Capítulo 30

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Ayla:

- Ayla! Eles ainda estão acordados! - Henrique cochicha me repreendendo enquanto me puxa bruscamente o que nos deixa bem próximos.

- Aaaii! Assim você não ajuda.

- Claro! Cê ia dar mancada!

- E agora?

- E agora a gente espera uai.

- Ai eu sou muito anciosa sabe? Eu fico nervosa, você ta muito perto de mim sai! N.. - Sou interrompida com uma mão sob minha boca me fazendo calar.

- Xiii! Fala baixo criatura! Parece que nunca brincou de detetive, não teve infância. - Henrique gargalha baixinho e eu reviro os olhos.

- Sai! Eu tive infância sim! E foi ótima, já a sua...

- Você estragou.

- Não começa! Já falei pra se afastar Henrique.

- E se eu não quiser? - Me puxa novamente colando mais nossos corpos.

- Vai te catar Henrique! Também não te ajudo mais seu atrevido! - O empurro me afastando e saio andando, mas ele me puxa novamente.

- Ta bom! Eu me comporto. - Sorri - Vou ficar na varanda, quando estiver tudo certo você vai lá e me chama.

- Ta ta! - Digo e ele sai. Eu volto para o quarto.

Nossa, estou muito nervosa, que ansiedade! Amanhã sera o torneio, não vejo a hora de estar naquela pista, de ser campeã! Vai dar tudo certo.

Perdi muito tempo pensando, vejo se a Duda realmente estava dormindo, e sim, dormia feito uma pedra. Fiz o mesmo com meus pais, e eles dormiam tranquilamente. Então desço e vou até a varanda chamar o Henrique. Me aproximo lentamente, ele está de costa, tocando violão, ele canta muito bem... Canta lindamente, antes de chamá-lo, observo ele cantar.

" - Queria te dizer não, não ser tão dependente assim, ah se eu mandasse no meu coração, te esqueceria de uma vez, mas estou face a face com você amor, eu vou pros seus braços sem pensar eu vou."

- Adoro essa música, atrevido. - Digo encostada na porta com os braços cruzados.

- Está ai desde quando? - Pergunta me olhando da cabeça aos pés e vice-versa.

- Deixa pra lá, precisamos ir.

- Verdade. - Põe o violão sobre a mesinha e me segue em direção ao escritório.

Caminhamos lentamente em passos leves, entramos e fechamos a porta.

- E se a Duda acordar e não te ver lá? E se alguém pegar a gente aqui?

- Não me deixa mais nervosa, por favor Henrique?! Obrigada, por nada.

- São possibilidades.

- Você se esconde e pronto. Agora vai vigiar a porta, anda! - Digo e ele sai suspirando.

Vasculho praticamente tudo, já faz quase uma hora que estou fuçando as coisas do meu pai, mexo em gavetas, pastas, documentos, um monte de coisa e não encontrei nada de interessante.

- E ai? - Henrique abri a porta adentrando, vejo ele visivelmente apreensivo e ancioso por algo que não consigo encontrar.

- Nada ainda. - Falo me sentindo um pouco frustrada por não conseguir.

- Vigia enquanto eu procuro então!

- Claro. - Mal digo e ele já vem em minha direção. - Que não! Acha que eu vou deixar você mexer nas coisas da minha família?

Armadilhas Da VidaNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ