Capítulo 33

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Henrique:

O dia amanheceu e eu fui obrigado a voltar para casa, tomei essa atitude não por mim, mas pela a Duda que não poderia ficar sozinha na fazenda. Contei para todos o que aconteceu, e ficaram preocupados, mesmo a Ayla sendo o que é, ninguém merece passar por isso.

- Henrique... - Olhei pra cima e vir a Duda na escada. - Você vai dormi aí no sofá?

- Vou sim, não se preocupe. Não irei deixar ocê sozinha.

- Não queria me intrometer... Mas...- Ela se aproxima com cautela. - Está acontecendo algo entre você e a Ayla?

- Isso é por eu dizer que sou namorado dela?

- Não. - Ela balança a cabeça e senta ao meu lado no sofá. - Isso é por tudo que eu ando percebendo nesses últimos meses...

- Duda...Eu gosto da Ayla de uma forma diferente. - Afirmo, isso já não é um segredo.

Ela vira seu rosto para o lado, tenho certeza que ela já sabia, isso não foi uma grande surpresa. Me aproximo um pouco e toquei sua mão, ela me olha e vejo seus olhos cheios de lágrimas.

- Eu ainda tinha esperanças, mas pelo o que estou vendo.- Passa as mãos nos olhos. - Tudo bem Henrique, só quero a felicidade de vocês, e fé em Deus minha irmã vai sair dessa.

Ela se afasta e sai subindo as escadas, fecho meus olhos e me pego pensando que pelo menos essa história, entre eu e a Duda está decidida e eu sinto que ela teve um fim, sem ao menos começar.

- Henrique, querido... - Ouço uma voz ao longe e abro os olhos me deparando com a Maria, ela sorri docemente e eu me endireito no sofá.

- Já amanhceu?

- Sim, e a polícia está a sua procura. - Disse visivelmente desconfortável.

Levo as mãos ao rosto, respiro fundo e levanto. Agradeço a Maria e saio andando até o banheiro, faço minhas higienes matinais e me dirijo até a minha casa e antes mesmo de chegar, já vejo os policiais. E eu já sei o assunto, seu Marcelo havia me falado que a Ayla foi vítima de um crime, já que fogos são proibidos em competições de hipismo.

- Bom dia. - Falo apertando a mão do delegado, acenei com a cabeça para dois policiais.

- Henrique certo?- Confirmo. - Então Henrique, é o seguinte. Fomos até o hospital para conversar com o responsável pela vítima, mas pelo que vir a situação não está nada boa. Então o responsável passou sua palavra pra você.

- Seu Marcelo pediu para vocês falarem comigo?

- Sim, ele disse que você saberia responder às perguntas e confiaria em sua decisão.

- Tudo bem. - Disse. Abri a porta da minha casa e eles entraram, se sentaram no sofá e eu me sentei em uma cadeira.

- Investigamos a ficha da jovem Ayla Magalhães e constou que a assinatura do responsável era falsa, não se assimilava com a original.

- Sim. - Suspirei meio incomodado. - Ela participou do torneio as escondidas, nós não sabíamos.

- Henrique. - Ele me olhou seriamente. - Como provavelmente você deve saber, o que aconteceu com a Ayla envolveu a obra de algum irresponsável. Nós vamos analisar as filmagens do torneio e qualquer informação vamos passar para vocês.

- Tudo bem.

- Melhoras para sua irmã. - Disse se levantando, apenas abri um pequeno sorriso e sentir meu estômago revirar quando ele falou aquela palavra. Irmã.

Armadilhas Da VidaWhere stories live. Discover now