v i n t e e q u a t r o

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carter

Assim que chegamos no bar, eu desci da moto, e Jared seguiu a minha frente, levando minhas coisas com ele.Fiquei meio petrificada. E agora? Eu ficaria ali?

- Vai ficar parada aí? - Perguntou, me olhando de esguelha.

- Não, é que... Eu vou ficar aqui? - Perguntei incerta, com certeza com cara de idiota.

- Tem outro lugar para ir? Por que se voltar, sua doce mamãe te coloca num colégio de freiras. - Falou, e isso era verdade, então, apenas caminhei vacilante até ele e entramos no bar.

Subimos rumo ao flat dele. Para ser sincera eu estava um pouco receosa, me sentindo estranha.

- Está com medo? - Perguntou se virando para mim, no meio da escada.

- E do que teria? - Perguntei a ele, medo não era a palavra certa. Era insegurança o que eu sentia.

- Não sei... Só está agindo de forma estranha - Disse descendo dois degraus.

- Acho que só estou receosa, eu não sei o que estar por vir sabe... - Falei para ele. Eu sei que o que minha mãe fez foi horrível. Mas mesmo assim... Sempre foi apenas nos duas, e eu nunca fiz algo do gênero. Só estou estranhando.

- Não fique, você não tem porque ficar, fique a vontade aqui. E sua mãe... Ela fica bem. - Disse muito convicto.

- Você pode estar certo. - Constatei.

- Sempre estou - Falou e largou minhas coisas no chão, me pegou pela cintura me erguendo do chão, girando nossos corpos, para que eu ficasse da mesma altura dele na escadaria, antes de tomar meus lábios, ele me encostou na parede, colando nossos corpos, nosso beijo estava cada vez mais quente.

Com um impulso eu coloquei minhas pernas envolta de seus quadris, unindo mais nossos corpos, enquanto ele me beijava e apertava um de meus seios por baixo da minha blusa, e eu arranhava suas costas.
Seus beijos desceram para meu pescoço onde ele distribuiu mordidas e chupões, que possivelmente deixariam marcas. Aquilo estava me fazendo convulsionar por dentro.
Ele me desencostou da parede, e ainda com as pernas envolta dele, sentindo o quão animado ele estava me fazendo o desejar mais, ele subiu as escadas sem parar de me beijar. Ele provavelmente tem prática nisso. Esse pensamento me fez me sentir estranha.

- A gente vai cair - Falei rindo entre o beijo.

- Não vamos não - Disse e mordiscou meu lábio inferior. Sorri ligeiramente com sua resposta.

- Surto de adrenalina? - Perguntei beijando seu pescoço, ouvindo ele gemer baixinho. Esse som fez meu ego ir às alturas.

- Não, isso se chama tesão acumulado junto de uma dose de coragem criada pelo álcool.

Eu retirei as pernas de sua cintura, pousando no chão para que ele abrisse a porta, assim que ele o fez, me puxou de volta, recomeçando os beijos quentes que me deixam louca, as mãos sem pudor pelo meu corpo, senti quando fui depositada no sofá, logo os toques estavam mais quentes, os beijos mais intensos, as roupas foram retiradas uma a uma de nossos corpos...

(...)

Acordei atordoada, em um quarto desconhecido, mas o cheiro que pairava no ar me fez reconhecer, era o quarto do cretino.

Depois de transarmos, acabamos dormindo no sofá, não senti ele me colocar na cama. Eu ainda estava nua e isso me deixou um pouco envergonhada, ele já não estava mais ali, olhei para a suite do flat, eu estava sobre uma King Size, com cabeceira de couro e mogno marrom avermelhado, os moveis ali eram todos em mogno, havia uma grande TV e outros eletrônicos, uma poltrona grande, um grande guarda roupas de portas de correr também no mesmo tom e material da cama. E uma porta possivelmente para o banheiro, as paredes eram pintadas em tons escuros, haviam algumas miniaturas de motos, e uma estante com divisores em triângulos cheios das mais variadas bebidas. Mas até aqui?

Vi minha mochila e minhas coisas sobre uma poltrona. Incluindo meu celular, notebook e Ipod, que Jared surrupiou.
Havia um post it sobre ela.

"Fique a vontade, a casa é sua. Tem tudo para um bom café da manhã na cozinha. Estou resolvendo algumas coisas, não demoro a voltar. Se cuida "garotinha".

Me ligue se precisar."

Sorri por ele ter se preocupado comigo, Jared sempre me surpreende, incluindo a parte de ter ido me tirar de lá, mas eu não me sentia a vontade. Se eu ficasse ali, coisa que não posso nem cogitar, iria ficar as custas dele?
Bem... Eu poderia trabalhar no bar para ajudar ou algo do gênero. Eu também não quero largar a escola. Estou bastante ferrada.

Por hora, tomei um banho, e tomei o café da manhã, mas como eu estava ali de "favor", dei um jeito no apartamento, sem mexer em nada, só para tirar a desorganização.

Jared é um pouco bagunçeiro, tinha umas roupas jogadas no chão do quarto, as coloquei num cesto.

Uma das portas do guarda roupas estava aberta, e quando eu fui a empurrar ela travou, tentei de novo, nada.
Me abaixei para ver, e tateei com a mão até em encostar em algo gélido.
Peguei aquilo com o corpo tremendo... Era um revólver.

Será que? Não.
É comum as pessoas terem revólveres para se defender.
Mas... Elas não tem uma ficha criminal.

Aquilo estava pesando em minha mão, e quase deixei cair, quando ouvi a voz de Jared bradando.

- O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COM ISSO?

_________

E agora? O cu trancou, dona Carter?

o dono do bar.Where stories live. Discover now