Capítulo 2

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Dois dias se passaram após o dia do reveillón. Hoje é sábado, e combinei com Lucas e bia de vim passar o dia hoje aqui na fazenda.

Quando acordei pela manhã ou de tarde, pra ser mais clara. Não encontrei ninguém, todos já deviam ter tomado café. Pro meu azar na
na sala de jantar me deparo com Henrique tomando café. Sento na mesa distante dele, ignorando sua presença. Mas ele bem que adora me encher a paciência.

- Bom dia! - Ele fala. Tomo meu suco. - Pelo visto a educaçao ficou na cama. - ignoro - Você é até bonita sabia? só que esse seu jeito estraga sua beleza. Eu tenho fé que um dia você mude.
- Henrique levanta e sai.

Respiro fundo digerindo suas palavras. Não é a primeira vez que ele me diz coisas assim, e também não é o primeiro. Talvez os únicos que não me dizem isso é minha mãe e meus amigos. Praticamente cresci ouvindo que sou uma mimada. Mas sei que não sou eu o problema, com certeza não. A culpa são dessas pessoas que querem se meter demais na minha vida.

As horas passam e após o almoço Bia chega. Ficamos conversando coisas aleatórias, minutos depois Lucas chega também.

- Oi amor! - digo ao ver Lucas entrar.

- E aí? - Ele senta ao meu lado no grande sofa, e nós beijamos.

Nós três estávamos na sala conversando quando um garoto passa por nós sem camisa mostrando o seu abdômen definido, está completamente banhado de suor com uma camisa no ombro. Tenho que admitir, ele é um pedaço de mal caminho, ou melhor, a estrada toda. Mas é o bastardo, e se não fosse tão do mato, era um ótimo partido, como dizia minha falecida avó. Desvio meu olhar quando Henrique sai de vista, infelizmente Lucas percebeu que olhei um pouco demais.

Ele é muito ciumento, isso me sufoca mas ele é muito apaixonado por mim. O tenho aos meus pés.

- Que foi? olhou pra ele assim por que? - Ele me interroga.

- Oi? - Respondo me fazendo de desentendida.

- Eu te fiz uma pergunta. Não desconversa! Por que olhou pra ele assim?

- Assim como?! Vai começar? -Tento cortar o clima me fazendo de vítima.

- Ah, Eu que comecei?! - Lucas disse com a voz um pouco alterada.

- Ai gente não vão começar! E ainda mais por causa do Henrique - Bia bufa tentando contornar a situação - Esquece esse bruto. Vamos cavalgar! O dia ta maravilhoso.

- Super concordo! - Levanto sorrindo para a minha amiga que me salvou dessa vez, Lucas ainda me fuzila com o olhar. Pena que concordando com isso esqueci que talvez teria que mandar Henrique celar os cavalos.

Nós três fomos até o estábulo, Lucas ainda continua com a cara emburrada. Procuro por Mário que trabalha em nossa fazenda. Infelizmente a única pessoa que estava lá era Henrique, mas não irei mudar meus planos por isso.

- Cela três cavalos pra gente -digo sendo curta e grossa.

- Se cê pedisse com educaçao, quem sabe eu não celasse dois. - Henrique nunca foi com a cara do Lucas, eu penso que seja porque ele é afim de mim e não adimite. Sendo assim não gosta do meu namorado. - Pra esse aí eu não sou obrigado a fazer favor.

- Você fala direito comigo seu idiota. Ta pensando que é quem? So porque meu sogro te da uma moral? Se enxerga, você não é nada! - Lucas grita com ele, o mesmo coloca uma lata no chão para poder encarar meu namorado.

- Sou dono do meu nariz e não devo favor à você. Obrigada pelo idiota, você é bem pior que isso! - Os dois se aproximam começando a se insultar.

- Cala a boca! - Grito me referindo ao Henrique. - Presta atençao quando for falar do meu namorado! Você só pode ter inveja da gente. Porque é um coitado que só foi abrigado pela gente, nem seus pais te quiseram, você é um pobre coitado! Faz o que eu tô mandando! - Digo rudemente. Se ele acha que pode se igualar a família Magalhães, não irá comigo aqui.

- Eu não vou fazer droga nenhuma porque você ta mandando. Primeiro porque você não manda em mim! Segundo, você não merece. Terceiro, eu não perguntei sua opnião sobre mim, sobre quem eu sou, muito menos sobre minha vida! Você é fultil demais pra entender! Tem prazer em humilhar as pessoas. E agora que eu não celo a bosta desses cavalos! Da licença! - Disse passando rapidamente por mim.

Pela primeira vez ele estava indecifrável, percebi pela sua expressão que se machucou quando falei da sua família. Que bom, pois agora eu sei seu pronto fraco.

Armadilhas Da VidaWhere stories live. Discover now