O dia anterior fora maravilhoso. Phillipa finalmente tinha enfrentado seus medos e conseguira se apresentar em público.
A sensação de ser aplaudida, elogiada e bajulada trouxera a ela um sentimento inexplicavelmente solene. Foi a segunda vez, porque a primeira ela experimentou com Steve, que se sentira tão feliz ao ponto de ter certeza que seus pés poderiam facilmente se desgrudar do chão e fazê-la flutuar de tão regozijada que estava.
- Você foi ótima, filha, tenho muito orgulho de você. - Seu pai disse enquanto voltavam para casa após a peça, abraçados. - E sua mãe também ficaria orgulhosa.
Ela já estava acostumada a ouvir palavras de afirmações vindas de seu pai, pois o mesmo fazia questão de mostrá-la juntamente com sua irmã o quanto ambas eram amadas por ele, mas nesse dia ela havia sido tocada de uma maneira diferente. Talvez porque aquele dia libertador carregava consigo uma melancolia gloriosa e diferente, ou porque queria muito que a sua mãe a tivesse visto, ou porque estava prestes a dar um grande passo na sua vida amorosa. Com certeza era a junção de todos esses fatores, e seu coração palpitava quando pensava o quanto as coisas haviam mudado e estavam para mudar.
Decidira que falaria com o seu pai no dia seguinte àquele, logo após o almoço de comemoração na casa de Sthephany e William.
- Sério, Phill, foi de longe uma das melhores peças que eu já vi sendo apresentadas aqui em Lingre. - Sthephany comenta enquanto colocava um pouco de chá para si.
Os dois casais de amigos estavam se deliciando com o almoço de comemoração á peça preparado por Steve e William naquele azul e ensolarado dia.
- Você só está falando isso porque sou sua amiga. - Phillipa responde, rindo.
- Ah, Phill, não nos venha com falsa modéstia. - William retruca. - Você foi realmente muito boa e sabe disso.
- Sim, ela sabe. - Steve concorda. - Não foi á toa que se dedicou muito para esse papel, é um verdadeiro ultraje negar que foi, realmente, muito boa.
Phillipa sorri. Ela ainda estava muito feliz com a peça.
Os amigos continuam o delicioso almoço e logo após finalizarem Sthephanny e William deixam Steve e Phillipa a sós para que pudessem conversar sobre o importante assunto daquele dia.
- Então hoje é, finalmente, o grande dia! - Steve fala, sorrindo.
- Sim, é. - Ela responde também com genuína felicidade.
Ele sorri mais ainda ao notar a animação dela e segura as suas mãos, perguntando:
- Tem certeza que está pronta? Se quiser eu posso acompanhá-la, eu até comprei uma nova roupa para tal...
- Ah, sério?! Que adorável! - Steve sente o seu rosto queimar com o comentário.
Ele sempre fora um homem que as pessoas enxergavam que, apesar de sensível e amoroso, carregava consigo um ar forte e inabalável de masculinidade, e ele mesmo se enxergava assim.
Mas desde que conhecera Phillipa e principalmente quando estava com ela sentia-se como um garoto frágil. Um garoto frágil e apaixonado.
- Mas não precisa, não agora. Quero poder conversar eu mesma com ele e assim que as coisas estiverem resolvidas, você entra em cena. - Ela diz.
- Pelo visto o teatro mexeu até com o seu vocabulário. - Brinca, apertando mais as mãos dela.
- Pelo visto, sim. - Ela sente as mãos do garoto suarem. - Você está nervoso? - Questiona, achando a coisa mais linda do mundo.
- Um pouco... - Responde, claramente muito nervoso.
De repente Phillipa conhece uma faceta que jamais havia visto em Steve: a de ansiedade. Ele que sempre fora tão centrado agora deixava transparecer uma nítida e quase palpável preocupação.
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𝐒𝐮𝐛𝐥𝐢𝐦𝐞 𝐀𝐦𝐨𝐫 - 𝐑𝐨𝐦𝐚𝐧𝐜𝐞 𝐝𝐞 é𝐩𝐨𝐜𝐚
Romance𝐔𝐦 𝐫𝐨𝐦𝐚𝐧𝐜𝐞 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐝𝐨 𝐧𝐚 𝐞𝐫𝐚 𝐯𝐢𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚𝐧𝐚, 𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐚𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐧𝐡𝐚 𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐚𝐦𝐨𝐫𝐨𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐝𝐮𝐚𝐬 𝐣𝐨𝐯𝐞𝐧𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐫𝐞𝐬𝐩𝐞𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨𝐬 𝐩𝐫𝐞𝐭𝐞𝐧𝐝𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐪�...