitter/X !

— Antes de ler, lembre-se que essa fanfic foi feita no intuito de entreter e agradar os fãs. Caso não goste do shipp, apenas não leia.

— Não pago a terapia de ninguém.

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CAPÍTULO ESPECIAL

Alastor odiava Lucifer Morningstar.

O rei era um tolo, inconsequente, esquisito, cheio de manias estranhas, narcisista, egoísta, orgulhoso... Era tantas coisas que se tornava difícil enumerar.

"Desgraçado!" Ele se lembra de quando Lucifer o retalhou, na noite seguinte ao extermínio.

Alastor havia feito um pequeno comentário maldoso; o rei, por sua vez, quebrou uma garrafa de vidro com a mão. As feridas abertas derramaram o sangue dourado que atraiu o demônio.

"Sabia que o sangue de Vossa Majestade tem gosto de Mel?" Ele se lembra de ter dito quando, de forma inconsequente, lambeu a ferida após tentar estancar o sangue.

Havia sido uma ocasião rara. Alastor não gostava de Lucifer. Seu único objetivo era matá-lo, mas ainda assim se submeteu a um pequeno deslize.

Ele apenas deveria matá-lo logo, e então teria o poder que desejou; teria o inferno em suas mãos.

Mas Lucifer apenas foi embora, quase intacto.

Depois desse dia, Alastor teve uma ideia.

Ele se lembrou da reação exagerada do rei ao seu toque, e imaginou que usar as emoções contra o emocionado seria uma arma excepcional.

Alastor alterou um pouco seu objetivo: ele se aproximaria de Lucifer, usando de um sentimentalismo fútil, e aí sim, em um momento oportuno, o mataria.

Era simples.

"Algo o incomoda, meu rei?" Dessa vez, eles estavam na varanda do hotel. Algumas palavras foram trocadas e, apesar do plano, Alastor estava genuinamente curioso. "Está com marcas escuras em seus olhos... Esteve chorando?"

"Não é da sua conta."

Lucifer não parecia fácil de manipular. Alastor queria brincar com ele.

Ele brincou, e então o rei desabou.

"...Eu tô CANSADO. Eu tô EXAUSTO, CARALHO."

Quando Lucifer saiu, Alastor sentiu náuseas.

Aquela conversa não deveria ter progredido daquela forma. O rei deveria ter retribuído a ofensa, e então Alastor aproveitaria para tentar outra aproximação.

Seus planos falharam. Um amargor subiu por sua garganta e instaurou-se na boca. O demônio do rádio estava atônito.

Definitivamente, não era para ter sido assim.

No dia seguinte, Alastor estava especialmente irritado.
...

E então, eles foram obrigados a dançar. Lucifer estava vendado.

Era a oportunidade perfeita para matá-lo...

Não.

Era cedo. Alastor queria provocá-lo mais um pouco.

Ele tinha o controle de Lucifer. O rei estava em sua mãos, acompanhando seus passos cegamente — literalmente.

Alastor não se lembra em que momento envolveu-se na dança, ou em que momento parou de pensar em somente provocar Lucifer com piadas sem graça e toques propositais. Mas ele se lembra de como lamentou quando a música acabou, ele se lembra do êxtase que sentiu quando tornou-se consciente dos braços do rei tocando os seus... Principalmente, Alastor se lembra de como se odiou por sentir tanto.

Corações Partidos | RadioappleWhere stories live. Discover now