d e z

92.5K 8.3K 1.4K
                                    

carter

Eu havia discutido sério com minha mãe. Somos só nos duas, e ela sempre foi super protetora, mas agora ela me vem com a idéia, ou melhor dizendo, me veio dizer que está namorando.

Ela sempre me proibiu de tudo e agora me vem com essa, e o pior, que o cara do qual ela está namorando não é nada mais nada menos do que Derrick, o pai de Crash, e la que sempre o odiou me veio com "Segundo Derrick o filho dele sofre por você". Faça me o favor... Então discutimos e nos exaltamos muito, pois me parecia hipocrisia demais ela estar defendendo meu ex por ser filho do seu namorado.

Eu fui até a casa de Kate para conversar, mas tia Gina disse que Kate havia saído com um "amigo".
Alex pra ser exata. Finalmente!

Então eu peguei meu carro e resolvi dirigir por aí, e dirigir por aí me fez ir por caminhos tortuosos. Talvez eu estivesse procurando confusão. E a encontrei.

E agora me encontro dentro desse bar com Jared me questionando com uma voz seca o que houve.

Mas eu não sou obrigada a dizer.

- Nada que seja da sua conta! - Respondi.

- Se você está aqui, é da minha conta - Disse se sentando em um banco do outro lado do balcão de frente pra mim.

O encarei desafiadoramente.
- Então eu vou embora - Eu falei e deixei uma nota de 50 dólares no balcão. O whisky que eu tomei não daria mais que 30.

E sai dali pela porta, ignorando Jared.

Lá fora chovia.
Ô cidadezinha pra chover.

Passei correndo entre os carros indo até o meu.

Entrei rapidamente e o liguei, e quando saía do estacionamento quase bati em algo. Ou melhor, alguém. O que esse maluco pensa que está fazendo?

- O que você tá fazendo seu maluco? - Perguntei colocando a cabeça pra fora.

- Te impedindo de sair - Disse e se aproximou.

Ele se debruçou e colocou as duas mãos sobre a lataria do carro.

- JARED EU PRECISO IR! - Protestei.

- Passe por cima - Disse como se tivesse falando do tempo, o que no caso não era muito favorável, e esse cretino ia ficar doente.

- O que você quer? - Perguntei, sem paciência.

- Que você me diga o que houve - Respirei fundo. Eu não queria ser culpada pela pneumonia de ninguém.

- Entre aqui - Falei.

- Entre lá - Ele apontou para o pub.

Dei ré no meu carro e o voltei para o lugar que estava estacionado.
Sai dali as pressas com Jared em meu encalso.

Entrei no bar e Jared passou a minha frente passando por trás do balcão seguindo pro caminho que dava ao escritório.

Ele olhou pra mim como se dissesse "siga me". E eu não sei o que deu na minha cabeça pra ir atrás dele.
Subimos as escadas que davam ao escritório, mas ele passou direto pela porta e subiu uma outra escada que nunca havia visto ali.
E tem mais essa agora?

- Jared? - Ele se virou pra mim, revirou os olhos e acenou a cabeça apontando pra cima.

Eu subi atrás dele e quando cheguei ele já havia aberto a porta e entrado.

Agora eu sabia que lugar era aquele.
Havia um flat acima do bar.
E que era muito moderno e bem decorado. Havia estofados e poltronas pela sala, uma mesinha de centro e uma TV enorme sobre um painel, com home theater, playstation, e esses games. Tinha uma pequena adega, um tanto quanto revirada, com muitas garrafas vazias e tinham sapatos e uma camisa jogados sobre o tapete. Homens...
Aos fundos, uma cozinha americana com um grande balcão e uma mesa redonda. E dois corredores que possivelmente davam para os quartos ou qualquer outro cômodo.
A minha frente havia uma grande janela de vidro que ia do chão ao teto, coberto com uma cortina escura. E uma porta que dava para uma possível sacada. Tudo bem masculino, mas me pareceu bem aconchegante.
Ele me deixou parada perto da porta e entrou por um dos corredores me deixando sozinha alí.

Segundos depois ele voltou com toalhas. Me ignorou e secou seu cabelo e seus braços me deixando ali toda molhada e sem graça.

Assim que me viu com cara de tacho sorriu e se aproximou.
Eu engoli em seco.
Ele pegou uma das toalhas e passou levemente pelo meu braço esquerdo o secando.E passou a toalha pela minha nuca, sempre com um sorriso infernal nos lábios e seu olhar faiscante sobre mim.

Ele foi se aproximando e de longe eu senti um calor que eu não deveria sentir estando molhada.
Ele me tomou em seus braços segurando firme minha cintura, me prendendo a ele, seus lábios roçaram os meus, e quando eles enfim se tocaram, ouvi uma voz estridente perguntar.

- Atrapalho algo? - Saltei de perto dele o mais rápido possível e vi a minha frente uma mulher loira, com um vestido tão curto que se ela caísse poderíamos ver o intestino grosso dela. Ela fazia uma pose que achava que era provocante encostada no batente da porta.

- Não, não atrapalha, estou de saída - Falei, sem saber onde me enfiar.

- Carter? - Jared me chamou com um resquício de voz.

- Aproveite a noite - Falei a ele e passei por ela, indo embora dali.

• • •

Estão gostando?

o dono do bar.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora