Capítulo 37

2.5K 155 38
                                    

— Você não podia ter feito isso!

— Ayla... — Henrique tenta falar.

— Eu não quero saber mais disso! Vamos Ayla ! — Meu pai nos repreende e me puxa e acabo tropeçando.

Ele me pedi desculpa e me ajuda a subir as escadas, e logo ele diz que já estamos no quarto. Sentei-me na cama com sua ajuda.

— Pai. — Chamo sua atenção.

— O que ?

— O que o Henrique te falou? — Pergunto receosa pela resposta. Ouço ele respirar fundo.

— Ayla, eu tenho dito desde sempre que não queria vocês se envolvendo assim! Não por serem quem são, mas o henrique é como um filho pra mim. Como é que eu vou aceitar dois filhos namorando? Isso não entra na minha cabeça! — Ouço atentamente suas palavras tentando assimilar-las a uma expressão dele. Mas posso imaginar qual é.

— E não é pra entrar mesmo! Isso é invenção dele! Eu nunca namoraria ele pai, pode ficar tranquilo ! — Até parece que eu gostaria de um peão daquele.

— Que bom, melhor assim! Fico mais tranquilo! ... Aquele Lucas, você não namora mais ele não né? — Percebo que ele espera uma determinada resposta, que agora tenho orgulho de dizer.

— Óbvio que não!

— Muito bem — Sorrio para ele. Ou melhor, para algum lugar, ja que não estou vendo e apenas percebo onde ele está pelo som da sua voz. — Estou saindo. Qualquer coisa grita e se a Duda estiver aqui chama ela.

— Ta bom. — Digo e ouço ele sair, até parece que vou ficar dependendo dos outros, posso me virar sozinha!

Henrique narrando:

🎶 As vezes eu confio, as vezes nem entendo, mas te querendo. As vezes esse olhar parece tão sincero, as vezes não me da nem a metade do que eu quero ... Queria te dizer não, não ser tão dependente assim, ah se eu mandasse no meu coração, te esqueceria de uma vez mas se estou face a face com você amor, eu vou, pros seus braços sem pensar eu vou, o seu beijo é o meu pecado e o meu ponto fraco é só você que sabe amor🎶

— Oi Henrique! — Duda senta ao meu lado na outra cadeira da varanda.

— Oi. — Coloco o violão no suporte ao lado da minha cadeira.

— Ah não, continua tocando! Gosto de te ouvir! — Ela sorri.

— Hoje não. Estava só me desestressando um pouco. — Sorrio.

— Você se expressa no violão ne?

— Na música.

_ Ah, ja eu, na escrita! — Ela sorri. Percebo que ela está tentando me animar de alguma forma.

— Isso é bom! É disso que sai o que eu toco aqui no violão.

— É verdade. Que tal a gente compor uma musica agora? Você me diz algo e eu escrevo.

— Não sei se é uma boa ideia, não vai sair nada que preste! — Sorrio não muito animado.

— É a Ayla né? — Ela pergunta. Fico desconfortável com esse assunto sempre, ela não é a pessoa mais indicada pra mim desabafar sobre isso, só que eu estou precisando.

— Quer mesmo falar disso?

— Se você estiver precisando, eu estou aqui por você!

— Obrigada. Mas não é só pela Ayla não.

— Então pode falar, se quiser.

— Eu estou cansado de não ter problemas e eles agarrarem em mim, isso acontece desde que eu nasci. — Olhei para ela e completei para deixar claro — Eu não estou me lamentando!

Armadilhas Da VidaWhere stories live. Discover now