s e i s

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carter

Arrastei Kate pra fora daquele bar, sem acreditar em tudo o que havia acontecido. Kate me perguntou porque eu estava daquele jeito. Eu disse que depois eu a contaria tudo.
Fomos pra casa no Mercedes dela, e obviamente contei tudo pra ela durante o caminho, ela com toda certeza muito mais empolgada que eu.

E do nada. De verdade, achei que bateriamos o carro.
Por que ela estava passando mal de tanto que estava rindo.

- Do que você está rindo? - Perguntei emburrada.

- De você - Disse rindo mais.

- Eu tenho cara de palhaça ou o quê?! - Perguntei brava. Ela estacionou o carro em frente a casa dela. E da minha. Já que somos vizinhas de porta.

- Não é isso Carter. É que, por Deus, você terminou com o Crash essa semana, e já toda envolvida com o carinha do bar. Esse desapego é hilário. - Disse mais séria.

Mas eu estava levemente ofendida.

- Kate, eu não estou envolvidinha com ele não. Eu infelizmente ainda gosto do Crash, e hoje aquele troglodita me beijou a força! - Falei tentando parecer convincente.

- Uhum sei. - Desconsiderou - Mas e ai? - Perguntou.

- E ai o quê? - Perguntei sem entender.

- Ele beija bem? - Indagou, obviamente querendo informações que eu não estava disposta a dar.

- Ele quem? - Me fiz de desentendida.

- Não se faça de burra, o cara que ainda não sabemos o nome.  - Disse, óbvia.

- Se não tem nome não tem como saber de quem você está falando - Sorri amarelo.

- O cara gostoso que vimos hoje. A PORRA DO DONO DO BAR! - Gritou atônita.

- Não sei...- Disse pegando minha bolsa no banco traseiro.

- Como assim não sabe?

- Simples. Não sei. - Falei, abrindo a porta do carro.

- CARTER! - Ela protestou. Caminhei até perto da minha casa e gritei.

- PRA CARALHO KATEEEE!

E entrei rindo em casa.

___________

Acordei ao ouvir meu celular vibrando debaixo do meu travesseiro, tão cedo e já tem gente acordada?
Puxei o ecrã e vi quem era o inconveniente. Ah, claro! Só podia ser minha melhor amiga maluca.

Kat

Acorda dorminhoca.

Carter?

Carterina? *sempre quis te chamar assim.

Embuste?

Eu:

Oi?

Kat

Vamos no shopping? Quero uma bolsa que vi em uma loja, eu até a deixei reservada.

Eu:

Agora não. Daqui umas duas horas pode ser?????

Kat

Pode ser, é que estou eufórica, quero usa-la no aniversário do Alex.

Eu:

Ok... não jogue pedras na minha janela de novo.

Kat

Que nada... Até daqui a pouco.

Eu:

Até.

_________

Duas horas depois.

Já havia acabado de me arrumar pra ir ao shopping com Kate, não estava com muita vontade de sair, mas ficar em casa olhando para o teto também não era uma boa ideia.

Ouvi algo batendo na minha janela. Pedras pra ser exata.

Não acredito nisso.

Abri a janela e senti a leve brisa, de uma pedra passando perto do meu rosto e caindo em cima da minha cama.

- KATE! - Ralhei, fingindo estar brava pra mesma que estava estava embaixo da minha janela. De onde ela tira essas idéias?

- Foi mal - Disse descarada. - Desce logo, minha bolsa me espera. - Continuou.

- Já estou indo - Anunciei.

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Chegamos ao shopping e depois de comprarmos a bolsa que Kate queria e alguns sapatos seguimos pra praça de alimentação.

Estávamos perto da praça de alimentação quando Kate sussurrou.

"Carter eu preciso ir ao banheiro".

"Vai, mas não demora"

Eu estava indo pra mesma quando alguém me puxa pelo braço.
Me viro e Crash está alí. Parece um encosto.

- M.E  S.O.L.T.A - Proferi, entre-dentes.

- A gente precisa conversar - Disse convicto e com um olhar estranho.

- Eu não tenho nada pra falar com você - O respondi, ríspida.

- Tem sim - Disse me puxando pra mais perto, acabei deixando minhas sacolas caírem no chão.
Ele segurou forte no meu braço com um ar possessivo.

- Você é minha - Disse num tom estranho. Parecia que tinha se drogado. De novo.

Infelizmente ele tinha certo histórico, e obviamente, quando estávamos juntos, ele sempre me prometia estar limpo.

- Não sou de ninguém.- Eu disse com raiva. Ele apertou ainda mais meu braço.

- Crash me solta você está me machucando. - Soltei com a voz chorosa, pois estava doendo mesmo.

- CRASH ME SOLTA! - Eu implorei.

- Não, você é minha... E vai me ouvir. Quero você de volta! - Então, ele começou a me arrastar pelo shopping.

- Crash, se você não me soltar eu vou gritar. - Ameacei.

- Pode gritar, não me importo. - Disse me ignorando.

- CRASH ME SOLTA! - Berrei, tentando chamar atenção para mim.

- Eu já diss...- Ele começou a falar mas foi interrompido por uma voz rouca e ameaçadora, levemente conhecida dizendo.

- ELA PEDIU PRA VOCÊ SOLTAR!

Não sabia quem era, me virei e me surpreendi com quem vi alí.

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Quem não gosta de um clichê?

o dono do bar.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora