Capítulo 32

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Henrique:

- Aylaaa! - Vejo seu Marcelo gritar em puro desespero e ir correndo até ela. Eu, Duda e dona Flávia fazemos o mesmo.

- Minha filha meu Deus! Ayla! - Dona Flávia tem um leve mal estar mas logo é ampara por Duda.

Ao chegarmos próximo, Ayla estava desacordada, mas o que mais me assustou, foi que perto da sua cabeça havia uma poça de sangue. Não mexemos nela. Dona Flávia chora muito e todos tentam desperta-la chamando seu nome, eu definitivamente não sei o que fazer, não sei como me sinto, se me preocupo, se me sinto culpado, se quero fazer algo, simplesmente ainda estou em choque. Os médicos da ambulância que estava de prontidão para atender no torneio logo chegam trazendo os equipamentos e a maca para tomar as devidas providências. É tudo muito estranho, eu me preocupo bastante, mas não do tanto que talvez deveria por gostar dela, mesmo do meu jeito, estou tão desnorteado que penso nas coisas mais idiotas para um momento como esse.

- O que a minha filha tem? Por que ela não acorda? Por favor! - Dona Flávia chora inconsolável.

Seu Marcelo também interroga os médicos, muito preocupado e aflito mas não chega a chorar, está muito nervoso e Duda também.

- Me digam! Tá saindo sangue meu Deus!- Dona Flávia insiste enquanto examinam basicamente a Ayla.

- Calma! Precisamos ter calma, ainda não podemos afirmar nada, vamos leva-la ao hospital para fazer os exames.

- Meu Deus! Henrique! Como ela tá?! - Sofia consegue chegar até mim.

- Desacordada, estamos indo para o hospital!

- Nossa! Queria muito acompanhar vocês mas tenho que acertar tudo aqui, me dá noticias!

- Ta bom!

Saímos rumo ao hospital, Dona Flávia insistiu em ir com a Ayla na ambulância, seguimos logo atrás. Após alguns longos minutos chegamos e rapidamente transportam a Ayla para a sala de exames, ficamos na recepção apreensivos aguardando notícias.

- Ela não acorda Marcelo! Nossa filha não acorda! - Dona Flávia ainda chora.

- Eu também estou muito preocupado Flávia! Mas se acalme, vai dar tudo certo, com fé em Deus! - Ele a abraça e tenta acalma-la.

Duda está sentada ao meu lado, quieta e chorando. Me aproximo dela.

- É, não tem nada a ver eu dizer isso nesse momento mas, fica calma, a Ayla é forte, ela vai ficar bem! - Abraço ela que retribui fortemente.

Depois vou até os pais da Ayla, sento em frente aos dois.

- Desculpa! - Digo.

- Desculpar o que ? Se não fosse por você nem saberíamos dessa loucura da Ayla. - Seu Marcelo explica.

- É verdade - Dona Flávia confirma.

- Desculpa sim, eu devia ter ligado antes, eu devia ter impedido ela, eu estava lá, devia ter impedido! Me desculpem! - Explico.

- Henrique, a Ayla não é mais criança, você não pode pegar ela e puxar pelo braço! Você não tem culpa de nada! - Seu Marcelo tenta me tranquilizar.

- Mas eu liguei tarde demais, eu não podia ter deixado isso acontecer! Não podia! - Levanto e saio para um outro local, algumas lágrimas escorrem mas me recomponho, os exames estão demorando e isso me preocupa cada minuto mais.

Depois de umas horas, ainda com toda agonia, o médico vem até a recepção e procura pelo responsável pela Ayla. Seu Marcelo se pronuncia.

- Responsável por Ayla Magalhães? - Pergunta o médico.

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