Capitulo 23

2.7K 184 33
                                    

Ayla:

Continuamos fingindo está dormindo, me embrulhei completamente com o lençol para não deixar visível minha roupa e assim fizeram os outros, e então a porta foi aberta e a luz ligada iluminando o quarto.

- Viu Marcelo estão dormindo. - Ouvi a voz da minha mãe.

- Devo ter me enganado, mas juro que vir o carro da Luciana.

- Tem vários carros iguais ao meu marcelo. Agora vamos deixar eles dormirem. - Disse tia Lu e assim tudo fica escuro e o barulho da porta é ouvido. Tirei o lençol do rosto e vir Duda e Henrique conversando baixinho, os outro nem se mexiam, provavelmente dormiram. Meu celular começa a tocar e vejo no visor o nome do Lucas, ignoro colocando no silêncioso e viro pro lado já dormindo.

-Bom dia. Acordem crianças.- Abro os olhos lentamente encarando meu pai que acabou de me acordar. - Não olhe assim pra mim ayla. Venham tomar café.

Levantei com uma preguiça profunda e uma baita dor de cabeça. Tomei um banho e bate minha mão na da kely quando ela passou ao meu lado no corredor indo para o banheiro. Encontrei o pessoal na mesa do café da manhã, todos sorrindo e conversando, sentei na cadeira me juntando a eles.

- Ayla, como se fala.- Disse meu pai esperando eu desejar um "bom dia", mas como dizer isso se to morrendo de sono e acordada contra minha vontade. Apenas abri um sorrisinho e ele balançou a cabeça voltando a conversar.

Termino de tomar meu café e vou até o sofá atendendo a vigésima ligação do Lucas.

- Ayla amor tô com saudades.

- Legal Lucas.

- Amor? Só vai dizer isso?

- Eita a ligação ta falhando. - Começo a fazer um barulho com a boca e desligo. To sem paciência pra ele hoje.

Encosto minha cabeça no estofado do sofá e fecho minhas pálpebras. A imagem do meu beijo com o Henrique me vem em mente, o que ta acontecendo comigo? Eu Ayla, que disse que nunca escostaria meus lindos lábios naquele imundo do Henrique. Eu sinceramente não acredito que beijei ele. Mas pessoas ricas brincam com pessoas pobres e por isso não vou sentir repulsa de mim, pois não sinto nada por ele, isso é apenas uma atração, afinal ele é um homem bastante bonito. Agora que beijo foi aquele? O melhor beijo que eu tive na minha vida, me dói admitir isso, mas é a verdade. Aqueles lábios quentes, sua respiração junto com a minha e nossos corpos irradiando desejo e excitação. Ele é um brinquedo bastante gostoso e muito bom de brincar, mas isso é um campo perigoso e tenho medo do que pode acontecer comigo.

- Ayla ?- Saio de meus devaneios e abro os olhos encontrando o Henrique. - Eu queria conversar com você.

- Fala.

- Fica calma. - Pediu por causa do meu tom de voz. Senta ao meu lado no sofá e respiro fundo mandado pro inferno a vontade de beijar ele. - Eu queria falar sobre o que ta acontecendo entre nós dois.

- Continue. - Mordo meu lábio me sentindo estranha, preciso manter o controle. Minha respiração está acelerando apenas de ouvir a voz dele. Eu não sinto nada por ele, repito isso como se fosse um mantra, e na minha mente me vem ele como um brinquedinho e sorrio satisfeita. - Da pra falar criatura? Eu não tenho tempo para perder com você.

Armadilhas Da VidaWhere stories live. Discover now