Bárbara organiza casamentos. Não só esse tipo de celebração, mas todos os tipos de festas que se possa imaginar, mas os casamentos... Ah... Os casamentos mexem com a garota. Não é atoa que ela tem planejado tim tim por tim tim do seu... Mesmo não te...
Eu demoro bem mais que três minutos no banheiro. E nem é me tocando ou seja lá o que ele quis dizer depois de tudo que rolou. Só precisei colocar a cabeça no lugar. Pelo amor de Deus, que tipo de merda tá acontecendo comigo? Não sou assim, não sou de abaixar a guarda e é mais que claro que nos odiamos. Pra valer.
Odiamos um ao outro e odiamos tudo que estamos sendo obrigados a passar por conta de uma noite regrada à álcool. Não dá pra me deixar levar desse jeito se quiser sair ilesa no final de tudo. Não dá.
Por isso quando saio, deixo bem claro que ele não vai me tocar e nem falar comigo. Por isso que dessa vez eu construo uma barreira no meio da cama... E uma barreira do tamanho do muro de Berlim no meu coração ou em qualquer outra parte do meu corpo que ele possa pensar em alcançar.
Mas o problema é que simplesmente não consigo dormir. Tô consciente demais do corpo dele bem ali do lado, depois dos travesseiros. E que merda, aquele beijo me trouxe flashbacks demais do que rolou na noite em Las Vegas e agora não tenho dúvida nenhuma de que realmente transamos. E que foi bom. Muito bom.
Virei no colchão de novo.
—Dá pra parar de se mexer? — Ele quebra o silêncio.
—Eu falei pra você não falar comigo.
—Se você parasse de se mexer... — Pronto. Começou.
—Aí garoto chato! Você me irrita.
—VOCÊ me irrita, precisa sambar em cima da cama dez mil vezes?
—Vira pra lá, finge que eu não existo e dorme! — Empurrei ele com o pé.
—Eu fingiria que você não existe com o maior prazer do mundo se parasse de se mexer desse jeito! — Me empurra de volta — Inquieta até na hora de dormir, pelo amor de Deus. Aquieta essa bunda no lugar por pelo menos dez minutos inteiros.
