Capítulo XXII: era uma vez o azeite e o mastro

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Taehyung estava morrendo.

Ao menos pensava que sensações como as que o preenchia naquele momento só podiam ser cedidas aos piores dos moribundos como forma de consolo em seu leito de morte.

Beijar era ainda mais fenomenal do que tinha imaginado!

No início foi um pouco estranho e molhado, mas... Era quente e o deixava com um ímpeto estranho de buscar cada vez mais por aquilo. A boca de Namjoon era tão macia contra a sua, a língua quente arrancando dele todo o fôlego...

Estava morrendo, o pobre.

— Querido, respira — Seokjin sussurrou em seu ouvido.

Estava sentado entre os dois. Com as costas apoiadas contra o peito de Seokjin e as pernas em volta da cintura de Namjoon. Ainda estavam completamente vestidos, mas agora Taehyung entendia porque se desnudar para amar. Estava sentindo um calor anormal!

Ele, que sempre fazia questão de um blusão ao tomar banho de banheira, com medo da gravidade do pecado de se colocar nu como se vem ao mundo, estava pronto para rasgar roupas e arrebentar botões.

Arfou quando Namjoon quebrou o beijo e direcionou os lábios ao seu pescoço, fazendo com que choramingasse em confusão. Qual o sentido de ser tão bom ter o pescoço beijado? Aquilo só podia mesmo ser perversão. Vai ver a igreja condenava tanto o ato apenas por medo de que as pessoas se tornassem completamente viciadas e que, diante de tão tremendo vício, beijassem tanto que não sobraria tempo para se rezar nem uma mísera ave-maria.

— Ave-maria! — falou se contorcendo. Até mesmo blasfemar era permitido para um homem à beira da morte.

Taehyung ainda estava assimilando o fato de que a muito pouco tinha mandado toda a divindade católica aos mármores, então tenhamos paciência com nosso ex-padre.

Seokjin se moveu atrás dele. Sentiu que o bruxo estava ofegante e, olhando sobre os ombros, encontrou o olhar lascivo dele. Taehyung inclinou a cabeça como se implorasse e Seokjin lhe tomou os lábios.

O casal exibia contrastes incríveis não apenas no modo de se vestir ou falar, mas também na forma como beijavam Taehyung. Namjoon era mais profundo e forte, suas mãos se agarravam na cintura do mais novo enquanto ele se aventurava em todo seu torso de maneira tão intensa que Taehyung sabia que ficaria marcas depois.

Seokjin era suave, lento e lascivo, a língua escapando de dentro do beijo para passear pelos lábios, como se quisesse provar da mistura resultante do sabor dos dois. As mãos de dedos tortinhos e adoráveis desceram primeiro para encontrar as mãos de Namjoon e em seguida para encontrar o volume que crescia e manchava levemente os calções de Taehyung.

— Céus — o mais novo sussurrou, negando por puro desespero.

— Quer que eu pare? — Seokjin, que passeava os dedos como se apenas estivesse checando algo, parou.

— Em nome de... Não me faça cometer mais blasfêmias logo antes de uma batalha — Taehyung resmungou, logo sendo interrompido por um gemido que cortou sua fala. — Por favor, não pare.

Seokjin não parou. Era lento e Taehyung estava afoito, o contraste dos toques confundindo seus sentidos, fazendo com que ele respirasse cada vez mais rápido.

— Não! — protestou quando Seokjin interrompeu o toque.

Olhou confuso, tentando encontrar a resposta de porque tinham parado. Encontrou os olhos de Namjoon no exato momento em que ele puxou seus calções e apanhou com os lábios seu membro. Aquilo era loucura. Quem foi que pensou naquilo pela primeira vez?

Protagonistas do Caos | TaeNamJinOnde histórias criam vida. Descubra agora